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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Seg Fev 09, 2009 10:14 pm Assunto: |
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Klemperer, ou uma Eroica de fato heróica.
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Sarastro
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 900 Localização: Brasil
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Enviada: Seg Fev 09, 2009 10:43 pm Assunto: |
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Antes da Eroica de Klemperer, ficarei com o CD 15, MUSIC FOR WIND ENSEMBLE I, com o Ottetto Italiano. Como estou com sono, não sei se chego ao final, mas vamos lá...
_________________ Va, pensiero, sull'ali dorate...
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Ter Fev 10, 2009 8:48 am Assunto: |
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Eu estou com o CD 79: Canons, Epigramas e Piadas. É uma pá de musiquinhas de curtíssima duração, segundos apenas. Então fui pesquisar a história de algumas delas, vejam só:
"Es muss sein" WoO.196
Um amigo de Beethoven queria uma cópia da partitura do quarteto Op.130, e foi informado que, para obter a cópia, ele precisava fazer a assinatura dos concertos do quarteto Schuppanzigh pagando uma certa taxa de inscrição. Então o amigo perguntou: precisa mesmo? (muss es sein?), e Beethoven respondeu com um canon a 4 vozes, precisa sim sim sim (es muss sein, ja ja ja). Detalhe: o tema do canon foi depois utilizado no Quarteto Op.135.
"Ich war hier, Doktor, ich war hier" WoO.190
Beethoven foi visitar seu médico mas, chegando lá, o médico não estava. Aí ele pegou uma folhinha do seu caderno, rabiscou este canon ("Eu estive aqui, Doutor, eu estive aqui") e deixou na caixa de correio.
"Wir irren allesamt" WoO.198
Foi a última música completa que Beethoven escreveu, em dezembro de 1826. Depois foi internado e veio a falecer em março/1827.
"Ta ta ta, lieber Mälzel" WoO.162
Imitando a batida do "querido" metrônomo. Detalhe: é o mesmo tema do segundo movimento da oitava sinfonia.
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Qua Fev 11, 2009 2:56 pm Assunto: |
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Amancio escreveu: |
Eu estou com o CD 79: Canons, Epigramas e Piadas. É uma pá de musiquinhas de curtíssima duração, segundos apenas. Então fui pesquisar a história de algumas delas, vejam só:
"Es muss sein" WoO.196
Um amigo de Beethoven queria uma cópia da partitura do quarteto Op.130, e foi informado que, para obter a cópia, ele precisava fazer a assinatura dos concertos do quarteto Schuppanzigh pagando uma certa taxa de inscrição. Então o amigo perguntou: precisa mesmo? (muss es sein?), e Beethoven respondeu com um canon a 4 vozes, precisa sim sim sim (es muss sein, ja ja ja). Detalhe: o tema do canon foi depois utilizado no Quarteto Op.135. |
Adorei! Então não há metafísica alguma nisso!...
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Ricardovsky
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 697 Localização: Teresópolis - RJ
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Enviada: Qua Fev 11, 2009 8:47 pm Assunto: |
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Maynard Solomon, em seu livro Beethoven, faz uma verdadeira filosofia, citando até Hamlet com esse "Es muss sein" ("Assim deve ser"). Na verdade, trata-se de uma coisa tão simples. Só mestre Amancio mesmo para nos revelar isso.
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Qua Fev 11, 2009 11:50 pm Assunto: |
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Ricardovsky,
concordo, também li esse livro. Mas é claro que, na música de Beethoven, o acontecimento deixa de ser simplório...
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qui Fev 12, 2009 10:02 am Assunto: |
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Pádua Fernandes escreveu: |
Amancio escreveu: |
"Es muss sein" WoO.196 |
Adorei! Então não há metafísica alguma nisso!... |
Pois é, eu também não sabia dessa história. Tirei daqui:
http://www.ringnebula.com/Beet/B_1826.htm
O site tem uma espécie de "diário" da vida de Beethoven, ano a ano. Vale à pena consultar.
http://www.ringnebula.com/Beet/
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Alexandre
Registado em: Domingo, 25 de Fevereiro de 2007 Mensagens: 205 Localização: Americana SP
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Enviada: Sex Abr 24, 2009 1:46 pm Assunto: |
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Ricardovsky escreveu: |
Agora, eu ri um bocado, pessoal, com a interpretação da "Vitória de Wellington" por Neville Marriner. A obra é considerada por muitos a pior coisa que Beethoven escreveu (só por isso já é interessante ouví-la). E Marriner, acho que concordando com esse julgamento, resolveu assumir a esculhambação. No início da obra, o regente colocou gravações com sons de passarinhos, galinhas, cachorro latindo, cavalos, panelas... , até bode tem!!! Contudos, esses sons não ficam apenas nessa "Introducão dos Bichos", pois, em meio a obra aparecem também. Não ouvi inteira ainda, pois minha esposa ficou incomodada com a música. "Beethoven fez isso?!", disse ela, surpresa. Está certo, a obra não é uma grande música de Beethoven, mas já ouvi uma gravação de Karajan em que ela é apresentada com muita dignidade, proporcionando até prazer ao ouvinte. Na minha opinião, Marriner, como eu disse, a esculhambou demais. Serve para rir. Não de Beethoven, mas da interpretação de Marriner. |
Olá Ricardovsky, na época desta composição, como se representavam os ruídos da batalha? Será que Beethoven deixou algum registro quanto ao padrão destes ruídos?
abçs
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Ricardovsky
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 697 Localização: Teresópolis - RJ
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Enviada: Sex Abr 24, 2009 6:36 pm Assunto: |
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Acho que não, Alexandre, senão outros regentes também iriam utilizar esse recurso. Marriner fez uma adaptação de acordo com que a atmosfera da obra, segundo ele, pedia. Seria como algum regente colocar sons de cavalos verdadeiros na Cavalgada das Valquírias da Wagner (aliás, a própria música de Wagner já imita, em vários momentos, o relinchar de cavalos), alegando que isso seria plausível porque, de fato, cavalos idealizados estão presentes no contexto. Há alguns produtores de óperas malucos que, de vez em quando, gostam de usar inovações como essas. De vez em quando funciona, mas, ao meu ver, Marriner foi infeliz em fazer essa bagunça de sons na Vitória de Wellington de Beethoven, uma vez que os sons mais irritam do que criam a atmosfera.
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Bruno Gripp
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 725 Localização: Belo Horizonte
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Enviada: Sex Abr 24, 2009 7:12 pm Assunto: |
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O produtor daquele Anel do SOlti não chega a ser maluco de colocar relinchar de cavalos no ato III, mas coloca o som dos martelos na cena da forja, raios aqui e lá, etc, etc... É meio ridículo. Mais ridículo só aquele rouxinol da Dessay em dVD qeut em a opção de usar um mundo inacreditável de sons ridículos.
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Sex Abr 24, 2009 8:48 pm Assunto: |
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Alexandre escreveu: |
Ricardovsky escreveu: |
Agora, eu ri um bocado, pessoal, com a interpretação da "Vitória de Wellington" por Neville Marriner. A obra é considerada por muitos a pior coisa que Beethoven escreveu (só por isso já é interessante ouví-la). E Marriner, acho que concordando com esse julgamento, resolveu assumir a esculhambação. No início da obra, o regente colocou gravações com sons de passarinhos, galinhas, cachorro latindo, cavalos, panelas... , até bode tem!!! Contudos, esses sons não ficam apenas nessa "Introducão dos Bichos", pois, em meio a obra aparecem também. Não ouvi inteira ainda, pois minha esposa ficou incomodada com a música. "Beethoven fez isso?!", disse ela, surpresa. Está certo, a obra não é uma grande música de Beethoven, mas já ouvi uma gravação de Karajan em que ela é apresentada com muita dignidade, proporcionando até prazer ao ouvinte. Na minha opinião, Marriner, como eu disse, a esculhambou demais. Serve para rir. Não de Beethoven, mas da interpretação de Marriner. |
Olá Ricardovsky, na época desta composição, como se representavam os ruídos da batalha? Será que Beethoven deixou algum registro quanto ao padrão destes ruídos?
abçs |
Alexandre e Ricardovsky, Beethoven escreveu a Vitória de Wellington sob encomenda. Um inventor maluco criou um instrumento chamando Panharmônico, que imitava 42 tipos diferentes de instrumentos, mais alguns sons diferentes, como tiros de canhões e outras armas de fogo. Foi por isso que Beethoven criou aquela multitude de sons - exatamente para poder demonstrar o poder do instrumento.
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IvanRicardo
Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008 Mensagens: 152 Localização: Gravatá-PE
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Sáb Abr 25, 2009 10:28 am Assunto: |
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Ivan, posso estar enganado, mas lembro que li em algum lugar que a única réplica do instrumento foi destruído numa batalha da Segunda Guerra. Por isso não há gravações.
Aliás, mesmo se houvesse... acho que seria artificial demais, não? Qualquer orquestrinha é capaz de fazer melhor que uma máquina.
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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IvanRicardo
Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008 Mensagens: 152 Localização: Gravatá-PE
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Enviada: Qua Jan 27, 2010 8:30 pm Assunto: |
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Curioso. Achei estranho você dizer que essa faixa é a última do CD, então fui pesquisar o conteúdo desse disco na net. Não entendi a presença isolada da Marcha Fúnebre de Leonore Prohaska (faixa 5). Na minha coleção da DG, a “Música de Cena de Leonore Prohaska” é constituída de 4 partes. A primeira é um coro à capela; a segunda é um “romance” cantado por uma soprano acompanhada de uma harpa. A terceira é um arrepiante “melodrama”, que tem por fundo musical os lindos sons emitidos por uma glasharmonika; e a quarta e última parte é justamente a marcha.
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