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Gravações do Concerto Triplo de Beethoven

 
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IvanRicardo



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MensagemEnviada: Dom Nov 21, 2010 10:01 am    Assunto: Gravações do Concerto Triplo de Beethoven Responder com Citação

É meio difícil encontrarmos gravações do Tripelkonzert de Beethoven. Não é fácil juntar três solistas e um regente para um poker e uma cana após o concerto. E a gravação do argentino Barenboim e sua trupe é pra mim a mais difícil digestão, sobretudo após o jogo de quarta-feira.

Agora falando sério. Não sei se vocês fazem a mesma coisa, mas sempre vou para uma pesquisa na Amazon, justamente os comentários mais desfavoráveis, pois os melhores, a princípio, não me interessam muito. Sabe aquele povo que ouve tudo e acha tudo lindo? Prefiro os mais criteriosos, que argumentam, e anseiam pela gravação ideal, embora não saibamos quem são, de que se alimentam, ou se traem ou não as suas mulheres.

Então a gente se depara com aquela que talvez seja a mais controversa gravação da Música Clássica. O que afinal fizeram Oistrakh, Richter e Rostropovich naquele dia? Alguns dizem que Karajan estragou tudo, que nada deu certo ali. Cada um tocava por si, jamais como um grupo e ninguém se entendia. Sviatoslav Richter disse sentir-se envergonhado, pois aquilo foi horrível. E pra completar, Norman Lebrecht, num famoso livro, a incluiu entre as piores gravações da história da música erudita. Por outro lado, há uma maioria que coloca o disco no céu.

Antes de saber de toda essa celeuma, ouvi e aprendi a amar esse Concerto Triplo. Aquilo me soava tão bem, com bom som, ótima orquestra, bom regente e solistas espetaculares. Pra que mais? Por muito tempo não quis saber de outra.

Hoje já conheço também as gravações de Fricsay (Anda, Fournier, Schneiderhan), David Zinman (Bronfman, Shaham, Mork), Sir Malcolm Sargent (Oborin, Oistrakh e Knushevitzky) e algumas outras que prefiro não comentar. Esta última, cujo regente eu nunca tinha ouvido falar, vem cada vez mais assumindo a minha predileção. A gravação de Fricsay tem aquele velho “problema” de lentidão, mas isso é uma coisa muito pessoal minha, simplesmente não me agrada, mas fora isso é quase perfeita. A de Zinman também é excelente, apesar de a orquestra soar algumas vezes meio baixinha e sem força.

E então amigos, o que vocês pensam da gravação de Karajan? Os críticos tem razão? Opinem também sobre as outras versões que vocês já conhecem.


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Paulo Egídio



Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Dom Nov 21, 2010 7:17 pm    Assunto: Responder com Citação

Ivan, a gravação é muito boa, a orquestra ficou um pouco pesada e circula a lenda de que Karajan detestou tanto a gravação que sequer queria posar para a foto que, afinal, eles tiraram, ele sério, os demais sorrindo. Não acho que "cada um tocava por si". Apenas não curto muito como Oistrakh e Rostropovich resolveram certas passagens.

Richter foi um pianista extraordinário, nunca li o que ele teria dito sobre a gravação. Não tem nada a ver com a possível opinião dele, mas gosto de observar que a parte de piano do concerto é infinitamente mais simples do que a do violino, que por sua vez é bem mais simples que a do cello.

Eu gosto muito da gravação do trio Suk. É um vinilzão velho que eu tenho, comprado num sebo de POA no meio dos anos 80.

Tenho um vídeo muito legal com a Kyung-Wha Chung, violinista que eu adoro, tocando com dois membros da família e o mano pianista regendo. Eles faiscam o terceiro movimento, e a cellista dá conta muitíssimo bem.

Como você não gosta de gravações calmas, não vai gostar de Szeryng/Starker/Arrau com Eliahu Inbal. Mas é muito boa. O único registro gravado de Szeryng com Arrau.

A gravação de Perlman, Ma e Barenboim é controversa, eu gosto, mas creio que nunca será a minha preferida. Talvez meu voto vá pro trio Suk. Mas eu queria muito ouvir esta do Schneiderhan com Fricsay. Este violinista teve um raríssimo refinamento de som, deve ter casado muito bem com o som doce do Fournier, dos meus preferidos.


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IvanRicardo



Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008
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MensagemEnviada: Seg Nov 22, 2010 6:59 am    Assunto: Responder com Citação

Então não há miolos na cabeça de Lebrecht? Ainda bem, Paulo. Realmente não aprecio a versão de Eliahu Inbal. Também tenho a gravação de Chung e a acho muito boa. Interessante que eles aceleram bem o último movimento, como você mesmo disse, tocam 50 segundos mais rápidos que a média, mas acontece que certas passagens acabaram ficando melhor na versão de Sir Malcolm. No movimento central é o contrário, este faz mais depressa e a beleza é mais arrebatadora. Com toda a minha ignorância, considero que tanto a orquestra como os solistas de ambas as formações não vacilam, mas sabe, parece-me que Sir Malcolm acertou o ponto exato.


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Amancio



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MensagemEnviada: Seg Nov 22, 2010 3:44 pm    Assunto: Responder com Citação

Leonardo resgatou a declaração do Richter sobre essa gravação:

http://euterpe.blog.br/interpretacao-e-interpretes/sviatoslav-richter-sobre-a-gravacao-do-concerto-triplice-de-beethoven-com-karajan



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Alexandre



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MensagemEnviada: Ter Nov 23, 2010 6:25 am    Assunto: Responder com Citação

Acho que criaram muitas lendas em cima desta gravação, não acredito que o poço de vaidades do Karajan iria adiante com uma gravação em que não estivesse 100% satisfeito. Quanto ao Richter, parece que ele era uma espécie de língua maldita do mundo da música Evil or Very Mad , postei em algum do lugar do Presto tempos atrás, alguns "elogios" dele aos seus colegas de profissão. O cara não poupava ninguém.

abçs


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Paulo Egídio



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MensagemEnviada: Ter Nov 23, 2010 4:10 pm    Assunto: Responder com Citação

Então, a versão de que Karajan teria detestado a gravação contraria esta de Richter. Ivan, quem não quiser gostar da gravação está no seu direito, faz anos que não a ouço. Mas reputá-la como este desastre todo é exagero. Alexandre, se Karajan fosse idealista assim não teria gravado um monte de discos ridículos só pra ganhar dinheiro. Havia um contrato envolvido nesta gravação, certamente. Houve um momento em que talvez ninguém estivesse satisfeito, mas seguiram e ponto.

Há muitos casos de gravações estranhas na história da música. Meu disco preferido, o quinteto de Schubert com Casals e o quarteto Végh, é um. A gravação do Szeryng tocando o terceiro concerto de Saint-Saens é outro. Faz parte de um ciclo de gravações soberbas de música francesa para violino e orquestra, e este registro destoa, é desencontrado, tudo parece precipitado, não fecha com o resto.

O Tríplice envolve quase sempre três ou quatro grandes egos. Não vão conseguir entrar em acordo em tudo. Ou se aceita a liderança musical de um ou vira cabo de guerra. Existe uma foto fabulosa com Kremer e Bernstein discutindo, um com o dedo na cara do outro, durante os ensaios pro Concerto de Brahms que eles fizeram juntos, com a Fil de Viena. Eu tenho o vídeo do concerto, quando termina eles sorriem efusivamente um para o outro e trocam beijinhos no rosto... risos Se rola esse stress com dois, que dirá com quatro?


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Alexandre



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MensagemEnviada: Qua Nov 24, 2010 11:53 am    Assunto: Responder com Citação

Paulo Egídio escreveu:
Alexandre, se Karajan fosse idealista assim não teria gravado um monte de discos ridículos só pra ganhar dinheiro. Havia um contrato envolvido nesta gravação, certamente. Houve um momento em que talvez ninguém estivesse satisfeito, mas seguiram e ponto.


Talvez não eram ridículos para o Karajan, a julgar por algumas capas de seus CDs, percebe-se que ele tinha gosto um tanto duvidoso. Mas enfim, nenhum deles está vivo para contar o que realmente houve.

Juntar 3 ou 4 grandes egos, é realmente bastante complicado, o chamado trio de 1 milhão (ou bilhão? não me lembro) de dólares que o diga, Piatigorsky vivia no meio de um fogo cruzado entre Heifetz e Rubinstein.
Para ser ter uma idéia, Heifetz implicava até com qual nome deveria constar primeiro nos programas de concerto, ele achava que tinha que ser o dele, já Rubinstein alegava que tinha que ser o pianista ( o dele ).
Depois de tanta discussão, Rubinstein deu um xeque-mate: - Ainda que Deus desça do céu para tocar o violino, o programa será:

Rubinstein
Deus
Piatigorsky

Very Happy Very Happy Very Happy


abçs


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Paulo Egídio



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MensagemEnviada: Qua Nov 24, 2010 3:29 pm    Assunto: Responder com Citação

Numa biografia não-autorizada do Heifetz consta uma afirmação do Rubinstein mais ou menos assim: "Que bom que gravei os trios de Brahms mais tarde, com Fournier e Szeryng. Daí pude fazer música".

Daí a pergunta: Por que a gravação com Heifetz e Feuermann/Piatigorski não foi cancelada? Contratos, cláusulas e... money.


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Alexandre



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MensagemEnviada: Qua Nov 24, 2010 5:52 pm    Assunto: Responder com Citação

Fez pior do que isto, dissolveu o grupo que rendia altos cachês (razão do apelido do grupo), o que mostra que sua vaidade superava o dinheiro.

abç


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Ricardovsky



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MensagemEnviada: Qua Nov 24, 2010 10:14 pm    Assunto: Responder com Citação

Que tópico bacana! Sempre achei que os melhores tópicos do antigo Allegro eram aqueles que a gente lia e dava a vontade de ouvir a música que estava sendo comentada. Pois bem, senti isso nesse tópico, de modo que, em dois dias, ouvi as duas únicas gravações que possuo do concerto triplo de Beethoven.

Esse concerto foi uma obra de Beethoven a qual me deparei apenas tardiamente, e até hoje acho que ele não me "tocou" como os outros concertos do mestre. Será que me falta ainda uma gravação ideal para os meus ouvidos?

Bem, logo afirmo que, por muito tempo, a única gravação que eu possuía era exatamente aquela de Karajan com Oistrakh, Rostropovich e Richter que deu origem a esse tópico. Ora, eu nem sabia que essa gravação era controversa. Gosto da mesma, mas, como tenho um pé atrás com Karajan, sempre achei que deveria existir alguma melhor, apesar dos grandes solistas envolvidos. Paulo Egídio falou sobre a orquestra pesada, e, de fato, sempre achei essa gravação por demais sinfônica. O curioso é que a outra gravação que eu tenho é o extremo oposto. Ela está dentro da Integral Beethoven da Brilliant Classics e os solistas são Kalichstein (piano), Laredo (violino) e Robinson (violoncelo), ou seja, um trio já existente, que está acostumado a tocar junto, uniu-se a um regente (Sir Alexander Gibson com a English Chamber Orchestra), e todos tocaram o concerto (já conhecia o Kalichstein-Laredo-Robinson Trio em gravações dos trios para piano 1 e 2 de Mendelssohn e afirmo que, precisamente, aqui eles arrebentam). O resultado, creio eu, foi que o concerto ficou camerístico em demasia. Os músicos do trio afiadíssimos entre si e a orquestra um pouco tímida.

Em suma, respeito as duas gravações, tanto a dos "medalhões" quanto a do trio harmonioso, mas procuro um meio termo que não seja nem muito sinfônico e nem muito camerístico. Quem sabe eu não encontro...


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IvanRicardo



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MensagemEnviada: Qui Nov 25, 2010 8:57 pm    Assunto: Responder com Citação

Ricardovsky, leia o trecho abaixo e veja se você se lembra:

“Depois de ter composto e publicado a Sinfonia Nº 3, em Mi Bemol Maior - Op.55, a Heróica, uma obra poderosa e arrojada, que prenunciava o desencadeamento emocional mais tarde levado a extremos pelos compositores românticos, Beethoven escreveu um trabalho que, de certa forma, o reconduzia ao passado e à tradição dos Concerti Grossi barrocos.(...) O Tríplice Concerto estreou em 1807, mas parece não ter conseguido o que seu autor pretendia, pois foi apresentado somente uma vez durante a vida do compositor e hoje ocupa um lugar inexplicavelmente apagado no conjunto da produção de Ludwig van Beethoven.”

Os fascículos da Abril Cultural marcaram a minha vida. Durante pelo menos 8 anos esse trecho instigou a minha mente de curiosidade, o tempo que se passou até que eu pudesse comprar o CD. Eu pensava, poxa, obras de Beethoven à La Handel? Concerto para vários solistas como os de Bach ou Vivaldi? Polifonias do barroco em concerto de Beethoven?

Bem, dos sete concertos do compositor, o Opus 56 deveria ser o mais surpreendente de todos. Junte os solos espetaculares dos concertos para violino e piano, acrescente algumas idéias das sonatas para cello e ponha tudo na maravilhosa concepção orquestral do mestre. O que você terá???

O Tríplice Concerto não foi concebido do jeito que queríamos. Os solos parecem mais tímidos, são raras as mudanças de dinâmica que nos deixam de boca aberta, não há grandes contrastes, nem aquelas típicas explosões características do gênio. Tudo parece ser mais ameno e discreto.

O segundo movimento é breve, mas de uma beleza enternecedora que o coloca nas alturas. O rondó alla polacca é uma alegria que nunca acaba, isenta de drama e preocupação, um coração de criança. É só a partir daí que vai clarear em nossa mente o Allegro inicial.

Ricardovsky, o Concerto Tríplice é o exemplo cabal da minha mediocridade. Eu queria que Beethoven o tivesse escrito grandioso como o Imperador, virtuosístico como a Kreutzer e solene como Handel. Beethoven fez tudo diferente e calou a minha boca. Não pense que falta você conhecer uma gravação que lhe toque. Se puder, conheça a gravação de Sir Malcolm e cia. O resto, ah, como diria William Shakespeare, o resto é silêncio.




Editado pela última vez por IvanRicardo em Ter Nov 30, 2010 5:15 pm, num total de 1 edição
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Amancio



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MensagemEnviada: Sex Nov 26, 2010 7:36 am    Assunto: Responder com Citação

Reza a lenda que o concerto teria sido escrito para um aluno de piano de Beethoven, o Arquiduque Rodolfo, apenas "para ele se mostrar" - e por isso a parte do piano é fácil. Mas a parte do violoncelo... Jesuis, sai da frente! (Palavra de violoncelista).



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Alexandre



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MensagemEnviada: Sex Jan 20, 2012 12:17 pm    Assunto: Responder com Citação

Acho que faltou citar este trio aqui: Isaac Stern, Leonard Rose e Eugene Istomim (Mehta na regência), não conheço esta gravação, mas ouvindo-os tocar outras obras, acredito que devem arrebentar, alguém já ouviu?



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