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Vaiado em Milão, Alagna abandona palco.
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SérgioNepomuceno



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MensagemEnviada: Seg Dez 11, 2006 3:28 pm    Assunto: Responder com Citação

Amancio, claro que precisa. subjetividade tem limite; quando esse é ultrapassado vira subjetiv. burra, comodista ("eu ''''conheço'''<??>>, acho assim, e meu 'gosto' está acima de quaisquer fatos e colocações") e patética. O mmotivo pelo qual algo ocorre merece e deve ser discutido, mas como isso nãi vem ao caso aqui...

P.S:mas como isso nãi vem ao caso aqui...

Esse trecho ficou extremamente ambígüo. Que fique CLAROque me referi à discussão de subjetividade, ou seja, como isso não vem ao caso aqui, que voltemos ao assunto dio tópico.


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Leonardo T. de Oliveira



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Seg Dez 11, 2006 10:09 pm    Assunto: Responder com Citação

Me desculpem se eu parecer ingênuo e fugir um pouco da especificidade do tópico, mas..., pessoalmente (e muito pessoalmente, quem sabe ainda mude de opinião), ainda acho estranha a idéia de "vaiar!" um artista... hm... O que vocês acham? Talvez eu esteja sendo benevolente, rsrs, mas um artista que estudou e alcançou uma proficiência honesta e que está se propondo a apresentar um espetáculo merece ser vaiado por não ser tão excepcional quanto os modelos míticos do público?
Tenho uma lembrança engraçada que talvez tenha me influenciado: na 4ª série eu e meus coleguinhas tínhamos que fazer a planta da casa dos nossos sonhos. Na hora de entregar, houve uma exposição pra se eleger a casa mais legal. A votação foi decidida no aplauso, e lembro que quando a professora apresentava uma candidata que não era a nossa favorita a gente vaiava. Aí epa! Assim não podia... Então a professora ensinou que não se vaia, mas sim que se aplaude mais baixo. rsrs... A vencedora foi simplesmente aquela que recebeu o maior número de aplausos declaradamente aprovadores!
Não sei se essa etiqueta tornaria os ânimos das óperas muito condescendentes, já que as vaias também têm seu papel de "contra-reação" do público que acha que um artista que está sendo aplaudido demais (o que pode ser revoltante também, né..., hm...)..., mas esse caso do Alagna mostra justamente um extremo absurdo (ele merecia ser vaiado?!) dessa política da vaia, não?

Gostaria muito da opinião de vocês.

[]'s.



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Leonardo T. Oliveira
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SérgioNepomuceno



Registado em: Segunda-Feira, 13 de Novembro de 2006
Mensagens: 273

MensagemEnviada: Seg Dez 11, 2006 10:31 pm    Assunto: Responder com Citação

Leonardo, minha mãe diz isso também!!! mas a vaia faz parte da ópera; imagina- o cara faz a montagem da Violetta dando pro germont; a gente achou absurdo: "vamos aplaudir baixinho". A marton destrói Leonora de Trovatore e XINGA Manrico- DI TEEEEEEEEEEEEE DI TEEEEEEE SCORDARMI FFFFFFFFFFFF; "vamos aplaudir baixinho"; o elixir em forma de pênis- "aplaudir baixinho"..... é uma atitude utópica do segmento eufêmico/politicamente correto, ainda mais qaudo se fala em ópera...


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Leonardo T. de Oliveira



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Seg Dez 11, 2006 10:43 pm    Assunto: Responder com Citação

hehehehe... Foi bem convincente, Sérgio. : ) Quando - mais do que a performance do artista... - a sua <<proposta>> está em jogo (quanto mais propostas modernosas que envolvem montagem e que se dizem novas, prontas pra reação do público), acho mais compreensível o "gostei" vs. o "não gostei". Mas e nos casos em que o cantor simplesmente vai lá, apresenta a interpretação dele, faz a sua parte, e o povo vaia? Não é o caso do Alagna? Sarastro diz que deve ter tido a ver com a entrevista que ele deu antes... Mas não acontecem outras vezes em geral?

[]'s.



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Leonardo T. Oliveira
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Bruno Gripp



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Seg Dez 11, 2006 10:48 pm    Assunto: Responder com Citação

No caso de Alagna, como Érico diz, é bem menos a performance do que a atitude dele diante do público, uma certa arrogância (demonstrada pelo próprio fato de ele ter aceitado cantar RAdamés em Milão) e a baixa qualidade que ele demonstrou. Violetta Urmana estava talvez mais fraca, mas não foi vaiada, ela também não disse "pior para ele".

Mas há casos em que a performance de um músico é tão fraca, que só vaiando. É como um político corrupto, ele não deve apenas não ser eleito, deve ser preso pelo seu crime. Já vaiei uma vez, e foi muito bom. Vaiarei outras se preciso.


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(berber)



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MensagemEnviada: Seg Dez 11, 2006 11:00 pm    Assunto: Responder com Citação

AHAHAHA
E eu que li meio depressa o titulo do topico assim:

"Vaiado em Milao, ALAGOANO abandona palco."
Fiquei pensando quem foi esse alagoano?!!?


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Sarastro



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MensagemEnviada: Seg Dez 11, 2006 11:11 pm    Assunto: Responder com Citação

Bruno Gripp escreveu:
No caso de Alagna, como Érico diz, é bem menos a performance do que a atitude dele diante do público, uma certa arrogância (demonstrada pelo próprio fato de ele ter aceitado cantar RAdamés em Milão) e a baixa qualidade que ele demonstrou. Violetta Urmana estava talvez mais fraca, mas não foi vaiada, ela também não disse "pior para ele".

Mas há casos em que a performance de um músico é tão fraca, que só vaiando. É como um político corrupto, ele não deve apenas não ser eleito, deve ser preso pelo seu crime. Já vaiei uma vez, e foi muito bom. Vaiarei outras se preciso.


O que se comenta (com a minha inteira concordância) é que, se Alagna foi vaiado, Guelfi deveria ser crucificado no foyer do teatro. Além do que vaiar o cantor que interpreta Radames após "Celeste Aida" é um tanto prematuro.

Então, concluímos que se tratou de uma sequência infeliz: Alagna foi mal escalado; cantou mal na estréia; fez um comentário infeliz e desnecessário quando de sua entrevista à RAI; possivelmente ficou sabendo da péssima repercussão de sua declaração; já entrou em cena nervoso para a segunda récita; foi vaiado por um grupo organizado e deixou a cena.

Li que Palombi, como era de se esperar, foi apenas razoável - embora já conhecesse o papel, sua interpretação não teve nenhuma nuance interpretativa (o recitativo da gravação em Veneza já nos revelava a "dureza" do cantor - ele simplesmente canta o que está no papel, como se o texto fosse um anúncio de margarina). Mas recebeu ovações, ao lado de Chailly.

A vaia faz parte do espetáculo. Pavarotti foi vaiado quando quebrou um agudo em "Don Carlo", mas ficou em cena até o final. Bergonzi já foi vaiado em Zurique quando estava com a garganta ruim (o que gerou a lenda de que ele não tinha volume - ora, um Radames ovacionado na Arena de Verona jamais teria esse problema) e permaneceu toda a récita...



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Doctor Marianus



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MensagemEnviada: Ter Dez 12, 2006 8:04 am    Assunto: Responder com Citação

Tenor que abandonou palco do Scala de Milão se explica

da France Presse, em Paris

O tenor francês Roberto Alagna, que abandonou sob vaias o palco do Scala de Milão na noite deste domingo, em plena apresentação de "Aida", disse nesta segunda-feira que existe "uma espécie de intriga" contra ele.

O tenor, que faz o papel de Radamés, deixou o palco no primeiro ato após ter cantado a ária de abertura "Celeste Aida" sob as vaias de parte do público.

Na quinta-feira passada, a estréia de "Aida" com direção do italiano Franco Zeffirelli foi elogiada pela crítica, que se mostrou menos entusiasmada com a atuação de Roberto Alagna. Ele manifestou sua indignação sobre isso falando à imprensa.

Segundo ele, a apresentação não foi interrompida pois ele foi substituído imediatamente pelo italiano Antonello Palombi. Na noite de domingo, "as vaias começaram antes mesmo de eu começar a cantar", disse Roberto Alagna.

"Compreendi que a sala era hostil a mim. O problema é quando uma sala é hostil, tem-se dificuldades para controlar a voz e corre-se o risco de 'quebrá-la'", acrescentou Alagna, afirmando que preferiu deixar o palco a correr este risco.

O tenor, de 43 anos, citou vários nomes de artistas líricos que teriam sido mal recebidos no Scala, como Maria Callas, Mirella Freni, Enrico Caruso e Luciano Pavarotti.



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Bruno Gripp



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MensagemEnviada: Ter Dez 12, 2006 8:21 am    Assunto: Responder com Citação

Com exceção do Pavarotti, tem mais é que vaiar esses outros aí. éééé... fiu fiu buuuuuuuuuuu, buuuuuuuuuuu! Twisted Evil

abraços do Bruno, que está se preparando para cantar Manrico em Parma, mais notícias se voltar vivo.


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Sarastro



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MensagemEnviada: Ter Dez 12, 2006 9:09 am    Assunto: Responder com Citação

Bruno Gripp escreveu:
Com exceção do Pavarotti, tem mais é que vaiar esses outros aí. éééé... fiu fiu buuuuuuuuuuu, buuuuuuuuuuu! Twisted Evil

abraços do Bruno, que está se preparando para cantar Manrico em Parma, mais notícias se voltar vivo.


Como é que é ? O senhor está defendendo vaias ao Caruso ? Cai dentro !!! Twisted Evil

O melhor remédio para Roby Alagna é fechar umas três temporadas com o MET. Lá, ele pode cantar Radames trocando "Celeste Aida" por "El dia en que me quieras" que o público aplaude... Twisted Evil

Parma ? In bocca al lupo, signore Gripp !!!



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Bruno Gripp



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MensagemEnviada: Ter Dez 12, 2006 9:20 am    Assunto: Responder com Citação

Não, não, Caruso não, Caruso não! Mas vc sabe, ele era o napolitano renegado que foi para os EUA, então o público não deveria estar lá muito bem disposto com ele.

Mas quanto a Freni e Callas, reitero veementemente.

Abraços
Bruno que espera a estréia de Netrebko como Violetta, Gilda ou Lucia na Scala. Twisted Evil


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Sarastro



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MensagemEnviada: Ter Dez 12, 2006 12:20 pm    Assunto: Responder com Citação

Da série "Recordar é Viver":

O Teatro alla Scala de Milão já passou por episódios igualmente polêmicos - houve uma Traviata ('95) na qual o maestro Riccardo Muti acompanhou os cantores ao piano pois a orquestra organizou uma greve em cima da hora da apresentação. Shocked

Além disso, o mesmo maestro brigou um ano depois com o regista de "O Ouro do Reno" e promoveu a récita em forma de concerto... Shocked

Editando: achei uma fonte e coloco-a aqui.

Il maestro, del resto, nei momenti più importanti ha da sempre risposto con gesti di grande apertura verso il teatro, come il 2 giugno del ’95 quando accompagnò «La Traviata» al pianoforte per sopperire allo sciopero degli orchestrali o come nel maggio del ’96 quando i contrasti con il regista André Engel lo spinsero a dirigere il «Das Rheingold» in forma di concerto.

http://www.dsmilano.it/html/Pressroom/2003/09/cor3_0923_fontana-non-accetta.htm



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Editado pela última vez por Sarastro em Ter Dez 12, 2006 12:33 pm, num total de 2 edições
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Laura



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MensagemEnviada: Ter Dez 12, 2006 12:28 pm    Assunto: Responder com Citação

Aliás, por falar em Muti, dizem as más línguas que foram os fiéis escudeiros desse maestro, infiltrados na imprensa italiana e na galeria do Scala (loggione) , a provocar Alagna.

A que ponto pode chegar um maestro vaidoso e vingativo... ainda bem que não temos nada parecido, aqui no Brasil, hein?


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Bruno Gripp



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Ter Dez 12, 2006 1:13 pm    Assunto: Responder com Citação

Sim, claro, no Brasil estamos bem longe disso. Nossos principais maestros são os reis do fair-play, jamais fariam isso com alguém da estatura de Alagna... Cool


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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Ter Dez 12, 2006 7:59 pm    Assunto: Responder com Citação

Bruno Gripp escreveu:
Com exceção do Pavarotti, tem mais é que vaiar esses outros aí. éééé... fiu fiu buuuuuuuuuuu, buuuuuuuuuuu! Twisted Evil

abraços do Bruno, que está se preparando para cantar Manrico em Parma, mais notícias se voltar vivo.


Que interessante: gosto bastante das duas gravações ao vivo do Scala em que se podem ouvir os assobios para Callas: Macbeth e Andrea Chénier. Nesta, o barulho é menos audível, pois a ovação foi grande depois de "La mamma morta". Após a cena de sonambulismo da Lady Macbeth, contudo, dá par aouvir que parte do público a detestou. O curioso é que a interpretação é extraordinária (e, vocalmente, ela vai do abissal até o sobreagudo). Bem, muitas vezes gênios não são compreendidos (o que não é o caso de Alagna, Pavarotti e Freni).
Não tenho o Barbeiro ao vivo, em que ela é também contestada pelo público (ao que se diz, com razão).

Bruno, você não prefere ficar aqui e ser apenas vaiado? É que, no Brasil, dificilmente você seria morto por destroçar a música do Manrico...


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