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Seu compositor de sinfonias preferido |
Beethoven |
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41% |
[ 13 ] |
Brahms |
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9% |
[ 3 ] |
Bruckner |
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3% |
[ 1 ] |
Dvorák |
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3% |
[ 1 ] |
Haydn |
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19% |
[ 6 ] |
Mahler |
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12% |
[ 4 ] |
Mozart |
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6% |
[ 2 ] |
Schubert |
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0% |
[ 0 ] |
Shostakovich |
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3% |
[ 1 ] |
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Total de Votos : 31 |
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Autor |
Mensagem |
Ricardovsky
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 697 Localização: Teresópolis - RJ
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 9:44 am Assunto: |
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Estou pela segunda vez (já ouvi inteira) na metade da integral das sinfonias de Haydn com Adam Fischer. Trata-se de um dos maiores tesouros da minha cdteca. Há cada sinfonia de se ficar boquiaberto. Só para enfatizar algumas que não conhecia antes de ter adquirido esse box da Brilliant Classics, cito as Sinfonias nº 6 "Le Matin", 7 "Le Midi" e 8 "Le Soir", compostas, ao que me parece, como um conjunto (vide os nomes), e ainda as sinfonias nº 22 "Der Philosoph" (Que caráter de concentração!), 31 "Hornsignal" (Que grandiosidade!) e 48 "Maria Theresia" (Que dignidade!). Todo esse tesouro, que é absurdamente bom, eu não conhecia. Citei apenas algumas, há muita, mas muita, coisa boa.
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Ricardovsky
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 697 Localização: Teresópolis - RJ
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Leonardo T. de Oliveira
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 448 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 12:12 pm Assunto: |
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E foi o Avelino ou o Adriano que andou aparecendo pelo Presto? X)
_________________ Leonardo T. Oliveira
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 2:55 pm Assunto: |
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Leonardo, concordo com o que escreveu. A atração pelo Beethoven está na ruptura que ele provoca com o classicismo (não sei se você prefere Kuhn ou Bachelard para pensar essas coisas). Isso é um dado importante.
O outro dado, também presente em sua mensagem, é o desconhecimento da obra de Haydn, que talvez tenha um papel preponderante aqui e alhures.
Ricardovsky, nosso mozartiano, ouviu toda a integral que o Fischer gravou, mas isso é bem raro!
Mahler? Ele espera Doctor. Amancio votará em Bruckner talvez?
Editando: agora é que vi que Amancio se manifestou.
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erreve
Registado em: Sábado, 11 de Novembro de 2006 Mensagens: 15
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 3:05 pm Assunto: Justificndo meu voto |
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Na verdade não conheço nada de Haydn a não ser a "Surpresa", que nunca me surpreendeu. Por isso não posso avaliá-lo, mas acho que mesmo que conhecesse, eu ainda assim votaria em Mahler. Sei que os grandes incentivadores da Sinfonia moderna foram ele, Mozart e, naturalmente, Beethoven, mas para mim Mahler é imbatível, porque fala mais ao nosso tempo e às nossas angústias.
Mozart é maravilhoso, como sempre, mas soa um pouco engessado, porque clássico. Beethoven inovou mas abriu as portas para a 2ª de Mahler, que foi a primeira obra do compositor que escutei e que me seduziu inteiramente. Nunca mais deixei de escutar Mahler.
Me sinto um pouco culpado com Brahms (mas ele, afinal, é um clássico anacrônico), com Schumann, cujas sinfonias, todas, me soam muito bonitas e com Tchaikowsky, de quem gosto esecialmente das duas últimas sinfonias.
Com relação a Bruckner, a quem fui apresentado pelo Adriano, não me sinto muito devedor porque, afinal ele não deixa de estar presente nas sinfonias de Mahler.
Mas ao escrever esta resposta fui me lembrando de outros: Dvorak, Sibelius, Shostakovitch, Proffiev, o nosso Villa. É, é muito difícil ranquear o melhor nesse time, mas vou ficar com Mahler.
Editado pela última vez por erreve em Qui Nov 16, 2006 3:08 pm, num total de 1 edição |
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Leonardo T. de Oliveira
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 448 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 3:07 pm Assunto: |
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É difícil imaginar, pelo menos na nossa cultura, que as sinfonias de Beethoven ficassem "ocultas" por muito tempo, por mais que de repente alguém as escondessem pra fazer uma experiência. : ) Isso também é possível de se relativizar, mas, no momento, é uma qualidade de muito peso que ele sintetize, ainda no contrapé do século XIX, um referencial estético tão representativo. E complementando a distinção entre o número de sinfonias: quem é que no século XIX passou de 10 sinfonias?
Agora sobre Haydn, estou interessado nessa integral de sinfonias da Brilliant... Quanto tá? Eu conheço umas 20 e poucos, bem distribuídas até, mas, afinal de contas, falta conhecer umas 80! : ) E aproveitando o assunto, confesso uma coisa: os quartetos pra cordas de Haydn me empolgam demais!, mais do que as sinfonias por enquanto!
_________________ Leonardo T. Oliveira
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Ricardovsky
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 697 Localização: Teresópolis - RJ
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 3:09 pm Assunto: |
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Caro Amancio,
Em termos de sinfonia, não vejo, em minha ignorância, limitações em Mahler. Pelo contrário, vejo nele um representante das mais perfeitas e inovadoras manifestações dessa forma.
Fiquei curioso, o que você chamaria de limitações em Mahler, Amancio?
PS: Lembro a todos que a pergunta é sobre a preferência do ouvinte e não sobre o maior comopositor de sinfonias. São coisas diferentes. Podería-se, por exemplo, votar em Tchaikovsky por preferir suas sinfonias às de Beethoven, sem achar o primeiro superior como compositor.
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 3:14 pm Assunto: Re: Justificndo meu voto |
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erreve escreveu: |
para mim Mahler é imbatível, porque fala mais ao nosso tempo e às nossas angústias.
[...]
Me sinto um pouco culpado com Brahms (mas ele, afinal, é um clássico anacrônico), com Schumann, cujas sinfonias, todas, me soam muito bonitas e com Tchaikowsky, de quem gosto esecialmente das duas últimas sinfonias.
[...]
Mas ao escrever esta resposta fui me lembrando de outros: Dvorak, Sibelius, Shostakovitch, Proffiev, o nosso Villa. É, é muito difícil ranquear o melhor nesse time, mas vou ficar com Mahler. |
Acho bastante legítimo o critério de identificação com o tempo. Mas, se é para acusar Brahms de anacronismo (embora Schönberg tenha defendido que a obra desse compositor aponta para o futuro, ao contrário do que os wagnerianos diziam), por que não acusar também Villa-Lobos disso em suas sinfonias? Acho que o compositor brasileiro não poderia mesmo estar na disputa.
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Leonardo T. de Oliveira
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 448 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 3:23 pm Assunto: |
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hm... Olha que se eu tivesse me empolgado eu era capaz de votar em Brahms... : P
_________________ Leonardo T. Oliveira
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Laura
Registado em: Sábado, 4 de Novembro de 2006 Mensagens: 1021 Localização: São Paulo - Brasil
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Sarastro
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 900 Localização: Brasil
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 4:08 pm Assunto: |
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Votaria em quase todos os da lista, mas por uma questão de justiça, fomos de Haydn. Os demais compositores hão de me entender.
_________________ Va, pensiero, sull'ali dorate...
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Bruno Gripp
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 725 Localização: Belo Horizonte
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 4:46 pm Assunto: |
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Acho curioso acusar Haydn de ser... classicista. Como se classicismo fosse um defeito. Pura bobagem, Haydn é capaz dos vôos mais audaciosos musical (como o passeio por tonalidades raras nas sinfonias 44 e 45) e formalmente (a condensação temática de alguma de suas obras, a riqueza da variedade de movimentos, que vão da música folclórica até a música de igreja, passando por tudo que está em volta, ciganos, ópera, o finale da despedida, etc, etc). E expressivamente, conheço poucas obras mais significativas do que a sinfonia 26, e consegue isso sem recurso a orquestras grandiosas, cantores, etc. E, por fim, se a sinfonia é o que é, se deve mais a Haydn do que a qualquer outro compositor, incluindo Beethoven.
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Leonardo T. de Oliveira
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 448 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 5:23 pm Assunto: |
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De novo até concordo... O "esteticismo" do classicismo parece que se perdeu pra uma valorização da "importância" do compositor... Aliás, o próprio Beethoven é às vezes "acusado" de ser classicista... : P
Quanto à sinfonia ser o que é, bom..., não seria necessário reconhecer um "responsável" em termos tão definitivos, mas é mesmo ponto pacífico que Haydn foi o formador do gênero conforme pegou a forma no colo e a investiu e representou por um período que não é chamado de "clássico" a toa... Mas assim como Haydn participa da formação 'apolínea' da sinfonia, saindo das sinfonias com baixo contínuo e lhe conferindo uma influência mais bem-conseguida pro seu tempo, Beethoven também gera uma transformação profunda no estado em que a sinfonia se encontrava antes dele pro estado que ela assume depois dele. Afinal, assim como é difícil imaginar uma sinfonia de C. P. E. Bach se transformar na Sinfonia Militar de Haydn, também é difícil imaginar que, em função de um único compositor, a Sinfonia Militar de Haydn se transformou na Nona de Beethoven (com a licença da força de expressão pro "se transformou", claro).
_________________ Leonardo T. Oliveira
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Leonardo T. de Oliveira
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 448 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qui Nov 16, 2006 5:27 pm Assunto: |
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...e que a partir dessa Nona, manifestamente tanta coisa fosse acontecer.
Não tenho a maior simpatia do mundo por esse argumento..., porque os méritos daquilo que é tomado como referência para a ideologia de uma época podem se dar mais por um favorecimento social e cultural do que por muito talento de um compositor... O tempo de Haydn simplesmente não me parece tão favorecido às mudanças que a virada do século trouxe pra Beethoven... Só estou mesmo procurando o que relativizar pra uma questão que não é tão simples assim, mas questioná-la não deixa de ser um exercício de compreensão..., bem que fazemos... : P
_________________ Leonardo T. Oliveira
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