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Quartetos de Cordas - Integrais e Gravações
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Autor Mensagem
Paulo Egídio



Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006
Mensagens: 155
Localização: Maringá/PR

MensagemEnviada: Ter Fev 27, 2007 9:47 am    Assunto: Responder com Citação

É raro eu concordar com o Eduardo Melo, mas há momentos que a gente pode encontrar convergências.

Eu acho, como ele, que o Alban Berg é um excepcional quarteto. Merece a posição que tem. E eles são realmente crias do Amadeus, o que é atestado por depoimentos de membros de ambos os grupos.

Já o Bruno está certo em dizer que o primeiro-violino do Amadeus é um diferencial, como Sándor Végh, Adolf Busch e aquele impressionante violinista do Guarneri cujo nome sempre me foge foram fabulosos diferenciais na qualidade de seus respectivos quartetos. Possivelmente eu me inclino mais, como violinista, a apreciar os quartetos com um primeiro-violino solista, que dê uma cara muito pessoal à sonoridade conjunto. Ponto no qual o Italiano, um dos meus quartetos favoritos, fica atrás. E talvez o Alban berg também fique, porque esta coisa do temperamento que forma um solista é muito difícil de definir e ensinar. Tem a ver com a personalidade.

É óbvio que o primeiro-violino do Alban Berg é muito bom, de um altísismo nível, deve ter sido primeiro aluno da classe, etc. Mas apesar disto não dá pra compará-lo com Mikhail Kopelman, Sándor Végh, Norbert Brainin ou (muito menos) Adolf Busch, que é um dos mais refinados violinistas da história técnica e artisticamente, provavelmente o melhor violinista que trabalhou permamentemente um quarteto.

Posto este gigantesco parêntese sobre o comentário do Bruno e voltando ao do Eduardo, o Alban Berg é bom o suficiente para merecer a admiração de todos, até dos que preferem outros quartetos. O problema a meu ver, sempre, é a exaltação do subjetivismo.

Pode-se preferir o Alban Berg mas não dá pra dizer que é melhor do que o Amadeus ou o Végh.
Pode-se preferir o Szeryng mas não dá pra dizer que é melhor violinista do que o tio Jascha.
Pode-se gostar de Schumann, pode-se admitir que muita gente gravou as sinfonias, mas não dá pra dizer que a orquestração dele é BOA.

Há argumentos para defender cada posição destas objetivamente e as posições contrárias acabam sempre se resumindo em "eu prefeiro" este.

Dá pra explicar, com uma partitura na mão, um piano na frente e alguns CDs, por que a orquestração de Schumann é falha em muitos pontos.
Dá pra mostrar algumas coisas do tio Jascha e, comparando com outros monstruosos violinistas, demonstrar porque ele foi melhor do que todos os outros, mesmo que o jeito Heifetz de tocar ofenda alguns (eu mesmo não gosto de várias gravações dele)
Dá pra argumentar objetivamente também em cima dos quartetos. Inclusive o Amadeus, além de ter um dos melhores violinistas do mundo no sua liderança, teve o violista com o som mais bonito de todos, e isto é um diferencial dele acima dos outros quartetos (concorda, né, Amancio?)

Não se trata de catequizar. "Catequese" lembra religião, e religião sempre lembra fé, que é algo que cada um tem de uma forma e que, no fundo do fundo, não se explica. Muita gente considera fé uma coisa subjetiva (e eu acho que ela se tornou assim no mundo moderno, tanto que quase que cada um hoje tem sua igreja. Mas isto é outra conversa). Falar em catequizar já deixa claro que o subjetivismo é tudo pra pessoa.

Só que reduzir tudo em música clássica, "erudita", a uma questão de gosto não combina. Chega, na verdade, a ser um desmerecimento ao nível de um Quarteto Alban Berg, um Milstein, um Arrau, que chegaram onde chegaram graças a um esforço de dedicação, disciplina e busca de coerência. É preferível reconhecer que mesmo os muito grandes tiveram quase sempre um exemplo maior - como o Szeryng, Oistrakh ou Perlman, que sempre admitiram a superioridade de Heifetz sobre todos os seus pares - do que tentar relativizar o que não merece ser relativizado.

Uma coisa é gostar. Outra é estudar, analisar. Eu tenho o direito de achar a ponte Hercílio Luz mais bonita que a torre Eiffel, mas concluir por isto que a Ponte Hercílio Luz é uma obra de engenharia superior não é da minha alçada, eu faria papel de tolo. Deixo para os engenheiros.

Outro exemplo: defender que os meus textos truncados, verborrágicos, seriam do mesmo nível do que os do Eduardo, do Bruno ou do Léo seria motivo de piada no fórum inteiro. Laughing É por aí.

Abraços a todos.


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Bosco



Registado em: Sábado, 18 de Novembro de 2006
Mensagens: 211

MensagemEnviada: Ter Fev 27, 2007 10:22 am    Assunto: Responder com Citação

Eu concordo com o Paulo, difícil concordar plenamente com o subjetivismo na música; e gosto musical também é algo discutível. No entanto, o valor de um músico ou de uma obra é apenas medida através de comparação. Impossível uma medida absoluta de uma obra de arte ou de uma perfomance. Portanto, assim como na ciência, a medida relativa e confiável sobre um músico é proporcional a bagagem musical de quem mede.

É por isso que músicos e musicólogos experientes de ontem e de hoje, deixam passar alguns desequilíbrios orquestrais de um Schumann, para apreciar a belíssima natureza original e genial de suas obras orquestrais. Da mesma maneira como apreciamos as sonatas n.2 e n.3 de Chopin, que apesar de fugir do classicismo (ou talvez por isso), nos mostram um mundo novo e encantador.

Sobre a questão dos músicos: não diria que o Alban Berg é melhor que o Amadeus, mas em alguns exemplos a coerência entre os instrumentos dá vantagem ao primeiro grupo (o primeiro violino, nos meus parâmetros de medidas, tem menor importância que a concisão dos 4 instrumentos). Da mesma maneira como no barroco, acho que Fabio Biondi foi muito mais importante e necessário a música que o Heifetz (que teve um repertório limitado e praticamente romântico) .

Enfim a medida só é precisa, se quem mede usa os parâmetros corretos para isso.


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ZpinoZ



Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Ter Mar 13, 2007 2:43 pm    Assunto: Responder com Citação

Será que existe alguma obra que previlegie (ou concentre) a história dos quartetos de cordas dentro da História da Música.

O que tenho de melhor é aquela História da Música Ocidental de Grout e Paliska, da Gradiva Publicações, Lisboa. Mas nela as informações sobre quartetos de cordas vêm espalhadas e fragmentadas.

Z


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ZpinoZ



Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Qua Mar 14, 2007 9:35 pm    Assunto: Responder com Citação

Hoje recebi, comprada na Amazon, a integral dos Quartetos de Cordas do Bartók, com o Vermeer Quartet, que, duas semanas atrás, para deslumbramento da Laura, do Amancia e meu, tocou o Quarteto n. 2 na Sala São Paulo.

Em consequência, estou ouvindo os 6, em repeat mode, desde hoje de manhâ.

Soberbos, rascantes, diversificados e, também, prosaicamente, maravilhosos.

Z




Editado pela última vez por ZpinoZ em Qui Mar 15, 2007 12:06 pm, num total de 1 edição
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Amancio



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MensagemEnviada: Qua Mar 14, 2007 11:52 pm    Assunto: Responder com Citação

Bartók é sempre Bartók, como dizia o maestro Colarusso, não há gravação ruim dos quartetos de corda dele! Parabéns pela aquisição, ZpinoZ! Very Happy


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ZpinoZ



Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Qua Mar 28, 2007 3:34 pm    Assunto: Responder com Citação

Veja como são as coisas nesse mundo Internético. Hoje recebi mais uma cópia (a segunda, portanto) da Integral dos Quartetos do Bartók, como o excelente Vermeer Quartet.

Paguei o imposto e vou guardar, quem sabe para dar de presente.

Em tempo, dos 6 quartetos, conhecia bem o segundo (ouvi com o ABQ) e o quarto (ouvi como Vermeer), mas todos são lindissimos, rascantes, desafiantes... Parece que te compelem, intransigentemente, para que você pense, preste atenção. Exigem uma audição exclusiva.

Similares (no século) só os 13, 14 e 15 de Shost.

Z


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Leonardo T. de Oliveira



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Qua Mar 28, 2007 7:29 pm    Assunto: Responder com Citação

Os quartetos do Bartók são pra mim a coisa mais apaixonante que ele fez. Fala-se que eles são herméticos, mas até sem entender eles são lindos! XP

Já lembraram os quartetos do Schoenberg aí em cima, né? O 2 é uma experiência e tanto.



_________________
Leonardo T. Oliveira
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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Qua Mar 28, 2007 8:29 pm    Assunto: Responder com Citação

Na semana passada chegou a Integral do Schubert com o Melos Quartett (indicação do Amancio), que comprei na Amazon.

Eu ja tinha ouvido alguns Quartetos do Schubert, esparsos, e havia gostado de todos. Mas ouvir o ciclo completo que delícia.

Principalmente os primeiros quartetos, que, quanto compostos levavam em conta o pouco virtuosismo do pai. E talvez, arrevesadamente, por isso, lindíssimos. O que, em tese, lhes faltava de complexidade, compensava com inventividade.

É um prazer repetido ouvi-los, variados, inesperados, surpreendentes.

Agora estou na busca e captura de um bom ciclo comleto de Haydn.

Z


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ZpinoZ



Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Qui Mar 29, 2007 9:06 am    Assunto: Responder com Citação

ZpinoZ escreveu:
Na semana passada chegou a Integral do Schubert com o Melos Quartett (indicação do Amancio), que comprei na Amazon.

Eu ja tinha ouvido alguns Quartetos do Schubert, esparsos, e havia gostado de todos. Mas ouvir o ciclo completo, que delícia.

Principalmente os primeiros quartetos, que, quanto compostos levaram em conta o parco virtuosismo do pai. E talvez, arrevesadamente, por isso, lindíssimos, com um tom de brincadeira de familia. O que, em tese, lhes faltava de complexidade, compensava com inventividade.

É um prazer repetido ouvi-los, variados, inesperados, surpreendentes.

Agora estou na busca e captura de um bom ciclo comleto de Haydn.

Z




Editado pela última vez por ZpinoZ em Qui Mar 29, 2007 9:07 am, num total de 1 edição
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Amancio



Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Qui Mar 29, 2007 9:06 am    Assunto: Responder com Citação

Bruno e Pádua indicam Los Angeles para Haydn. Eu gosto muito do Mosaïques, mas não ouso contrariar a maior autoridade de Haydn do fórum. Laughing


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Pádua Fernandes



Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Qui Mar 29, 2007 12:39 pm    Assunto: Responder com Citação

Também gosto muito do Mosaïques. E que fique a todos claro que a autoridade é o Bruno, não eu...


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ZpinoZ



Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Ter Mai 01, 2007 11:16 am    Assunto: Elgar - Opus 83 Responder com Citação

Certamente Edward Elgar não está entre meus compositores preferidos, porém ontem comprei um CD (da Hyperion) com dois quartetos, um dele (String Quartet in E Minor - Opus 83) e outro de Willian Walton (String Quartet in A Minor), pelo The Coull Quartet, que não conhecia.

Me encantaram a leveza e a doçura do quarteto de Elgar, sobretudo o segundo movimento Piacevole (Poco moderato). Uma coisa assim de reminiscência, de fin-de-siècle, de rendição. Melancólico e meditativo.

Quartetos de cordas me surpreendem sempre. Efetivamente, como dizem, entres as formas é a mais dialética, questionadora e desbravadora. Se constituem, invariavelmente, numa secção peculiar, distinta e apartada, na obra do compositor.

Tempos atrás, gostaria de me lembrar onde, li uma opinião curiosa, sustentava que ouvir atentamente e acompanhar uma sinfonia (ou música orquestral em geral), é, sobremaneira, estafante e cansativo, porque são muitas as vozes, muitos os efeitos, muita a informação. É preciso dedicar uma atenção constante e ativa, sem dispersão. Enquanto que a música de câmara é muito mais simples, são reduzidos os elementos envolvidos. É mais fácil perceber a trama, o tecido, o desenho da peça.

Acho que os quartetos de corda compartilham realmente deste traço minimalista, por isso os compositores, nesta forma, experimentam, ousam, brincam, se expõem, se aventuram, em conseqüência, geram obras mais intrigantes e interessantes.

Pessoalmente eu gosto muito desse “jogo da verdade”.

Z


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ZpinoZ



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MensagemEnviada: Ter Mai 15, 2007 8:45 pm    Assunto: Charles Ives - String Quartets Responder com Citação

A semana passada comprei os Quartetos de Cordas do Charles Ives, com o Blair String Quartet (na edição da Naxos, American Classics). Não gostei muito, achei-os meio monótonos, sem passagens marcantes.

É importante frisar, porém, o freqüente uso que ele faz de clássicos americanos, marciais e religiosos. Dos quais meu conhecimento vem, principalmente, através dos filmes musicais e clássicos americanos.

Assim, ouvindo-os, fica uma sensação estranha e curiosa, parece que Charles Ives esta citando filmes da era de ouro de Hollywood. Um bizarro Wood Allen mais transverso e arrevesado, porem, tambem, mais refinado e sofisticado.

Z


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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Ter Mai 15, 2007 11:54 pm    Assunto: Responder com Citação

Prezado Zpinoz,
interessante, o que conta dessas peças, que nunca ouvi, de Ives. Bosco havia recomendado esses quartetos no tópico de votação do melhor ciclo:
http://presto.s4.bizhat.com/presto-ftopic88-15.html


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Bosco



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MensagemEnviada: Qua Mai 16, 2007 11:12 am    Assunto: Responder com Citação

Charles Ives foi um dos compositores mais influenciados por Dvorak, que mostrou aos americanos a beleza de sua própria música folclórica. Esse primeiro quarteto de 1896, o jovem Ives (21 anos) segue essa tendência da maioria dos grandes compositores, falar sobre sua própria influência cultural, com variados temas folclóricos, mas sem perder o contato com a música de raízes clássicas. É um quarteto de cordas encantador, e porque não dizer original.

Mas é no segundo quarteto, de 1910, que temos o indomável Charles Ives. Esse que é considerado o quarteto "bate-papo", com ousadas e calorosas intervenções dos participantes, citações de obras de compositores que Ives admirava. O segundo movimento desse quarteto "Arguments" (Allegro Con Spirito) já prediz o que Bartok faria no futuro. É uma obra-prima.

Recomendo essa gravação aqui:



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