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Autor Mensagem
Amancio



Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Sáb Abr 14, 2007 1:07 pm    Assunto: Responder com Citação

Bem no início da página que o Bosco postou, tem um link para ouvir todo o recital do Joshua Bell. Ouvi enquanto lia o artigo, bem extenso por sinal, mas que faz vc refletir muitas coisas, como por exemplo o assunto das crianças citado pelo Pádua. Elas paravam e olhavam para o músico, às vezes como que hipnotizadas, mas as mães puxavam elas de volta para o caminho. Repórteres depois perguntavam para as pessoas, "vcs viram algo diferente no caminho?", mas somente uma lembrou de ter visto um músico na estação de metrô.

Bell tocou a Chaconne duas vezes, abrindo e fechando o "programa". Entre as duas peças, ouvi Ave Maria de Schubert, Estrelita do Ponce, Meditação de Taís do Massenet e mais a Gavotte da Partita 3 de Bach.


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Alexandre



Registado em: Domingo, 25 de Fevereiro de 2007
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MensagemEnviada: Dom Abr 15, 2007 12:20 am    Assunto: Responder com Citação

No Estadão:

14 de abril de 2007 - 14:48
Lang Lang, o popstar do piano erudito


Músico chinês é o maior vendedor de discos do mundo há quatro anos
João Marcos Coelho



Reuters

O pianista Lang Lang




XANGAI - Os chineses se aproximaram da música de concerto ocidental como quem vê pela primeira vez uma engenhoca da qual nunca ouviu falar. Desmontaram seus mecanismos, aprenderam a reproduzi-la e em seguida partiram para a criação. A metáfora não é minha, mas do maior astro clássico chinês, o pianista Lang Lang, de 25 anos. Há quatro anos ele é o maior vendedor de discos do mundo (claro, se apenas 1% dos 30 milhões de estudantes chineses de piano comprarem seus discos....).

“É como o futebol. Aprendemos as regras da música clássica ocidental e pronto”, diz Lang. Ele mesmo reconhece, porém, no CD-DVD que acaba de ser lançado no mercado internacional, intitulado Dragon Songs, que isso não basta. “Nas master classes no Ocidente, em geral mando os pianistas estudarem mais; na China é o contrário. Ninguém erra. Mas falta o toque subjetivo, a interpretação pessoal.” Ele foi direto ao ponto. Em geral, os asiáticos são verdadeiras máquinas de tocar piano. O próprio Lang Lang liga muitas vezes o piloto automático e fica desinteressante. O CD e DVD Dragon Songs registra seu triunfal retorno à China em 2005 como superstar. Ele dá autógrafos numa loja de discos em Pequim enquanto a patética voz de um locutor em off proclama que “os chineses preferem comprar o disco original de Lang Lang” - como se no paraíso da pirataria o segmento de discos passasse ileso.

Dragon Songs é um retrato sem retoques da abordagem chinesa da música ocidental. Revela um vasto e diversificado repertório de canções folclóricas. Mas infelizmente vestidas a caráter - ou seja, metidas numa casaca sinfônica que quase sempre soa artificial. Entre as pitadas exóticas, faixas com a pipa (o alaúde chinês), cítara e flauta. E uma versão horripilante do Concerto do Rio Amarelo para Piano e Orquestra no Teatro de Pequim para 8 mil pessoas, transmitido pela TV para outros 800 milhões: um imenso palco abriga uma enorme orquestra sinfônica de mais de 150 músicos; à frente, o piano de Lang Lang e, de cada lado da orquestra, dois blocos de 50 pianistas mulheres, todas iguaizinhas, simetricamente enfileiradas com seus Baldwins de cauda inteira - lembra o Orson Welles de O Processo, com aquele escritório surrealista.

Com um mercado tão apetitoso como esse - a Deutsche Gramophon esconde a sete chaves os números de vendagem de Lang Lang na China -, as gravadoras atiram a esmo, tentando compensar as vacas magras, agonizantes, que compõem o indisfarçável ar de cemitério da cena ocidental (todos os CDs citados estão disponíveis no site www.laserland.com.br).


Carreira fora da China
A K617, em geral uma digna gravadora francesa dedicada à música antiga, fez um Frankenstein chamado Vésperas à Virgem na China, juntando arranjos de peças de Mateo Ricci e uma dezena de outros nomes de algum modo ligados ao país. Pôs na capa do luxuoso CD um detalhe do quadro A Mãe de Deus, Imperatriz da China, de Chu Kar Kui. Jean-Christophe Frisch lidera o grupo Musique des Lumières e, para facilitar a entrada no mercado chinês, participa o Coro do Beitang de Pequim. Outra, a holandesa Channel Classics, instituiu um selo exclusivo - Channel of China - e lança tudo em superáudio, um formato de CD bem mais caro do que o convencional e já natimorto no mercado ocidental. Grava qualquer coisa, de um CD de pipa a arranjos pífios do folclore com a Orquestra Sinfônica da China.

Nem tudo é descartável, porém. Há os compositores que saíram da China durante ou logo depois da Revolução Cultural de Mao, entre 1966 e 1978. São chineses ocidentalizados, portanto. Afora Tan Dun, o mais conhecido deles, há dois que podem constituir verdadeiras descobertas: Qigang Chen, de 56 anos, e Bright Sheng, de 51 anos. Ambos se “exilaram” no Ocidente. Chen foi para a França, estudou com Olivier Messiaen, Ivo Malec, Claude Ballif e Betsy Jolas. Sua música é refinada, aparenta-se à de György Ligeti. Chen cai inteligentemente em tentação quando introduz “chinoiseries” em sua obra, sempre com bom gosto.

No CD Extase, da Virgin Classics, com a Orquestra Filarmônica da Rádio France, regida por Leonard Slatkin (2006), por exemplo, há três primeiras gravações mundiais. A faixa-título é uma peça para oboé e orquestra de 1995, em que o solista parece um novo instrumento, porque Chen lhe aplica técnicas do instrumento chinês so-na. A curiosa San Xiao, ou “rir três vezes”, para quatro instrumentos tradicionais chineses - flauta de bambu, pipa (alaúde de 4 cordas), san hsien (alaúde de 3 cordas) e cheng (cítara de 21 cordas) -, brinca mas não se dissolve no folclore. Em vez disso, constrói um discurso sonoro denso e bem-humorado. A terceira estréia mundial é L’Eloignement, de 2004, para orquestra de cordas. Tudo muito elegante, dissonante, francês, enfim.

Já Bright Sheng voou mais longe, de Xangai para os EUA em 1982, onde estudou com Leonard Bernstein e George Perle. Aculturou-se totalmente ao universo norte-americano acadêmico e dos grandes festivais de verão. Neste Silent Temple (CD da BIS de 2002), ele atua como pianista nos quatro movimentos para trio com piano, de 1990. O CD traz ainda os quartetos de cordas n.º 3 (1993) e n.º 4 (2000) e três canções para pipa e violoncelo (1993), com o ótimo Quarteto de Xangai e Wu Man na pipa. Como Chen, Sheng não faz música fácil. A fusão das raízes chineses com as linguagens ocidentais não é banal ou óbvia. Fica mais evidente, claro, nas canções para pipa e cello. Excelentes os dois quartetos de cordas, sobretudo o n.º 4, que aplica chinesamente o pizzicato aos instrumentos do quarteto.




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rogszter



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MensagemEnviada: Seg Abr 23, 2007 11:24 am    Assunto: Responder com Citação

Do Estadão de hoje

Concertos eruditos para atrair a juventude
Criador da Folle Journée, festival realizado todo ano na França, René Martin traz formato ao Brasil e prepara evento com 37 concertos em três dias

João Luiz Sampaio, RIO

A ladainha é antiga e vem recheada de números convincentes - o público da música clássica está envelhecendo e os jovens não parecem dispostos a ocupar o espaço das antigas gerações nas salas de concerto e teatros de ópera, ao mesmo tempo em que a indústria de gravações dá sinais evidentes de seu desgate, cancelando contratos e vendendo cada vez menos. As previsões são catastróficas - estudo feito nos EUA diz com todas as letras que, em uma geração, 60% das orquestras americanas fecharão suas portas. Fato? Há alguns anos um francês insiste no caminho contrário. Diz que a música clássica pode, sim, atrair os jovens, ser tão popular quanto um concerto de rock e que há um enorme público em potencial a ser conquistado. Seu nome? René Martin, criador de festivais de sucesso como Roque d’Antheron, que reúne anualmente na França os maiores pianistas da atualidade, e La Folle Journée, criado em Nantes e exportado para Espanha, Portugal, Japão e, agora, Rio, onde será realizado do dia 1º a 3 de junho, com 37 concertos em oito palcos da cidade.

Martin esteve no Rio no fim de semana passado. No dia 15 pela manhã, assistiu em Niterói a uma apresentação da Orquestra Sinfônica Nacional, regência de Lígia Amadio, que vai abrir a Folle Journée carioca no Municipal com Nelson Freire solando o Concerto para Piano, de Grieg. “O entusiasmo do público brasileiro me encantou desde a primeira vez que estive aqui, há dez anos”, diz Martin ao Estado, após o concerto. E conta que foi também o entusiasmo da platéia que despertou nele a idéia para a Folle Journée. Mas de uma outra platéia, na verdade. “Estava em um show do U2, no meio daquela multidão, 35 mil pessoas, e pensei: por que esses jovens não vão ouvir a minha música?” Alguns anos depois, surgia o festival, com três credos fundamentais. Um: os concertos precisam ser curtos, não mais que 50 minutos; dois: o preço dos ingressos tem de ser baixo ( 3 na França, R$ 5 no Brasil); e três: os músicos precisam ser excepcionais e entender que estão a serviço da partitura - os compositores são as estrelas. Outro cuidado: a escolha de temas que unifiquem cada edição e proponham diálogos entre os compositores e as obras apresentadas.

A fórmula parece ter dado certo. Alguns números. A Folle Journée (jornada maluca, em português) original realizou em janeiro sua 17ª edição, com o apoio da prefeitura de Nantes e de 55 empresas que, juntas, pagaram 3 milhões; 112 mil ingressos foram vendidos para pouco mais de 300 concertos; jovens de 16 a 22 anos compõem 22% do público; 44% dos pagantes jamais haviam visto um concerto e os números sugerem que uma parcela desse público passou a acompanhar sistematicamente a música clássica: após a criação da Folle Journée, aumentou em 600% a quantidade de assinaturas da Sinfônica de Nantes, que se apresenta regularmente na cidade, fora do festival.

SENSIBILIDADE

“Nosso projeto dessacralizou algumas idéias preconcebidas sobre o mercado”, diz Martin. “O mundo da música clássica é muito fechado. E é ele mesmo que cria as barreiras. A palavra-chave é sensibilidade. Ninguém precisa ser especialista para assistir a um concerto. Se a música é boa, vai mexer com as pessoas. A questão é acesso. Vou sempre a shows de rock, jazz, rap. São gêneros que dialogam com nossa época. O que pretendo é mostrar que a música clássica tem muito a nos dizer, precisamos aproximá-la do público”, explica Martin. “A arte deve fazer parte da nossa vida”, interrompe Helena Floresta, que divide com Teresa Pinheiro a produção da Folle Journée carioca. E Martin completa: “Não estamos mais acostumados a parar e ouvir. A música clássica nos leva a isso naturalmente, nos ensina a ouvir o outro, a viver em conjunto, o que é extremamente importante nos dias de hoje. E, além disso, o perfil dos estudantes, hoje, é diferente. Antigamente, o músico popular aprendia o instrumento sozinho, com os amigos. Hoje, a maioria vai estudar música em conservatórios. Isso tem conseqüências visíveis. Uma artista como Björk ou uma banda como Radiohead fazem música extremamente sofisticada.”

Após o concerto, na mesa de um restaurante em Niterói, Lígia Amadio, Helena e Martin se digladiam sobre papéis, montam programas, escalam os músicos, articulam a programação entre os diversos palcos a serem utilizados durante os três dias de festival. “Não é possível acompanhar todos os concertos, alguns ocorrem simultaneamente. Claro, cada palco tem a sua vocação, um perfil diferente, mas é preciso tomar cuidado para que um não anule o outro”, observa Helena. Os problemas, no entanto, não param aí. Alguns músicos tocam três, quatro concertos por dia. Martin faz questão de participar de todos os processos de decisão, desde a escolha dos palcos, que ele aproveitou para visitar em sua passagem pelo Brasil, até as peças a serem interpretadas. Helena começa a tentar explicar o procedimento... “É uma maluquice”, desiste, com um sorriso largo no rosto.


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Mário



Registado em: Quarta-Feira, 4 de Abril de 2007
Mensagens: 63

MensagemEnviada: Seg Abr 23, 2007 12:25 pm    Assunto: Responder com Citação

Eu acho uma idéia muito interessante, se for feita com uma boa divulgação pode dar certo, e quem sabe não venha pra outras cidades do Brasil, tomara que dê certo.


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rogszter



Registado em: Quarta-Feira, 1 de Novembro de 2006
Mensagens: 69
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MensagemEnviada: Seg Abr 23, 2007 10:05 pm    Assunto: Responder com Citação

Também do Estadão

Ladrões invadem museu e levam batuta de Villa-Lobos
De acordo com a polícia, os assaltantes entraram pelo buraco do ar-condicionado
Clarissa Thomé


RIO - A batuta do maestro e compositor Heitor Villa-Lobos foi roubada do Museu dos Teatros, em Botafogo, na semana passada. O crime foi cometido entre a tarde de quarta-feira, 18, e a manhã de quinta-feira, 19, mas só foi divulgado nesta segunda-feira, 23. Os assaltantes também levaram um instrumento de sopro (petit bugle) da primeira orquestra do Theatro Municipal e acessórios da indumentária usada pelo ator Odilon Azevedo na peça O Imperador Galante, encenada em 1954, entre outros objetos. O museu, administrado pela Secretaria de Estado de Cultura, não tem seguranças.

De acordo com a polícia, os assaltantes entraram pelo buraco do ar-condicionado. Eles roubaram computador, scanner, impressora, tevê de 29 polegadas e fax, além do acervo do museu."Em princípio não são criminosos especializados. Eles estavam atrás de objetos que pudessem vender", afirmou o delegado Eduardo Baptista, da 10ª Delegacia de Polícia.

Para a diretora de Museus da Secretaria de Cultura, Márcia Bibiani, os assaltantes acreditaram que as peças cenográficas fossem jóias verdadeiras, como uma tiara de arame pintada de dourado e as pulseiras em metal com pedras coloridas do figurino de Odilon Azevedo, marido da atriz Dulcina de Morais.

"A batuta do Villa-Lobos era uma vareta fininha, de jacarandá. Mas estava com outras batutas com ponteiras douradas e prateadas. Acho que pegaram tudo junto, para tentar revendê-las", afirmou. Márcia explicou que o museu está sem segurança desde o ano passado. "Houve contingenciamento do orçamento no governo anterior e os funcionários terceirizados foram dispensados. Estamos revendo isso nesse governo, mas infelizmente não conseguimos resolver todas as questões ", disse. Foi aberta sindicância interna para apurar o furto.

O diretor do Museu Villa-Lobos, o violonista clássico Turíbio Santos, lamentou o roubo. "Esse tipo de crime não traz proveito para ninguém. É uma canalhice. É altamente predador para a cultura", afirmou.

O Museu dos Teatros foi criado na década de 70 e reúne cerca de 36.000 peças e documentos relativos às artes cênicas. No acervo, há estudos de Eliseu Visconti para as pinturas da sala de espetáculos do Theatro Municipal, cadeiras do Teatro Lírico, principal casa de espetáculos do Segundo Reinado, cerca de 5.000 fotos de artistas e espetáculos, além de livros raros e a coleção de programas do Municipal.

O Rio teve outros ataques recentes ao patrimônio histórico. Em fevereiro de 2006, o Museu Chácara do Céu, em Santa Teresa, foi invadido por assaltantes armados com com granadas. Eles roubaram telas de Pablo Picasso, Henri Matisse, de Salvador Dalí e Claude Monet e um livro com poemas de Pablo Neruda e ilustrações de Picasso. As peças nunca foram recuperadas. Dez dias depois, em março, dois homens armados invadiram o Museu da Cidade, na Gávea, e roubaram 11 peças do século 19 com detalhes em marfim, prata e ouro.

No feriado de Corpus Christi do ano passado, cerca de mil fotografias de Augusto Malta, toda a coleção de gravuras de Debret, 146 estudos do pintor Lucílio de Albuquerque, mapas, revistas e cartões postais foram levados do Arquivo Geral da Cidade, no centro do Rio. Não houve arrombamento. Também já foram alvos de criminosos a Biblioteca do Museu Nacional e a Biblioteca Nacional.


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Pádua Fernandes



Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Seg Abr 23, 2007 11:29 pm    Assunto: Responder com Citação

Para quem não conhece o Rio de Janeiro, observações:
O Museu dos Teatros é do governo estadual; logo, entregue às intempéries e aos ladrões, como outras instituições estaduais.
O presente governo é do mesmo partido do "governo anterior"; ademais, sem o suporte político do atual governador, quando ele foi presidente da Assembléia Legislativa, talvez o ex-presidenciável Garotinho não tivesse feito a sucessora, sua (do ex-presidenciável) própria esposa.
Enfim, nada muda na ex-Corte, a decadência e a putrefação institucional prosseguem no mesmo ritmo.


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Sarastro



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MensagemEnviada: Ter Abr 24, 2007 2:41 am    Assunto: Responder com Citação

Pádua Fernandes escreveu:
Para quem não conhece o Rio de Janeiro, observações:

Descobri hoje que será apresentada, na Cidade Maravilhosa, a ópera Le Nozze di Figaro - verifiquem o tópico das Temporadas !



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Va, pensiero, sull'ali dorate...
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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Dom Abr 29, 2007 12:00 am    Assunto: Fim do Quarteto Vermeer Responder com Citação

O Quarteto Vermeer, fundado em 1969, decidiu terminar. Neste ano, faz as suas últimas apresentações. Abaixo, pode-se ler crítica de seu último cocnerto em Nova Iorque:
http://www.nytimes.com/2007/04/27/arts/music/27verm.html?ref=music


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Amancio



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MensagemEnviada: Dom Abr 29, 2007 2:34 pm    Assunto: Responder com Citação

Puxa! Quer dizer então que eu, Laura e ZpinoZ assistimos uma de suas últimas performances, em março na Sala São Paulo!


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Doctor Marianus



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MensagemEnviada: Dom Abr 29, 2007 7:59 pm    Assunto: Responder com Citação

Mais um ato dessa opereta de 5a categoria.

O mais interessante é perceber o nível das personagens principais.
Agora é saber se o governador José Serra vai aceitar ser desafiado em público. Restar aguardar para saber quem manda mais no governo de SP

Monica Bergamo, Folha de São Paulo 27/04/07


Neschling desabafa: "Por que eu tenho que sair?"

Aos gritos, o maestro John Neschling desabafava, no camarim da Sala São Paulo, na noite de quarta-feira: "Por que eu tenho que sair? Me diga? Por quê? Por quê?".


Neschling acabara de reger a orquestra num concerto em homenagem a Mario Covas (1930-2001) e em comemoração dos dez anos de construção da sala e de reestruturação da Osesp. Na platéia, uma cadeira vazia gritava: a de José Serra. O governador nunca escondeu que gostaria de ver Neschling longe da condução da orquestra, mas foi vencido na queda de braço com Fernando Henrique Cardoso, que preside a Fundação Osesp e fincou o pé na defesa do maestro.


"O que ele [Serra] quer fazer com a orquestra? Ele não diz. Quem ele quer colocar no meu lugar? Ele não diz. Ele não tem [quem colocar]. Ele tem poder para me tirar? Que tire! Ele não tem esse poder? Então para que essa briga toda? É muio difícil para mim, é muito difícil. O Serra não veio [à apresentação em homenagem a Covas], o [João] Sayad [secretário de Cultura] não veio. E no entanto o Fernando Henrique Cardoso veio, o José Ermírio, o Horácio Lafer Piva. Eu tenho o apoio do conselho da orquestra. Ela está maravilhosa, esplendidamente administrada, de forma transparente. Ele [Serra] quer me tirar? Então convença o conselho. Ou espere o meu contrato terminar." O contrato de Neschling vai até 2010.


O desabafo foi feito a José Henrique Reis Lobo, secretário de Relações Institucionais de Serra, e à produtora cultural tucana Lulu Librandi, os únicos que conseguiram entrar no camarim do maestro depois da apresentação.

A coluna também tentou entrar no camarim, mas foi barrada por Neschling. Seus gritos, no entanto, eram claramente ouvidos do lado de fora. Assessores do maestro que estavam na porta também testemunharam a gritaria.


Neschling revelou que sua relação com João Sayad é boa -ele até o convidou para seu casamento com Patrícia Melo, no dia 6 de maio. Mas o maestro diz que se recusa a receber assessores de Sayad com quem está brigado. Referindo-se a uma das assessoras, disse: "Essa não entra aqui!".



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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Seg Abr 30, 2007 1:16 am    Assunto: Responder com Citação

Amancio escreveu:
Puxa! Quer dizer então que eu, Laura e ZpinoZ assistimos uma de suas últimas performances, em março na Sala São Paulo!


Pois é; podem considerar-se privilegiados.


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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Seg Abr 30, 2007 10:15 am    Assunto: Responder com Citação

Pádua Fernandes escreveu:
Amancio escreveu:
Puxa! Quer dizer então que eu, Laura e ZpinoZ assistimos uma de suas últimas performances, em março na Sala São Paulo!


Pois é; podem considerar-se privilegiados.


"Puxa" e "Pois é" de novo, Amancia e Pádua, a true serendipity, um previlégio que o acaso e as circunstâncias nos proporcionaram.

Também, recentemente, comprei a Integral dos Quartetos de Cordas do Bartók com eles. Um duplo prazer: os Quartetos de Bartók e a interpretação do Vermeer. Inclusive tivemos o prazer de ouvir, o N. 2 (?), na apresentação da Sala São Paulo.

Z


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Doctor Marianus



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MensagemEnviada: Sex Mai 11, 2007 8:53 am    Assunto: Responder com Citação

Filarmônica de Berlim revê passado nazista com lançamento de livro

da France Presse, em Berlim

Mais de 60 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Filarmônica de Berlim, uma das orquestras mais prestigiadas do mundo, examina seu passado durante o período nazista (1933 a 1945) e tenta esclarecer a controvertida atitude de seu então diretor, Wilhelm Furtwängler.

"A história da Filarmônica sob o regime nazista nunca ficou realmente clara", reconhece a americana Pamela Rosenberg, diretora-executiva da Berliner Philharmoniker durante a apresentação da programação da orquestra para a temporada 2007/2008.



Maestro Wilhelm Furtwängler, que foi diretor da famosa Orquestra Filarmônica de Berlim
"Um termo como 'esclarecer' pesa muito, mesmo depois de tantos anos", considerou, "mas quem, senão nós mesmos, teria o dever de olhar para o passado e para as lembranças pessoais?", indagou.

Um livro sobre esse obscuro período da orquestra, escrito pelo historiador Mischa Aster com a colaboração da própria filarmônica, será lançado no meio deste ano. A orquestra também promete a organização de uma mostra e um documentário, exibido pela televisão estatal alemã.

Furtwängler

No coração dessa viagem ao passado está o papel de Furtwängler, que dirigiu a orquestra de 1922 a 1945 e de 1952 até sua morte, em 30 de novembro de 1954, em Baden-Baden (oeste da Alemanha).

Considerado um dos maiores diretores que a filarmônica já teve, Furtwängler foi severamente atacado ao fim da guerra, principalmente pelos Estados Unidos. As tropas norte-americanas que ocuparam o país em 1945 proibiram o diretor de subir ao palco, acusando-o de ter colaborado com o regime nazista.

O maestro permaneceu na Alemanha depois da chegada de Adolf Hitler ao poder, no ano de 1933, e foi utilizado como meio da propaganda hitleriana. Porém, ao mesmo tempo, é notório que Furtwängler ajudava músicos judeus perseguidos pela polícia nazista. Em 1933, criticou violentamente a discriminação sofrida por músicos judeus.

"Resumidamente, reconheço apenas uma única linha de separação", escreveu para o então ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, para demonstrar seu desacordo com a discriminação. "No fim de 1934, em sinal de protesto contra o regime, renunciei a todos os meus cargos e títulos", declarou em 1946 no testamento intitulado "Minha Atitude Perante o Nacional-Socialismo".

Mas o diretor ocupou importante posto nos meios culturais do Terceiro Reich e seus concertos eram freqüentemente transmitidos pela rádio estatal para "levantar" as tropas. Adolf Hitler e Hermann Göring, ministro da Aviação e número dois do regime, iam com freqüência assisti-lo.

Em 2002, o cineasta húngaro Istvan Szabo fez um filme sobre o caso Furtwängler, intitulado "Taking Sides". A obra, ambientada durante a campanha de "desnazificação" organizada pelos aliados, conta a história de um major americano --vivido pelo ator Harvey Keitel--, encarregado de investigar o envolvimento de Furtwängler com o regime hitlerista.



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Doctor Marianus



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MensagemEnviada: Qua Mai 16, 2007 8:54 pm    Assunto: Responder com Citação

DRAGÃO MUSICAL

Na China, país que já rejeitou a cultura erudita
do Ocidente, pode estar o futuro para as criações
de Bach, Mozart e Beethoven


Sérgio Martins




Tan Dun, ganhador do Oscar, e o pianista Lang Lang (à dir.): às voltas com o PC


Notícias de que a China inundou este ou aquele mercado com seus produtos há muito já não surpreendem. Mas o país parece prestes a invadir uma nova seara, essa bastante inusitada: a da música erudita. Recentemente, nomes chineses despontaram nas salas de concerto mais importantes do mundo. A maestrina Xian Zhang tornou-se braço-direito de Lorin Maazel, diretor artístico da Filarmônica de Nova York. O baixo Hao Jiang Tian conquistou elogios nas óperas de Nova York e Washington. Acima de tudo, há os pianistas Lang Lang e Yundi Li, virtuoses contratados da Deutsche Grammophon, uma das gravadoras mais tradicionais do mundo. Ao contrário de uma geração anterior, que precisou emigrar para dedicar-se à vocação artística, esses músicos cultivaram seu talento no país natal. Por trás deles há um fenômeno de massa. E massa, na China, é massa mesmo. Estima-se que existam hoje 30 milhões de estudantes de piano no país. É como se todos os habitantes do Canadá resolvessem praticar o instrumento. Há também 10 milhões de violinistas, além de 200 000 jovens que, a cada ano, procuram vaga nos conservatórios. Com esses números superlativos a China já aparece, aos olhos de muitos especialistas, como o país em que a música criada por Bach, Mozart ou Beethoven encontrará o seu futuro.

Na década de 60, Mao Tsé-tung varreu da China as manifestações da "cultura burguesa" – o que incluía, obviamente, a execução de qualquer peça erudita. O tirano morreu em 1976, o que levou a um pequeno abrandamento da censura. Mas uma década mais tarde ainda era possível ser punido pelo gosto musical. Em 1985, por exemplo, o compositor Tan Dun, vencedor do Oscar de trilha sonora por O Tigre e o Dragão, e hoje com 49 anos, pagou caro por inscrever-se em concursos eruditos na Europa. Os líderes do Partido Comunista decidiram que ele tinha sido "contaminado pelo Ocidente" e proibiram a execução de suas obras por seis meses. Tan Dun, furioso, saiu do país.

A verdadeira distensão ocorreu nos anos 90, quando até mesmo integrantes do PC chinês começaram a demonstrar apreço pelos compositores clássicos. Em 1997, o presidente Jiang Zemin disse que havia tocado em sua casa o Réquiem, de Mozart, como homenagem ao líder Deng Xiaoping, que acabava de morrer. Recentemente, o governo chinês destinou 160 milhões de dólares à construção de uma casa de ópera em Xangai e outros 400 milhões a uma moderna sala de concertos em Pequim. Nessa nova atmosfera, prodígios como Lang Lang, de 24 anos, puderam florescer. "Quando meus pais me contavam que nos velhos tempos uma pessoa podia ser presa apenas por cantar uma balada romântica, parecia que eles estavam brincando", disse o pianista numa entrevista à revista inglesa Grammophone.

Mas a China não é uma democracia, e o sucesso de um músico como Lang Lang tem seu preço. Ele às vezes é descrito como um Shostakovich chinês. O compositor russo foi usado pelo ditador Josef Stalin como exemplo das glórias da cultura soviética. Lang Lang também se presta a esse papel de garoto-propaganda: seu disco mais recente, Dragon Songs, é dedicado a compositores de seu país (muitos deles funcionários do Partido Comunista). Os executivos da Deutsche Grammophon se recusam a divulgar números, mas afirmam que Dragon Songs é o CD mais vendido da história do mercado erudito chinês. Difícil saber, dada a orgia de comércio ilegal que acontece por lá. "Não há dúvida de que lucramos com o interesse dos chineses pela música erudita", diz Klaus Heymann, dono do selo Naxos, uma das primeiras companhias a investir nos jovens compositores e músicos da China. "Mas para nós esse lucro é apenas cultural. Ele não se reflete na venda de discos, já que o país é também um gigante da pirataria."





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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Sex Mai 18, 2007 2:51 am    Assunto: Responder com Citação

Sairá neste mês uma integral Beethoven:
http://www.cascade-medien.com/Beethoven_Complete_Edition.pdf
Os intérpretes, contudo, não parecem sempre ser dos melhores.

A Brilliant, por sua vez, promete a sua para setembro. Abaixo, podem ser lidos os detalhes:

http://www.abeilleinfo.com/chronique.php?id_chro=6132&langue=fr


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