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Tributo à Astrid Varnay, a "inalcançável"

 
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Doctor Marianus



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MensagemEnviada: Seg Nov 13, 2006 12:56 pm    Assunto: Tributo à Astrid Varnay, a "inalcançável" Responder com Citação

Minhas mais sinceras homenagens à maior cantora wagneriana de todos os tempos!

Doctor Marianus


ASTRID VARNAY, A INALCANÇÁVEL



Quem haveria de prever aos ouvintes da rádio naquela tarde que a desconhecida soprano que estavam a ponto de ouvir no papel de Sieglinde chegaria a se tornar uma das maiores sopranos dramáticas wagnerianas de todos os tempos.
Era dia 6 de dezembro de 1941. Como era habitual aos sábados no Metropolitan Opera de Nova York, a matinée das 2 da tarde seria transmitida ao vivo pela rádio. A obra programada para aquela tarde era Die Walküre, com um elenco estelar composto pela fina flor e nata do canto wagneriano da chamada “Idade do Ouro”: Lauritz Melchior (Siegmund), Alexander Kipnis (Hunding), Friedrich Schorr (Wotan), Kerstin Thorborg (Fricka) e Helen Traubel (debutando como Brünnhilde). Para Sieglinde estava programado a aparição de Lotte Lehmann, mas por um azar do destino, a cantora se pôs resfriada naquela tarde. As cabeças pensantes da direção do Met não encontraram outra solução senão dar a tarefa a uma jovem soprano (23 anos) recentemente contratada para iniciar sua carreira e cujo debut estava planejado para o mês de janeiro seguinte, como Elsa em Lohengrin. O nome desta desconhecida era Astrid Varnay.
Filha do tenor Alexander Varnay e da soprano coloratura Mária Jávor, ambos húngaros, havia nascido em Estocolmo em 25 de abril de 1918, recebendo o nome de Ibolyka Astrid Mária Várnay. O nome Ibolyka significa em húngaro “pequena violeta”, e foi dado por seu pai que ficou impressionado com os olhos violáceos da menina (mais tarde, os americanos, lhe chamavam Violeta). Por serem seus pais cantores itinerantes (Astrid nasceu em Estocolmo porque eles estavam contratados para cantar ali), se mudaram para Kristiania (Noruega), onde seu pai se ocupou da direção de um pequeno teatro de ópera.
Nesse teatro, a Opéra Comique, se organizaram grandes apresentações, incluindo, por exemplo, um Otello de Verdi cantado por Leo Slezak e a então jovem Kirsten Flagstad.
Quando a etapa em Kristiania terminou, depois de três anos de êxito, a família Várnay emigrou para Buenos Aires e mais tarde Nova York, onde chegaram em novembro de 1923. Alexander Várnay faleceu pouco tempo depois e Mária Jávor se casou com um italiano chamado Fortunato de Angelis.
Depois de alguns anos na cidade, Astrid iniciou seus estudos vocais com sua mãe e mais tarde com o maestro Hermann Weigert, que lhe havia sido recomendado por Kirsten Flagstad.
Estudou todo o repertório wagneriano para soprano em apenas 18 meses. E se apresentou para uma audição no Met para o Diretor Geral da casa, Edward Johnson, sendo contratada posteriormente como membro da companhia.
Seu debut como Sieglinde foi um verdadeiro terremoto, fazendo empalidecer à própria Helen Traubel naquela mesma noite. Seis dias depois, em 12 de dezembro, Traubel cancelou sua segunda aparição como Brünnhilde, sendo substituída por Varnay. Em suas próprias palavras: “ Tinha acabado de fazer um personagem na Walküre quando tive que compor outro. Me chamavam “ A Brünnhilde de sete meses”
Continuou sua incomparável carreira no Met, sendo membro permanente da Companhia até o ano de 1955, quando certos desentendimentos com o novo diretor da casa, Rudolf Bing, levaram-na a se mudar definitivamente para a Europa. Este Senhor Rudolf Bing foi o mesmo que, em 1950, havia obrigado Lauritz Melchior a abandonar o Met (que depois se dedicaria a musicais) e também foi o mesmo que, em 1954, ofereceu ao grande Hans Hotter, cantar “os maravilhosos papéis secundários” (Hunding e demais) em vez de Wotan, porque segundo a este “visionário” senhor, teria muito mais êxito neles (de fato existe uma raríssima gravação do Ato I da Die Walküre com Hotter como Hunding e Varnay como Sieglinde, de 1954, quando ambos já haviam triunfado em Bayreuth como Wotan e Brünnhilde).
Varnay também triunfou em papéis não-wagnerianos como, por exemplo, Leonore em Fidélio de Beethoven, Santuzza em Cavalleria Rusticana de Mascagni, Lady Macbeth em Macbeth de Verdi e, sobretudo, encarnando as criações de Richard Strauss: A Marechala em Der Rosenkavalier, Salomé e, acima de tudo, Elektra (que merece um estudo a parte pela enorme qualidade de sua interpretação.
No verão de 1951 Astrid Varnay iniciou suas aparições anuais no Festival de Bayreuth. Wieland Wagner necessitava de um soprano dramático para o seu “Neu Bayreuth” do pós-guerra, e ofereceu o posto a Kirsten Flagstad, que recusou, recomendando uma jovem soprano chamada Astrid Varnay que tinha iniciado carreira no Metropolitan de Nova York. Por não haver tempo para audições, Wieland a contratou baseando-se nas opiniões de outros artistas que haviam trabalhado com ela. Se tornou assim a única cantora de toda a história a ser aceita no Festival de Bayreuth sem audição prévia.

Manteve colaboração com o Festival por todos os verões durante 17 anos, até 1968. Cantou em Bayreuth a maioría dos papéis wagnerianos de seu repertório (exceto aos que chamam de “os 3 Es” – Elsa, Elisabeth e Eva -, além de Freia e Gutrune): Brünnhilde, Ortrud, Senta, Kundry, a Terceira Norna, Sieglinde e Isolde.
Sua etapa em Bayreuth é, como ela mesmo reconhece, sua época mais satisfatória como artista. Lá teve a oportunidade de enriquecer suas interpretações das heroínas wagnerianas graças ao contato com grandes artistas como Hans Hotter, Wolfgang Windgassen e Hans Knappertsbusch, e esse gênio da encenação que foi Wieland Wagner, que disse uma famosa frase sobre Varnay:
“Para que necessito de cenários quando tenho Astrid Varnay”
Simultaneamente, Varnay continuou cantando por toda a Europa, especialmente na Alemanha, onde visitou teatros em Düsseldorf e Stuttgart, e sobretudo na Ópera Estatal da Baviera de Munique, onde permanceu ativa por muitos anos, primeiro como cantora e mais tarde como professora de canto na Opera Studio, a escola para jovens talentos vocais do teatro – atualmente extinta – (Na Opera Studio foi onde há alguns anos Varnay descobriu o talento de Violeta Urmana, a atual Kundry de Bayreuth que vem alcançando sucesso de crítica).

Ao final dos anos 60, Varnay se deu conta de que seu registro agudo já não era tão bom como antes e que, em troca, sua voz havia ganhado em graves e profundidade. Ela cantou sua última Brünnhilde no Götterdämmerung em 1971.
Iniciou então uma muito satisfatória “Segunda Carreira”, onde interpretou com grande êxito papéis de mezzosoprano.
Nesta categoria incluem-se Herodias na Salomé (seu recorde pessoal: 213 representações), Klytämnestra em Elektra e a Ama em Die Frau Ohne Schatten, todas de Richard Strauss. Também Mamma Lucia em Cavalleria Rusticana, Kostelnicka em Jenufa, a viúva Leokadja Begbick em Auge e Queda da Cidade de Mahagonny de Kurt Weill (personagem que cantou no Met, em 1974, 18 anos depois de deixá-lo) e a Condessa em Pique Dame de Tchaikovsky. Como curiosidade apontaremos também que cantou outros papéis wagnerianos como Mary em Der Fliegende Holländer e a Primeira Norna no Götterdämmerung, com os quais completou no total 17 papéis wagnerianos, um recorde nunca superado por ninguém neste repertório.

Sua última aparição em cena foi na Bayerischen Staatsoper de Munique em 1996 como a Ama do Czar em Boris Godunov de Mussorgsky, aos 78 anos, encerrando uma longa e fabulosa carreira que havia durado mais de meio século, a quem Hans Knappertsbusch chamou de “A Inalcançável”.
Algumas características vocais de Astrid Varnay e suas qualidades interpretativas:
Caracterizaremos em primeiro lugar suas qualidades vocais. Sua voz era, no princípio, de uma cor escura, com um centro de grande beleza e uma zona grave ampla e potente, que assentaria e daria corpo com a idade, o que permitiu, avançada sua carreira, cantar papéis de mezzosoprano. Cabe destacar também a calidez de sua voz, com uma textura como que de “madeira”. A zona aguda era, assim mesmo, soberba, com facilidade para ascender ao extremo da tessitura (os dó sobreagudos de Isolde e Brünnhilde, por exemplo) sem maiores complicações. Claro que sua facilidade no registro agudo começou a decair no princípio-meio dos anos 60, que sem dúvidas se deveu a quantidade enorme de representações que cantou em um repertório tão extenuante como o de soprano dramático desde o início de sua carreira em 1941.
Quando se comparada – negativamente - com Birgit Nilsson, que possuía, como é bem sabido, um registro agudo verdadeiramente indestrutível, temos que ter em conta que, apesar de terem a mesma idade (diferença de poucas semanas), Varnay debutou aos 23 anos de idade, quando Nilsson ainda não havia concluído seus estudos. Varnay já havia cantado muito quando a carreira de Nilsson havia apenas começado a despontar, por isso o ocaso vocal de ambas não coincidem: Varnay iniciou seu declínio vocal no princípio dos anos 60, ao que Nilsson continuou em boa forma durante os anos 70 (portanto, a plenitude vocal de Varnay e Nilsson se separam por cerca de 10 anos). Também devemos ter em conta que Varnay iniciou uma “Segunda Carreira” quando se retirou como soprano dramático e Nilsson simplesmente se retirou totalmente.
Quando se comparada – também negativamente - com Kirsten Flagstad, isto também não é de todo aceitável. Pode se querer afirmar que Varnay jamais possuiu a opulência vocal de Flagstad, mas em contrapartida foi uma atriz de primeiríssima linha, coisa que Flagstad nunca conseguiu desenvolver plenamente e onde tinha o seu “calcanhar de Aquiles”. Afirmaria sem erro que Astrid Varnay tinha qualidades vocais suficiente para se igualar a Flagstad e até superá-la, no caso de sua Brünnhilde. Talvez Flagstad seja considerada a rainha de todas as Isoldas, mas Varnay então seria a rainha de todas a Brünnhildes.
Às vezes tenho visto destacar em alguma publicação um aparente defeito de sua voz: ao iniciar uma frase, a sua voz flutuava, como que insegura, para afinar-se em seguida. Eu não vejo isto como um defeito, mas sim uma qualidade mais de estilo tão característico e pessoal da cantora húngara-sueca-americana.
Cabe destacar também o altíssimo nível de sua dicção onde se consegue compreeder perfeitamente todas as palavras que são emitidas.
Por último, é imprescindível citar uma característica fundamental da voz de Varnay: seus lendários reguladores. Era capaz de passar do piano ao fortíssimo fazendo crescer gradualmente o volume da sua maravilhosa voz.
No curso de sua muito ampla carreira abordou todos os papéis wagnerianos para soprano: desde Eva a Brünnhilde, de Senta a Kundry. A partir deste ponto, pode-se fazer um comentário breve das virtudes de cada personagem wagneriano que abordou, dando as pertinentes indicações discográficas disponíveis.
Primeiramente falaremos de sua Senta em Der Fliegende Holländer, todo um prodígio de interpretação. Conta Varnay em sua autobiografia que este foi o personagem que mais lhe custou a aprender (recordemos que havia memorizado completamente todo o repertório em tão somente 18 meses). Afirmo, sem temor de equivocar-me, que a Senta de Varnay é a mais essencial das interpretações do papel ao largo de toda a história do canto wagneriano. Sua concepção é total: desde o lirismo sonhador da Balada de Senta à entrega total da mulher pela salvação do condenado Holandês. A recomendação discográfica aqui não poderia ser outra que o “Holandês” de Hans Knappertsbusch, gravado no Festival de Bayreuth de 1955, com partners estelares: Hermann Uhde, Ludwig Weber, Wolfgang Windgassen.
Em Tannhäuser cantou na mesma época (anos 40) Elisabeth e Vênus. Ambas são muito interessantes (melhor a Vênus), mas não tem a enorme qualidade de outras encarnações wagnerianas. Sua Vênus pode ser ouvida em uma gravação do Met de 1948 (com Stiedry dirigindo Melchior, Traubel e Janssen) pelo selo Myto. De Elisabeth só existe uma gravação de estúdio de “Dich teure Halle”.
Em Lohengrin encontraremos uma das maiores encarnações de Astrid Varnay, o papel de Ortrud. Vamos por partes. Ela cantou Elsa nos anos 40, mas não chega à qualidade estratosférica de sua Ortrud. Dela, Astrid Varnay disse: “Penso que o personagem que melhor tenha dado minha contribuição para a cena operística seja Ortrud. Ou seria Elektra?”
Realmente sua Elektra mereceria um grande comentário à parte por que sua interpretação era absolutamente genial. Voltando a Ortrud, sua concepção do personagem, como ela mesmo disse, sofreu transformações ao longo do tempo, devido a variedades de diretores de cena com quem trabalhou, o que enriqueceu tremendamente sua interpretação. Varnay como Ortrud é essa bruxa pagã de sangue aristocrático, herdeira da tradição de seus antepassados, negada e ultrajada agora pelo novo regime monoteísta imperante. Impõe sua vontade a seu marido por sua total superioridade intelectual e maneja o mundo que a cerca de forma a alcançar todos os seus objetivos. Discutir-se-á qual o registro discográfico de sua Ortrud é o mais recomendável. Descartarei os dos anos 60 que, devido ao seu declínio vocal, não se pode apreciar na plenitude de sua interpretação. As gravações feitas nos anos 50, destacaria duas de anos sucessivos, 1953 e 1954, no Festival de Bayreuth. A primeira dirigida por Josef Keilberth (gravação oficial pelo selo Teldec) e a segunda por Eugen Jochum (edição do selo Golden Melodram). Os papéis de apoio tem elenco comum: Wolfgang Windgassen como Lohengrin e Hermann Uhde como Telramund. Se bem que o registro de 1954 tem o atrativo adicional de contar com a rara Elsa de Birgit Nilsson (sem dúvida pior que a doce Eleanor Steber de 1953) e o Arauto de um jovem Dietrich Fischer-Dieskau (muito melhor que Hans Braum de 53), é também preferível o Rei Heinrich de Josef Greindl (1953) que o jovem Theo Adam (1954). De todas as formas, creio que está melhor cantada na respectiva dupla de vilões, e me parece que seja a Ortrud mais recomendável de Astrid Varnay.
Agora, Isolda. Sempre se disse que Varnay compôs uma Isolda “vingativa” e ultrajada no primeiro ato (ao menos afirmava isso o próprio Wieland Wagner), mas o certo é que toda a sua interpretação é interessantíssima. Os matizes que permitem extrair do personagem são riquíssimos, culminando com uma Liebestod avassaladora. Talvez não chegam à qualidade máxima de uma Kirsten Flagstad ou uma Birgit Nilsson (esta última é muito discutível), mas a mim parece-me absolutamente magnífica.
Da raríssima Eva de Varnay não se conservou absolutamente nada. Ela deixou de cantá-la muito cedo e supomos que teria o mesmo interesse anedótico de sua Elsa e sua Elisabeth.
Chegamos agora ao prato principal: Brünnhilde. Pessoalmente considero a Brünnhilde de Astrid Varnay como a melhor cantada e interpretada de todas que foram registradas em disco. Muitos não estarão de acordo e dirão que Birgit Nilsson é melhor e todo o repertório de razões que se ouvem nestes casos. Minha resposta é sempre clara: Nilsson em comparação a Varnay é um iceberg! De acordo que os agudos maravilhosos de Nilsson são insuperáveis e que tinha uma resistência a prova de bombas, mas cantar Brünnhilde não é só isso. É sentir o personagem, comunicar emoções... Pois bem, aqui a calidez da voz de Varnay e seus dotes interpretativos a fazem triunfar sobre qualquer outra que se queira compará-la.

E voltemos aqui ao tema dos reguladores. Recomendo ao leitor que escute um momento concreto do terceiro ato de Die Walküre: o final da frase “ihm innig vertraut”. Em o “a” de “vertraut”, a voz começa a abrir-se, a extender-se em volume até o infinito. Um momento realmente emocionante. Neste mesmo ato, destaco também a frase “War es so schmählich”, em que se pode ouvir uma mostra de seus fabulosos dotes de atriz por excelência.
As referências discográficas aqui se fazem abundantes e difíceis de selecionar. Sem dúvida recomendaria uma gravação do ciclo completo, e é evidente que minha indicação seria o Anel de Hans Knappertsbusch em Bayreuth de 1956 (magnífica edição na Golden Melodram em 14 discos). Aí se reconhece o melhor de sua Brünnhilde, na plenitude total de sua carreira.
Recomendaria também como documento histórico o Götterdämmerung gravado na reabertura do Festival de Bayreuth em 1951, dirigido por “Kna” (registro aguardadíssimo que foi editado há alguns anos pelo selo britânico Testament com uma excelente qualidade sonora).
Ademais, é também imensamente recomendável o terceiro ato de Die Walküre, gravado também em Bayreuth em 1951 (gravação EMI Historical), regido por Karajan, com Sigurd Björling (Wotan), Leonie Rysanek (Sieglinde) e Varnay.
Cabe também destacar sua Sieglinde, seu primeiro papel cantado em cena (ou quase: quando era ainda muito jovem cantou em uma apresentação do Il Trovatore de Verdi no pequeno papel de Inês). Se recomenda o registro existente do dia do seu debut em 1941, lançado pelo selo Myto.
Chegamos por fim ao último personagem feminino da dramaturgia wagneriana: Kundry. Aqui existe um problema discográfico. Possuímos uma gravação de Parsifal do ano de 1954 do Met, dirigida por Fritz Stiedry com um elenco de luxo: George London, Hans Hotter, Set Svanholm e Astrid Varnay. O som é terrível para a época em que foi gravado a apresentação e a edição do CD é muito difícil de se encontrar. O selo Golden Melodram anunciou há pouco tempo que estava previsto a edição do registro da performance de Bayreuth de 1966, regida por Pierre Boulez com Varnay, Sandor Konya, Josef Greindl, Thomas Stewart e Gustav Neidlinger. Melhor seria se fosse lançado a versão de Knappertsbusch de 1957.
A interpretação, baseando-se no Parsifal de Stiedry é em si muito boa. Varnay compõe uma Kundry muito interessante, comparável a de Martha Mödl (talvez a mais maravilhosa Kundry de todos os tempos).
Com isto terminamos este tributo à Astrid Varnay. Seria muito interessante se pudéssemos também realizar um estudo sobre seus outros personagens além de Wagner, como por exemplo suas encarnações das heroínas de Richard Strauss ou das ópera italianas, como por exemplo sua extraordinária Lady Macbeth. Mas, ficará para uma outra oportunidade
José Alberto Pérez
Site www.wagnermania.com
com tradução tôsca de Doctor Marianus



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SérgioNepomuceno



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MensagemEnviada: Seg Nov 13, 2006 1:47 pm    Assunto: Responder com Citação

VARNAY, LA DIVINA
VARNAY, LA STUPENDA
VARNAY, L'UNICA



Há uma questão que gostaria de trazer em relação a ela (relacionada à dicção e estrutura vocal), mas acho que seria mais apropriado abrir outro tópico para isso.


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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Seg Nov 13, 2006 1:57 pm    Assunto: Responder com Citação

No antigo Allegro, eu havia indicado esta mesa-redonda entre Marta Mödl, Astrid Varnay e Birgit Nilsson, mas não gerou interesse:

http://www.geocities.com/Vienna/Strasse/7321/mnvdisc.html

Varnay fala das dificuldades de trabalhar com Böhm, de como só se podia tomar banho uma vez por semana em Bayreuth, de como admirava Flagstad, dos problemas vocais que teve no início da carreira. E descobrimos, além da relação entre Pearl Harbor e a carreira de Varnay, que Birgit Nilsson nunca interpretou Ortrud por causa dela.


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SérgioNepomuceno



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MensagemEnviada: Seg Nov 13, 2006 2:00 pm    Assunto: Responder com Citação

Pádua, eu já li essa entrevista pelo menos umas 4 vezes. A MELHOR QUE JÁ LI EM MINHA VIDA.
Excelente lembrança!!!!!!!


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Pádua Fernandes



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MensagemEnviada: Qua Abr 18, 2007 4:01 am    Assunto: Responder com Citação

Para quem quiser ver um trecho da Kostelnicka (da ópera Jenufa de Janacek) alemã de Astrid Varnay:
http://www.youtube.com/watch?v=KiC7gJHLVMU&mode=related&search=


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Doctor Marianus



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MensagemEnviada: Qua Abr 18, 2007 8:47 am    Assunto: Responder com Citação

Pádua Fernandes escreveu:
Para quem quiser ver um trecho da Kostelnicka (da ópera Jenufa de Janacek) alemã de Astrid Varnay:
http://www.youtube.com/watch?v=KiC7gJHLVMU&mode=related&search=



Tenho essa Jenufa completa e é uma das coisas mais impressionantes que já pude assistir. Poder ver e ouvir uma performance ao vivo de Varnay causa arrepios.



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MensagemEnviada: Qua Abr 18, 2007 11:59 am    Assunto: Responder com Citação

Belissimo e muito valioso tópico. Obrigado Doctor e Pádua.

Agora só me resta ouví-la e reouví-la de novo.

Z


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