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Carlos Pianovski



Registado em: Terça-Feira, 14 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 4:36 pm    Assunto: Responder com Citação

Gente, uma hiperbolezinha de vez quando não faz mal a ninguém.

Mas, sim, Sergio tem razão, não é possível partir de generalizações - nem se tratando de Domingo nem de qualquer um. Só fico um tanto irritado com o desdém esnobe que quase sempre aparece explícito ou nas entrelinhas quando se fala desse cantor por aqui.

Domingo, mesmo quando jovem, espremia agudos sim, mesmo após passagens de menor dificuldade - nas de maior dificuldade, de meados de setenta para frente, costumava quebrar as notas. Mas quando jovem, mesmo os espremendo (jogava a ponta da língua para cima e para trás, em uma estranha "técnica" de emissão) os sustentava sem oscilações nem aumento substancial de vibrato, o que revela, quando menos, controle respiratório. A beleza do som (não falo em amplitude, nem de intensidade), no início da carreira não restava muito prejudicada. Depois ficou parecendo choro de bebê, mas isso não invalidade o que se fez no auge da carreira.

Mas ouso discordar da douta maioria quanto a outras qualidades: trata-se de voz belíssima, apta a belos contrastes de chiaro/oscuro (poucos tenores conseguem fazer isso bem), dotada de razoável esmalte (o grande Pavarotti, Bruno, soava por demais estridente, mesmo no bel canto), emissão generosa, timbre viril mas com um certo "açúcar" (iiso fica bem claro no seu Manrico e no seu Radamés), frases musicalmente muito bem articuladas - sobretudo nos registros médio e grave (Don Carlo, Don Alvaro, Vespri Siciliani, etc). No Otello, canta lindamente o dueto final do primeiro ato. No Dio mi potevi Scagliar, corte o si ao final e será difícil encontrar performance melhor, em que o "parlando" que pede a ária é interpretado com refinamento que não se vê nem em del Monaco, nem em Vinay, nem em MacCracken, etc, etc (bom, em Vickers, talvez).

Sergio,
Seu Siegmund não é estilisticamente correto, seja porque ela fala mal o alemão, seja porque não sabe valorizar a aspereza de passagens em que as consoantes "fazem a música" cantando tudo "redondo" e adocicado, seja porque suas características vocais não são as que se espera de um heldentenor - que ele não é. Mas o fato é que, comparado com a maioria dos que enfrentam esse papel nos últimos anos (e mesmo comparado com um pessoal mais antigo, como Hoffmann, por exemplo), é dos poucos que mantêm razoável afinação, deforma menos a voz nas passagens do grave para o médio (e, vejam só, até para a maioria dos agudos, o que é um fenôneno tratando-se de Placido Domingo), sustenta notas e - vá lá, sei que isso é um tanto circence e poucio wagneriano - soa com "gusto" na parte final do primeiro ato.

Abraços

Pianovski




Editado pela última vez por Carlos Pianovski em Qui Jan 25, 2007 4:48 pm, num total de 2 edições
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Carlos Pianovski



Registado em: Terça-Feira, 14 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 4:39 pm    Assunto: Responder com Citação

Ah, sim, e a ponderada mensagem do Padua foi, para variar, exemplar. Assino embaixo, por não conseguir dizer melhor.


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SérgioNepomuceno



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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 5:07 pm    Assunto: Responder com Citação

não é só pronúncia;além de problemas de articulação (finalização das palavras, ex em Siegmund 'höchste' not),percebe-se nitidamente que vogais como '''O''' são muito abertas -o que causa problemas em tristões por ex, c/ a entrada antecedida por cordas em tessitura baixa, reg.médio no sink hernieder; ele é curto(implicita que haja deformaç~ao em certas linhas,posso citar/especificar se necessário), registro médio esfumaçado,emissão segregada e etc. HÁ estilística envolvida,porém c/ certos padrões. ex-metal, King; Vickers-legatos não-usuais(ex.entre den w wälsung;desfecho), mezza voce 1o ato etc etc mas Domingo,não. Não se enquadra nos 'certos padrões'. olha,dá discussão interessante, talvez poderia se abrir outro tópico.
vou verificar algo agora e talvez escreva em breve.


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SérgioNepomuceno



Registado em: Segunda-Feira, 13 de Novembro de 2006
Mensagens: 273

MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 5:24 pm    Assunto: Responder com Citação

alguns exs: zaglus, réste not, zêrende not,dich zuuu, nuuutung, xivéster não são apenas prnúncia, é questão de articulação, mas está intimamente ligada à sua téc. de emissão. DEvido a alguns fatores como dinâmica e etc atropela pp, (seligste frau),vai em f, ataque deselegante(dosagem de volume), oscila~ções em determinadas sustentações relativamente fáceis (estrut.vibratto); ex fácil:wälsung blut, últ. fala 1o ato.

talvez pior e mais cr´itico seja o tristão..


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Sarastro



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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 5:44 pm    Assunto: Responder com Citação

Pádua Fernandes escreveu:

II. Ele não é o melhor Alvaro (Bergonzi, del Monaco, Corelli estão entre as primeiras opções), nem Duca (Bergonzi, Pavarotti, Kraus têm a voz mais apropriada), nem Alfredo (Bergonzi, Pavarotti, Kraus, de novo), nem Roméo (Gedda, Björling, Kraus); porém, é uma segunda opção válida em todos esses papéis.


Pádua e Pianovski,
minha maior dificuldade com o Domingo é justamente essa: não o considero "primeira opção" em nenhuma ópera (refiro-me a gravações, obviamente). Tenho um CD no qual ele canta bem algumas árias, inclusive uma surpreendente "Va Pour Kleinzach!", mas sempre fica no ar aquela impressão de que "Fulano canta melhor aqui" ou "Beltrano é mais característico".

Assim, por mais que eu reconheça os méritos do cantor, na minha opinião ele sempre foi hipervalorizado. Notem: não o acho um engôdo, e nem deixo de adquirir uma gravação somente pela presença dele (recentemente pedi uma Luisa Miller para ver Scotto/Milnes na fase boa/Morris/Giaiotti em ação, e o Domingo veio no pacote). Porém, não considero versatilidade uma qualidade em se tratando de cantores de ópera - o que explica minha predileção por "determinados cantores em determinados papéis", via de regra.

Quanto ao Boccanegra, repito: quem viver, verá. Com exceção de propostas francamente absurdas, só emito opiniões sobre o cantor X no papel Y após ouvi-lo, de preferência mais de uma vez. Como Domingo tem tendências baritonais, a proposta não chega a ser bizarra... me assustaria se ele resolvesse encarnar Boris Godunov. Wink

Saudações.



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Sarastro



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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 5:57 pm    Assunto: Responder com Citação

Complementando:

Domingo reserva outras surpresas para os fãs da ópera...

George Frideric Handel
Tamerlano
Company Premiere
In Italian with English supertitles
April - May 2008 (Dates TBD)

Handel's rarely-performed work recounts the tale of Tatar conqueror Tamerlano, whose enslavement of the Ottoman emperor Bajazet and fluctuating marital intentions lead to conspiracy and suicide. Plácido Domingo makes his American debut in the pivotal role of Bajazet, and acclaimed countertenor David Daniels is the tyrannical Tamerlano.

Tamerlano David Daniels
Bajazet Plácido Domingo
Asteria Sarah Coburn*
Andronico Patricia Bardon*
Leone Andrew Foster-Williams*

Conductor William Lacey*

http://www.dc-opera.org/ourseason/2007-2008season.asp



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Carlos Pianovski



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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 6:04 pm    Assunto: Responder com Citação

Caro Erico, será mesmo que você sempre busca a melhor interpretação?

Quando você ouve Carlos Alvarez em Don Giovanni, é o melhor? Ou Aquiles Machado como o Duque de Mantua (ou mesmo Marcelo Alvarez)? Ou Macneil no Rigoletto? Ou, vamos lá, Milnes na luisa Miller? Scotto idem. E por aí vai.

A impressão que tenho é que, assim como eu, você busca interpretações de qualidade, com os mais diferentes matizes, mas de qualidade. Ora, isso Domingo oferece de sobra! Por que é que quando se trata de Placido Domingo a interpretação tem de ser "a melhor", ou, então, vem "junto no pacote"? Acho que Domingo, em Luisa Miller, tem uma bela performance - e tenho como referência, aqui, gravação um pouco mais nova, com a Ricciarelli.

Nunca ouvi nada de Milnes, cantor de que gosto muito, que eu possa qualificar como "a melhor interpretação que já ouvi". Macneil idem. Di Stefano idem (bem, desse, talvez, arturo na Lucia). Jess Thomas idem. Ben Heppner idem. Gruberova idem. Mas todos esses proporcionam performances altamente gratificantes em vários papéis, o que os torna grande cantores.

Abraços

Pianovski

PS: Editando: Ops, Tamerlano já é um pouco demais! Tenho um CD em que um jovem Domingo canta Svegliatevi nel core. É uma das coisas mais feias e estranhas que já ouvi ...


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Sarastro



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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 6:34 pm    Assunto: Responder com Citação

Carlos Pianovski escreveu:
Caro Erico, será mesmo que você sempre busca a melhor interpretação?

Quando você ouve Carlos Alvarez em Don Giovanni, é o melhor? Ou Aquiles Machado como o Duque de Mantua (ou mesmo Marcelo Alvarez)? Ou Macneil no Rigoletto? Ou, vamos lá, Milnes na luisa Miller? Scotto idem. E por aí vai.

A impressão que tenho é que, assim como eu, você busca interpretações de qualidade, com os mais diferentes matizes, mas de qualidade. Ora, isso Domingo oferece de sobra! Por que é que quando se trata de Placido Domingo a interpretação tem de ser "a melhor", ou, então, vem "junto no pacote"? Acho que Domingo, em Luisa Miller, tem uma bela performance - e tenho como referência, aqui, gravação um pouco mais nova, com a Ricciarelli.

Nunca ouvi nada de Milnes, cantor de que gosto muito, que eu possa qualificar como "a melhor interpretação que já ouvi". Macneil idem. Di Stefano idem (bem, desse, talvez, arturo na Lucia). Jess Thomas idem. Ben Heppner idem. Gruberova idem. Mas todos esses proporcionam performances altamente gratificantes em vários papéis, o que os torna grande cantores.

Abraços

Pianovski


Pianovski,

Vou tentar me expressar mais claramente: deixando de lado a expressão "a melhor interpretação" (que é muito restritiva), direi que eu busco interpretações que (a) me comovam, (b) me convençam e (c) fiquem acima da média. Os três critérios plenamente pessoais - e a partir daqui interprete minha mensagem como uma opinião.

Tanto o Don Giovanni do Carlos Alvarez como o Duca do Machado atingiram, no meu gosto musical, esse patamar. Já o Duca do Marcelo Alvarez é, para mim, um marco de interpretação, assim como o Nemorino do Machado e o Manrico do Bonisolli, para citar três exemplos.

McNeil sempre me deixou ótimas impressões (como Rigoletto, Amonasro, etc.); já Milnes até hoje só realmente me agradou nessa Luisa Miller - embora eu deva ressaltar que só vi o DVD uma vez. De resto, ele sempre me pareceu um cantor se esforçando para não esgoelar-se no palco, o que provavelmente é explicado pelo fato de que só o escutei em gravações tardias, feitas após os severos problemas vocais que ele teve.

Realmente, assim como você, eu busco interpretações de qualidade, o que me faz bater na tecla que quando eu escrevi "a melhor interpretação" me expressei mal. Em tempos passados, afirmei no Allegro que inigualável (em alguns papéis) somente o Siepi, e quem discordar de mim me chamou prá briga. Wink Ou seja, sou adepto de sempre que possível escutar novas interpretações de um papel (daí ter repetidas gravações de Don Giovanni, Aida, Otello, Così, etc., o que causa estranheza a algumas pessoas não afeitas ao mundo da ópera). De certa forma somos como o Duque de Mântua: "s'oggi questa mi torna gradita, forse un'altra, forse un'altra doman lo sarà..."

Voltando ao Domingo, raramente ele me comove. Sim, de fato algumas vezes tive boas impressões de algumas interpretações dele - Otello, Radames, Hoffmann, Pery, etc. - mas o fato é que ele não me empolga com frequência. Provavelmente isso ocorra com outras pessoas em relação a cantores que me comovem, como o controvertido Bonisolli e o Bergonzi (conheço pessoas que detestam este último).

Já fui mais radical nessa minha contrariedade em relação ao Domingo, mas a idade, os cabelos brancos e as doses diárias de Bach têm me tornado uma pessoa mais maleável.

Abraços,

Erico



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Bruno Gripp



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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 7:00 pm    Assunto: Responder com Citação

Versatilidade está longe de significar musicalidade, se assim fosse, Piero de Palma seria um dos grandes cantores do século XX. Ou Mario del Monaco seria muito mais musical do que pensamos por ter cantado Nero (Monteverdi) e Enéias (Berlioz), ou Marjana Lipovsek seria mais musical do que Callas por ter cantado de Monteverdi e Berio.


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Bruno Gripp



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 7:16 pm    Assunto: Responder com Citação

E mais, quando a gente pensa em algum intérprete, quem quer que seja, pensa em alguma especialidade, em algum repertório onde ele seja uma das referências. Glenn Gould em Bach, Dessay nos papéis de ultra-coloratura, Marc-André Hamelin para os estudos mais complicados da literatura pianística, Geza Anda nos concertos de Mozart, Blake para os papéis de tenor de Rossini e Donizetti. Agora, qual é a especialidade de Domingo? Qual é o repertório onde ele se encontra mais confortável tecnica e musicalmente? Fedora? Sly? Tun Dun?


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SérgioNepomuceno



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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 7:52 pm    Assunto: Responder com Citação

estamos entrando muito no pessoal; se 'emociona/comove' ou não etc,mas sinto dizer- quem '''não gosta''' de BErgonzi não sabe o que significa demanda verdiana em sua tessitura. não faz idéia. "Ah,mas bErgonzi nãpo me 'emociona' ". "hmmmm...cool"


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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 8:26 pm    Assunto: Responder com Citação

Bruno Gripp escreveu:
Versatilidade está longe de significar musicalidade, se assim fosse, Piero de Palma seria um dos grandes cantores do século XX. Ou Mario del Monaco seria muito mais musical do que pensamos por ter cantado Nero (Monteverdi) e Enéias (Berlioz), ou Marjana Lipovsek seria mais musical do que Callas por ter cantado de Monteverdi e Berio.

Mas Piero de Palma não é o melhor cantor do século XX? Pelas dezenas ou centenas de gravações que fez, com tantos parceiros ilustres (Giuseppe di Stefano, Cesare Siepi, Renata Tebaldi, Mario del Monaco etc) parece-me que é, de longe, pelo menos o maior tenor comprimário do século passado.
Vejo que você entendeu bem meu argumento. E é claro que Lipovsek é muito mais musical do que a Callas, coitada.

Domingo lançou há um tempinho uma caixa, que contém muitas gravações antigas e algumas novas, com todas as árias de tenor escritas por Verdi. Mas ele não tem (apesar do intenso marketing) como destronar Carlo Bergonzi, que é um modelo em tantos papéis desse compositor.


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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 8:36 pm    Assunto: Responder com Citação

Sarastro escreveu:


Voltando ao Domingo, raramente ele me comove. Sim, de fato algumas vezes tive boas impressões de algumas interpretações dele - Otello, Radames, Hoffmann, Pery, etc. - mas o fato é que ele não me empolga com frequência. Provavelmente isso ocorra com outras pessoas em relação a cantores que me comovem, como o controvertido Bonisolli e o Bergonzi (conheço pessoas que detestam este último).

Já fui mais radical nessa minha contrariedade em relação ao Domingo, mas a idade, os cabelos brancos e as doses diárias de Bach têm me tornado uma pessoa mais maleável.

Abraços,

Erico


Sinto o mesmo, nobre Sarastro, inclusive em relação aos cabelos brancos. Só não subscrevo a parte do Bonisolli, que tem uma grande voz, mas é um tanto exagerado para o meu gosto.
E não tenho nenhuma ópera completa com o Domingo (até encomendei duas, mas não chegaram). Mas não vou ficar esnobando esse tenor, ao contrário dos fãs de Prégardien (que não soa confortável nos, digamos, agudos do Ulisses de Monteverdi).


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Pádua Fernandes



Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 8:41 pm    Assunto: Responder com Citação

SérgioNepomuceno escreveu:


Pádua, eu concordo c/ os fatos levantados, por´m ele não canta Siegmund decentemente;é quase 'lixal'. Mas como essa discussão tem que abrigar tamb´em os conceitos que se estruturam em torno do heldentenor(o que já é muita coisa MESMO p/ se discutir), estilística, a estrutura vocal 'versus' o próprio papel etc etc,um aprofundamento agora e aqui talvez não seria bem sucedido.


Hmmm... Se a referência para Siegmund é o Melchior, então Domingo, de fato, não chega nem a realmente cantar o papel. Mas, se comparamos com aquele ex-tenor, ex-roqueiro, hoje doente, que foi aluno do Mario del Monaco, o Domingo não é plausível?
Eu nunca, aliás, tinha lido o apelido Peter ohne Hoffnung. Hoje, foi a primeira vez.


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SérgioNepomuceno



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MensagemEnviada: Qui Jan 25, 2007 9:09 pm    Assunto: Responder com Citação

1)não é plausível,e na minha penúltima msg e sua antecedente, visei uma abordagem objetiva, exemplificada e pr´atica (referente ao siegmund)dizendo o motivo
2) hoffmann é adequado, assim como em lohengrin,apesar dos elda;eu até poderia sustentar uma discussão c/quem discorde,contanto qe diga objetivamente por quê.

ERRATA-onde escrevi 'wälsung' blut nas msgs citadas no item um dessa mensagem,leia-se 'wälsungen' blut, citando a 'estilística' (no caso,referente à vickers, que se baseia nos princípios enumerados, juntamente c/ os do J.King.


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