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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Ter Mai 19, 2009 5:19 pm Assunto: |
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Nossa? E o Björling?... Daqui a pouco, vão dizer que só aos anjos é permitida a música clássica.
Editando: é melhor nem lembrar dos compositores...
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Paulo Egídio
Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006 Mensagens: 155 Localização: Maringá/PR
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Enviada: Ter Mai 19, 2009 7:18 pm Assunto: |
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Laura escreveu: |
Alexandre escreveu: |
Amancio escreveu: |
IvanRicardo escreveu: |
Esses caras do rock geralmente só tocam movidos a álcool ou outros alucinógenos. |
E o Szeryng? (risos)
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O Szeryng tomava umas e outras? |
Não, Alexandre, vc não entendeu...
O Stern é que tomava umas e outras, por causa de uma certa Mlle Guarnieri, que o deixou pra trás não entendi bem quando por causa de um concerto duplo... Dizque tinha até um triângulo com um certo Robert, vê se pode. |
O meu compadre e a Laura estão impossíveis...
Alexandre e Ivan,
o Szeryng entrava mamado no palco, ao menos nos últimos anos de vida. Testemunhas afirmam que ele bebia quanto queria e não ficava bêbado, e pode ser verdade, porque a primeira palavra que me vem à cabeça quando penso nas interpretações dele é sobriedade (paradoxo dos paradoxos). Tenho um CD no qual o promotor de um concerto dele na Itália em 1977 fala a respeito disto. Aliás, o CD é o registro do concerto, com o pianista Eugene Bagnoli: Sonata 1 de Beethoven, sonata 1 de Brahms e... Partita 2 de Bach.
Pra não fugir do tópico e tomar uma bronca: o Brahms é divino.
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IvanRicardo
Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008 Mensagens: 152 Localização: Gravatá-PE
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Enviada: Ter Mai 19, 2009 9:04 pm Assunto: |
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Caramba, eu estava completamente por fora mesmo. Jamais eu poderia imaginar que esse povo era assim tão chegado a encher a cara. O mundo se acaba e eu nem fico sabendo. Já pensou?
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Bruno Gripp
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 725 Localização: Belo Horizonte
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Enviada: Ter Mai 19, 2009 10:22 pm Assunto: |
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A diferença é que o Szeryng e o Björling eram bons apesar de encher a cara post hoc sed non propter hoc, o Hendrix fez aquilo porque ele estava drogado.
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Qua Mai 20, 2009 12:44 am Assunto: |
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Já que a tônica deste tópico é repetir sem variar, fugindo, em termos formais, à música de Brahms...
Pádua Fernandes escreveu: |
Sim, o Hendrix praticou uma arte de vanguarda de que há poucos paralelos na música clássica. |
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qua Mai 20, 2009 8:50 am Assunto: |
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Pádua Fernandes escreveu: |
Já que a tônica deste tópico é repetir sem variar, fugindo, em termos formais, à música de Brahms... |
Mas poderia ser uma passacaglia, como o finale das Variações Haydn: o baixo-tema se repete, sempre com uma firula diferente a mais.
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Spartaco
Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006 Mensagens: 908 Localização: São Paulo - SP
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Enviada: Qua Mai 20, 2009 8:56 am Assunto: |
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Bom dia prestonautas,
Voltando ao assunto Brahms, gostaria de colocar alguns dados biográficos deste extraordinário compositor:
Johannes Brahms nasceu em 7 de maio de 1833, em Hamburgo na Alemanha, e faleceu em 3 de abril de 1897, em Viena na Áustria.
Filho de um contrabaixista da orquestra do teatro de Hamburgo, foi bem cedo levado ao estudo da música. Tornando-se rapidamente um exímio pianista, fez uma importante tournée com o violinista Eduard Remény, que lhe deu a oportunidade de conhecer Joseph Joachim, também violinista, e posteriormente Liszt (em Weimar) e Schumann (em Düsseldorf). Este último escreveu um famoso artigo, para um jornal musical, em que assinalou seu grande talento.
Sua amizade (talvez paixão) pela viúva de Robert Schumann, Clara, continuou até a morte desta em 1896.
No ano de 1862 fixou sua residência em Viena, onde viveu até o fim de sua vida, tendo nesta cidade intensificado a sua produção musical. Em 1876 ele finalmente completou sua Primeira Sinfonia, em que estava trabalhando por vários anos; ela foi descrita pelo regente e pianista Hans von Bülow como a Décima Sinfonia de Beethoven e ainda é assim chamada por muitos hoje em dia.
No tocante à sua obra, Brahms compôs 4 sinfonias, 2 serenatas e 2 aberturas para orquestra; 4 concertos (2 para piano, um para violino e um duplo para violino e violoncelo); música sacra, coral, liederística e pianística.
Parte essencial de sua produção é o seu catálogo de música de câmara, que compreende 3 quartetos de cordas, 3 quartetos para piano e cordas, 4 quintetos (2 para cordas, 1 para clarinete e cordas, 1 para piano e cordas), 2 Sextetos para cordas, 2 sonata para clarinete e piano, 3 para violino e piano, 2 para violoncelo e piano, 3 trios com piano e outros 2 para formações diversas, além de outras peças para 2 pianos e para piano a 4 mãos.
Espero, com esse pequeno resumo, demonstrar o imenso valor de um dos maiores compositores de todos os tempos.
Um abraço a todos.
_________________ Spartaco Carlos Nottoli
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Ricardovsky
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 697 Localização: Teresópolis - RJ
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Enviada: Qui Mai 21, 2009 9:38 am Assunto: |
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Uma comparação mais lógica seria comparar Hendrix aos compositores, ou seja, aos criadores das obras e não aos intérpretes das mesmas. Mesmo que os intérpretes encham a cara, eles precisam, como falaram Paulo Egídio e Bruno, de controle, precisão e sobriedade para interpretarem obras de grandes gênios da história da música. O Paulo falou que o Szeryng bebia, mas não ficava bêbado, isso significa que, ele, então, podia beber e tocar. Dúvido alguém conseguir tocar as partitas de Bach doidão. A música por si só já é uma doidera só (no melhor dos bons sentidos, adoro as partitas), se misturar com bebida o intérprete morre de overdose.
Agora, entre os compositores..., há cada um que deixa o Hendrix no chinelo em termos de loucura, sem nem precisar de uma drogazinha: Beethoven, Mussorgsky (esse, na verdade, tomava todas e mais um pouco), Tchaikovsky, Schumann (curioso é que sua música não reflete sua excentricidade) e outros que não me recordo.
Se o Hendrix quebrava sua guitarra depois de suas apresentações, imaginem o que ele não faria se de sua guitarra saísse de improvisso algo como as Variações Diabelli de Beethoven.
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Laura
Registado em: Sábado, 4 de Novembro de 2006 Mensagens: 1021 Localização: São Paulo - Brasil
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Enviada: Qui Mai 21, 2009 11:28 am Assunto: |
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Taí, mano Ricky. Creio que vc matou a charada.
Vc quis dizer que, pra ser intérprete, principalmente de música clássica, precisa ter domínio "físico", digamos assim? E que pra compor, pode delirar? Isso?
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Ricardovsky
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 697 Localização: Teresópolis - RJ
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Enviada: Sáb Mai 23, 2009 12:33 am Assunto: |
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Na verdade, não, Laura, pois não se pode generalizar. Essa história de que todo gênio é louco é coisa do Romantismo. Há gente muito doida que não possui nenhum dom artístico assim como há gente totalmente certinha que pode fazer obras maravilhosas. Cada um é de um jeito. Há lugar no mundo para gênios como Bach cuja biografia não deixa evidente nenhuma excentricidade e Beethoven, que dispensa apresentações. Agora, uma coisa eu tenho certeza: deve ser mais "fácil" compor algo doidão do que tocar algo doidão.
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IvanRicardo
Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008 Mensagens: 152 Localização: Gravatá-PE
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Enviada: Sáb Mai 23, 2009 7:24 pm Assunto: |
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Ricardovsky escreveu: |
Agora, uma coisa eu tenho certeza: deve ser mais "fácil" compor algo doidão do que tocar algo doidão. |
Sei lá... Às vezes eu penso que é exatamente o contrário. Quando alguém toca doidão alguém pode dizer "sensacional, que grande criatividade, uma visão inteiramente diferente da obra", entre outras atrocidades. Já compor piradão pode fazer algum sentido nas bizarrices musicais que se tem ouvido por aí. Para os grandes mestres do passado a coisa era muito mais cerebral.
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