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Quartetos de Cordas - Integrais e Gravações
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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Qui Jul 12, 2007 10:19 pm    Assunto: Os Quartetos de Cordas de Schumann Responder com Citação

Os Quartetos de Cordas de Schumann.

Compostos, todos os 3, em 1842, no seu “Year of Chamber Music”. Dizem que para compô-los Schumann estudou profundamente os últimos quartetos de Beethoven, além de Haydn e Mozart. Belos modelos. Prokofiev também estudou Beethoven e produziu dois excelentes quartetos.

Os Quartetos de Cordas de Schumann?

Fui procurar luzes na Historia da Música Ocidental de Grout/Palisca, informam que é forte nas obras a influência de Beethoven e que o Terceiro Quarteto “é uma obra profundamente romântica, com um andamento lento particularmente belo”.

Os Quartetos de Cordas de Schuman!

Existe um interessante tópico no Presto, que começou bem e depois empacou: Rachmaninoff, Liszt, Schumann, Brahms. Penso que merece ser relido e retomado.

Os Quartetos de Cordas de Schumann...

Certamente vou reouvi-los.

Z


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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Sex Jul 13, 2007 11:45 pm    Assunto: Responder com Citação

Tchaikovsky - Complete String Quartets and Souvenir de Florence - Borodin Quartet (como o Souvenir é um sexteto, contam com a luxuosa participação de Genrikh Talalyn e Mstilav Rostropovich).



Ouvi muitas e repetidas vezes. Com espanto descobri em Tchaikovsky quase tudo que tinha esperança de encontrar em Sibelius, ou seja, um excelente trabalho com o violoncelo.

Gosto muito dos violoncelos nas Sinfonias do finlandês. Desculpem-me a viajada, entretanto, a mim, os violoncelos soam como os coros das tragédias gregas: representam o senso comum e a realidade prosaica atrás dos sonhos, da imaginação, dos tropeços do destino. Não vislumbrei nada disso nos Quartetos de Sibelius.

Primeiro em Mendelssohn, depois em Tchaikovsky achei de novo isso. Me encantam a gravidade e seriedade dos violoncelos.

Por conta disso, estou cada vez mais inclinado a encomendar um integral (não tenho certeza) de Rostropovich que vi em alguma das Amazons.

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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Sex Jul 27, 2007 10:47 am    Assunto: Responder com Citação


Comprei os Quartetos de Cordas de Grieg. Na verdade "The String Quartet", porque, inteiro, Grieg compôs apenas 1. Do segundo deixou os dois primeiros movimentos, os restantes foram desenvolvidos por Julius Röntgen, seu amigo holandês, baseados em documentos do compositor.

Quarteto de Cordas é uma forma intrigante, ou o cara tem mão, ou não tem. Entretanto as regras rígidas permanecem um desafio perene, mesmo os que não têm facilidade com a forma são compelidos a arriscar ao menos uma tentativa. E, efetivamente, às vezes, basta um quarteto para sentirmos toda a “pegada" do cara: Debussy, Ravel...

A critica diz que "o quarteto de Grieg" é o elo entre os últimos de Beethoven´s e o único de Debussy. É verdade, nele ouvimos claramente as ressonâncias do alemão e os prenúncios do francês.

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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Seg Jul 30, 2007 8:12 pm    Assunto: Responder com Citação

Me permitam uma citação:

"Boccherini had dedicated his first set of quartets to ”veri dilettanti e conoscitori di musica”, and thougt this was a stock phrase of the time, it does draw attenction to the nature of the public to whon string quartets were addressed around 1770. In the first place there were the “dilettanti”, the amateur performers, and it has become a truism to say that string quartets are written fo those who play them. But, as Boccherini recognized, quartets can be appreciated also by observers, by connoisseurs. This was a new audience, and its arrival helps to explain the development at this time of the two important new musical media: the string quartet and the piano. [...] The harpsichord hat never been a satisfactory instrument to listen to by itself […] an so the piano was invented as an instrument that could suitably function in the middle-class drawing room. And at the same time the string quartet came into being, together with, from the mid-1760s onwards, an increasing flood of pluclications for it. Anyone who hat access to the salons of the well-do-so, or who could take a part in a quartet, was thus placed in contact with much of the greatest artistic thought of his time."

The String Quartet: A History – Paul Griffiths - Pages 27/28


(os sublinhados são meus)

Nunca me apercebera antes dessa similitude entre a evolução dos Pianos e dos Quartetos de Cordas.

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Paulo Egídio



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MensagemEnviada: Ter Jul 31, 2007 9:38 am    Assunto: Responder com Citação

ZpinoZ escreveu:

Comprei os Quartetos de Cordas de Grieg. Na verdade "The String Quartet", porque, inteiro, Grieg compôs apenas 1. Do segundo deixou os dois primeiros movimentos, os restantes foram desenvolvidos por Julius Röntgen, seu amigo holandês, baseados em documentos do compositor.

Quarteto de Cordas é uma forma intrigante, ou o cara tem mão, ou não tem. Entretanto as regras rígidas permanecem um desafio perene, mesmo os que não têm facilidade com a forma são compelidos a arriscar ao menos uma tentativa. E, efetivamente, às vezes, basta um quarteto para sentirmos toda a “pegada" do cara: Debussy, Ravel...

A critica diz que "o quarteto de Grieg" é o elo entre os últimos de Beethoven´s e o único de Debussy. É verdade, nele ouvimos claramente as ressonâncias do alemão e os prenúncios do francês.

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Eu falei do quarteto de Grieg posts atrás e não foi comentado, que bom que alguém comprou este belo quarteto.

Tive a sorte de assisti-lo ao vivo em 1985, na minha primeira Oficina de Música em Curitiba. Eu costumo comparar o início dele com o d'A Morte e a Donzela. Adoro este quarteto.


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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Ter Jul 31, 2007 11:49 am    Assunto: Responder com Citação

Mestre Paulo Egídio,

Eu presto muita atenção em tudo que você fala. Shocked

Foi a partir de suas considerações que comprei este CD.

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Paulo Egídio



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MensagemEnviada: Qui Ago 02, 2007 1:23 pm    Assunto: Responder com Citação

ZpinoZ escreveu:
Mestre Paulo Egídio,

Eu presto muita atenção em tudo que você fala. Shocked

Foi a partir de suas considerações que comprei este CD.

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risos

Meu aluno mais adiantado tem o apelido de "mestre" na cidade onde mora... é só o que falta quererem passar esta alcunha logo pra mim...

Enfim, apenas falei do quarteto, nem o comentei muito. Mas fico feliz em saber que compraste por isto. Eu gosto muito desta obra.

Abraço.


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Amancio



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MensagemEnviada: Qui Ago 02, 2007 11:20 pm    Assunto: Responder com Citação

Acabei de ouvir uma obra muito bonita, o Quarteto n.3 de Juan Arriaga. Arriaga foi conhecido na sua época como o "Mozart espanhol", e infelizmente faleceu com pouco menos de 20 anos. O quarteto soava bem clássico, porém com harmonias mais ousadas, à la Beethoven ou mesmo Schubert. (Ah sim, o quarteto é de 1824, Arriaga morreu em 1826).


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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Sex Ago 03, 2007 3:32 pm    Assunto: Responder com Citação

Amancio,

Ainda estou lendo, lentamente para economizar, o livro The String Quartet: A History – Paul Griffits, e, em conseqüência, estou começando a perceber que existe um imenso número de jóias dos Quartetos de Cordas de contemporâneos de Haydn, Mozart e Beethoven, enterradas no pó do esquecimento: Arriaga, Boccherini, Spohs e muitos, muitos outros.

Raramente a gente se dá conta da riqueza e da efervescência no âmbito da modalidade Quarteto de Cordas, pré Beethoven. Naquela época era a musica do dia a dia (o piano era caro, estava se firmando), comum, caseira, intimista, porém também social, “a diversão preferida por todas as grandes casas”. Basta lembrar que eram o "fundo de quintal domingueiro" na casa de Schubert. Daí serem amplos e variados os exemplos de obras e de soluções propostas.

É uma odisséia que em vale a pena embarcar.

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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Ter Ago 07, 2007 8:43 pm    Assunto: Responder com Citação

Ouvindo CDs...

Provavelmente o mais sombrio de todos dos Quartetos de Cordas já composto seja o de número 15 de Shostakovich. Escuro, grave, lento, áspero, elegiáco, sofrido, ártico, abissal e reflexivo. Um espelho negro de John Dee. Para recuperar uma imagem, acho que de Walter Benjamin, parece uma carícia a contrapelo, ao mesmo tempo prazerosa e dolorida.

Derradeiro, quase um epitáfio, depois dele Shostakovich escreveu apenas Four Verses by Captain Lebyadkin e Viola Sonata, depois morreu. São seis Adágios em mi bemol menor, o quinto deles uma Marcha Fúnebre.

O Quarteto N. 15 (de 1974) é contemporâneo às Sinfonias 14 (1969) e 15 (1971), ambas sisudas, álgidas, despojadas e confessionais. Versando sobre temas que não são agradáveis de se tratar.

Não que a obra de Shostakovich seja alegre. Ao contrário, o máximo de humor que ele se permite é a ironia – a aceitação racional e conformada dos tropeços da vida, mas com participação e comprometimento. Não como o sarcasmo, caustico e maldoso demais, nem como a sátira descompromissada e brincalhona.

As coisas mais alegres que conheço de Shostakovich, afora talvez seu Musical, são as Jazz Suites Ns. 1 e 2, e dentro delas, a Waltz 2, cuja ironia Kubrick explorou magistralmente no filme De Olhos Bem Fechados.

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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Qua Ago 15, 2007 4:16 pm    Assunto: Responder com Citação

Chegaram as Integrais de Haydn e de Schoenberg que havia encomendado na Amazon. Os de Haydn tenho certeza que ouvirei e reouvirei com imenso prazer. Mas os de Schoenberg vou escutar com cuidado, como lição de casa.

Gostaria de citar uma avaliação do encarte de Schoenberg:

“Schoenberg´s four Quartets stand with Bartók´s six as the major works of their kind written in the fist half of the 20th century.”

Eu, presentemente, não sei se colocaria Schoenberg nesta posição, afinal, entre outros, há o pessoal do leste europeu, todos feras.

Mas gostaria de saber outras opiniões, como, por exemplo, a da Neo-Bartokiana Laura. Cool

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Amancio



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MensagemEnviada: Qua Ago 15, 2007 10:34 pm    Assunto: Responder com Citação

Não sou a Laura, sou apenas um fã do Schoenberg que colocaria só o Quarteto 2 no mesmo nível dos de Bartók. Gosto muito do quarteto 3, e vejo o quarteto n.1 como obra irmã da Noite Transfigurada.

ZpinoZ, se me permite: eu conheço essa gravação do new Vienna, e não gosto nem um pouquinho. Eles desafinam no quarteto 1, a soprano grita demais no quarteto 2, e a única parte boa é o início do quarteto 3. (O quarteto 4 sempre achei meio sem sal e nunca o compreendi). Eu sugeriria vc procurar avidamente esta gravação abaixo:

É com o LaSalle. Tem toda a obra para quarteto de cordas da Segunda Escola de Viena: os 4 do Schoenberg mais o quarteto n."0" de 1897; de Webern, os Cinco Movimentos, as Seis Bagatelas, e os dois Quartetos de Cordas (o Op.28 e o de 1905); e do Berg, a fantástica Suíte Lírica e o Quarteto Op.3.


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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Qua Ago 15, 2007 10:36 pm    Assunto: Responder com Citação

Esse disco duplo só não inclui um quarteto de juventude de Schönberg que ainda não é Schönberg e não é mesmo bom. Sugiro que ouça com atenção o momento em que a soprano entra no segundo quarteto.
Você não precisa escolher entre Bartok, Haydn e Schönberg: fique com todos, e sairá ganhando.


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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Qua Ago 15, 2007 10:41 pm    Assunto: Responder com Citação

Amancio escreveu:
Não sou a Laura, sou apenas um fã do Schoenberg que colocaria só o Quarteto 2 no mesmo nível dos de Bartók. Gosto muito do quarteto 3, e vejo o quarteto n.1 como obra irmã da Noite Transfigurada.

ZpinoZ, se me permite: eu conheço essa gravação do new Vienna, e não gosto nem um pouquinho. Eles desafinam no quarteto 1, a soprano grita demais no quarteto 2, e a única parte boa é o início do quarteto 3. (O quarteto 4 sempre achei meio sem sal e nunca o compreendi). Eu sugeriria vc procurar avidamente esta gravação abaixo:


Acabei de ler o Amancio. O quarteto sem opus é o da juventude, mas acho que ele não faz diferença alguma.
Essa gravação do LaSalle vem com um livro sobre as peças, com exemplos musicais. E a soprano é a Margaret Price que, de fato, é superior à Lulu de Karl Böhm (a Evelyn Lear, que está no disco da Philips).

Eu gosto do quarteto n. 4!


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Amancio



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MensagemEnviada: Qua Ago 15, 2007 10:41 pm    Assunto: Responder com Citação

O quarteto 0 tá mais pra Dvorak do que Schoenberg (palavras do professor Colarusso que eu confirmo aqui). E, em coro ao Pádua, eu diria que o quarteto 2 tem tantas passagens fantásticas que se poderia escrever um livro sobre ele! Genial de tudo.


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