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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Dom Mai 06, 2007 11:51 pm Assunto: |
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Olá Fernando! Vc estava lá hoje também? Achei bem melhor do que a récita de ontem. Não entendo tecnicamente de canto, mas me pareceu que o tenor Eduardo Maldonado não tem voz para o papel: os agudos saem miados, ele quebrou uma nota no dueto com Gilda, enfim, foi uma bênção para os meus ouvidos ouvir o Miguel Geraldi, sempre firme e não negando fogo. Quanto aos demais, Ariadne, o Trovon, Douglas Hahn e a Kalinka, bem, já sou apaixonado por esse time há séculos. Eles são demais!
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Dom Mai 06, 2007 11:56 pm Assunto: |
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Quem cantou o Bufão? É o papel mais difícil!
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Fernando Almeida
Registado em: Sábado, 6 de Janeiro de 2007 Mensagens: 143
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Enviada: Seg Mai 07, 2007 12:13 am Assunto: |
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Pádua, foi o barítono Douglas Hahn. Apesar de eu não ter grande conhecimento (ainda) das exigências do papel dele na ópera, sinto que ele foi bem.
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Fernando Almeida
Registado em: Sábado, 6 de Janeiro de 2007 Mensagens: 143
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Enviada: Seg Mai 07, 2007 12:17 am Assunto: |
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Amancio, realmente achei que o Eduardo destoou um pouco do resto do elenco. Gostei particularmente da Kalinka e da Ariadne... Enfim, foi uma boa apresentação.
A tristeza era que atrás de mim sentou-se uma mulher que queria explicar a ópera pra família, como se as outras pessoas não estivessem entendendo o que estavam assistindo. De qualquer forma, sei que isso é corriqueiro... Fazer o que, né?
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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ZpinoZ
Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006 Mensagens: 600 Localização: São Paulo
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Enviada: Seg Mai 07, 2007 9:26 am Assunto: |
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Eu também gostaria de assistir à ópera de Rossini. Exceto domingo, que já tenho compromisso, qualquer dia.
Z
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Carlos Pianovski
Registado em: Terça-Feira, 14 de Novembro de 2006 Mensagens: 156
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Enviada: Seg Mai 07, 2007 12:07 pm Assunto: |
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Assisti ao Rigoletto na sexta (teatro quase vazio, ante a total ausência de divulgação do espetáculo até então) e no sábado (com bem mais gente, mas ainda em número muito inferior ao que a iniciativa de Sangiorgi e cia merecem).
Começo pelos pontos positivos: cenários e iluminação foram o que de melhor se viu na montagem, em especial no terceiro ato. Não, não, nada de suntuoso nem original. Ao contrário: muita simplicidade (mesmo) e conservadorismo, mas com a eficácia e a beleza possíveis com os escassos recursos com que as montagens do Guaíra são feitas.
Com pouco dinheiro, é melhor não inventar demais - a não ser que se trate de um régisseur de gênio, o que quase todos pensam ser, mas poucos são de fato. Por isso, os elementos cênicos se destacaram principalmente por sua discrição (o que pode parecer um paradoxo), servindo de forma obediente ao drama.
O trabalho do sempre competente Carlos Kur está muitos pontos acima do que foi feito na Bohéme de 2005 e da grotesca encenação feita para o Don Giovanni em 2006 (qualquer centavo que tenha sido gasto com aquele "puxadinho" sobre a orquestra e aquele plástico ensebado ao fundo - e, sobretudo, com o cachê do diretor - deveria ser considerado ato lesivo ao patrimônio público...).
Ou seja: Kur fez o máximo que seria possível com o que tinha em mãos, pelo que merece aplauso e incentivo.
Já a direção de atores poderia (e deveria) ter sido mais cuidadosa. Pecou sobretudo no segundo ato, fazendo um dueto muito distante entre Rigoletto e Gilda. De resto, foi aceitável, apesar de alguns momentos de comédia involuntária.
A orquestra soou um tanto anêmica na sexta-feira. Saiu-se bem melhor no sábado. A explicação não é difícil: a maioria dos cantores não tem volume nem projeção suficientes para furar a massa orquestral, ainda que pouco "compacta". O trabalho do regente e dos demais músicos em uma situação como essa se torna francamente desconfortável.
Falemos dos cantores: Miguel Geraldi, o duque de sexta-feira, parecia gripado, pois refugou agudos no "questa o quela", no "parmi veder le lacrime" e, pecado mortal, cortou o ornamento e o si ao final de "La donna è mobile". Para quem cantou tão bem "Che gelida manina" dois anos atrás (e cantou "Asile hereditaire" em uma oficina de música, há vários anos) isso não pode ser normal.
O tenor tem, ainda, um problema crônico e bastante grave: sua voz, apesar de bela e bem treinada, soa como se houvesse uma parede dividindo o palco e a platéia. Faltam volume e projeção, o que é fatal para um cantor de ópera.
Geraldi foi bem melhor, porém, que Eduardo Maldonado. O jovem tenor tem timbre interessante e melhor projeção que Geraldi. Mas estava muito longe de ter condições de estrear um papel de protagonista. Os colegas foram gentis aos dizerem que ele quebrou um agudo. Na verdade, calou partcamente todos, e, mesmo assim, os emitia de modo inseguro e destimbrado. Também negou fogo em "La dona è mobile". Perto do final da ópera, quando o tenor repete o tema da ária a partir dos bastidores, Maldonado cantou o agudo em um constrangedor falsete (nesse ponto da ópera, Geraldi atingiu a nota corretamente na récita de sexta). Trata-se, pois, de um cantor que ainda precisa trabalhar muito para merecer uma nova oportunidade.
Gilda, na sexta, foi Kalinka Damiani. Kalinka tem os agudos, mas os emite com um vibrato um tanto oscilante. Isso prejudicou seu primeiro ato, pois apesar de conseguir fazer tudo o que estava na partitura, com diminuendos, trinados, agudos, etc, o fez de forma um tanto grosseira. Entretanto (sejamos justos), trata-se de uma cantora que parece não se acomodar, e, por isso, melhora a cada dia. Isso foi provado pelo seu elogiável desempenho no segundo e terceiro atos. Espero ouvir uma boa performance na sua Traviata, no segundo semestre.
A cantora (Tatiana Aguiar) que atuou no sábado, porém, é bem inferior, tendo menor volume, dificuldades nos ornamentos. Além disso, é mais curta (o que gerou um anti-climax ao final do "Si vendetta", ao término do segundo ato). É outra que tem muito a aprender antes de voltar a ocupar papel de protagonista.
Alexandre Trovon (Monterone e Sparafucille na récita de sábado) foi o que dele se esperava: desempenho correto, expressivo, com uma voz dotada de belo volume e tecnicamente bem empregada. Ariadne Oliveira fez ótima Madalena, valente e sedutora, com graves de peito bem colocados.
Sobre Douglas Hahn, permitam-me expressar uma certa decepção. Sempre tive curiosidade de ouvir esse competente barítono cantando o Rigoletto. Hahn é dono de uma voz dotada da verdadeira pasta verdiana e de um volume bem razoável. Seu belo timbre, de fato, cai como uma luva no papel do bufão.
Mas não se pôde deixar de notar a ausência de agudos, que geraram um anti-climax em vários momentos, como o final do "Pari or siamo", ou o "un vidice avrai", antes do início do "Si Vendetta", ou, ainda, no "All'onda" do terceiro ato. Além disso, seu "Cortigiani" foi entrecortado demais, valorizando pouco as vogais e gerando um resultado dramático-musical pouco eficiente.
OK, talvez Hahn tenha sido o melhor cantor em ambas as récitas, com um desempenho que poucos barítonos brasileiros conseguiriam igualar na maior parte da ópera. Mas não há dúvida de que se podia esperar mais dele como Rigoletto.
Saudações verdianas
Pianovski
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Seg Mai 07, 2007 8:13 pm Assunto: |
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Belo relato, Pianovski.
Quanto a barítonos brasileiros no papel de Rigoletto, tenho ainda na recordação as récitas que vi de Fernando Teixeira - um timbre de ouro com agudos muito consistentes. E tinha presença dramática...
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Carlos Pianovski
Registado em: Terça-Feira, 14 de Novembro de 2006 Mensagens: 156
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Enviada: Ter Mai 08, 2007 5:46 pm Assunto: |
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Caro Padua, obrigado. E que inveja de você que ouviu o Fernando Teixeira ao vivo! De fato, do único registro em CD em que me lembro de ter ouvido esse cantor tive excelente impressão (Maria Tudor, de Carlos Gomes). É possível perceber que se tratava de um barítono verdiano de verdade (apesar do som ruim da gravação). Ao vivo deve ter sido impressionante.
Abraços
Pianovski
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ZpinoZ
Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006 Mensagens: 600 Localização: São Paulo
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Enviada: Qua Mai 09, 2007 3:15 pm Assunto: |
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Hoje vou ver um espetáculo interessante no Teatro Cultura Artisitca. Estou curioso, o Concerto para Violino de Tchaikovsky, com Evgenia Maria Popova como solista e Ira Levin como regente, porém com a Banda Sinfônica, isto é, somente com percursão e sopros.
Como ficará?
Z
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Qua Mai 09, 2007 5:26 pm Assunto: |
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Sim, Pianovski. Uma vez, numa récita de Andrea Chenier, de Giordano, o Paulo Fortes estava logo atrás de mim, enquanto Fernando Teixeira cantava Nemico della patria. Um senhor que acompanhava o barítono que estava na platéia comentou que o barítono que estava no palco era o único, na história do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que poderia com ele se comparar. As vozes eram diferentes, contudo.
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ZpinoZ
Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006 Mensagens: 600 Localização: São Paulo
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Enviada: Qui Mai 17, 2007 11:38 am Assunto: |
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O programa da OSESP, hoje, na Sala São Paulo, apresenta: Honegger - Pacific 231, Kalevi Aho - Concerto para Flauta (Sharon Bezaly) e a Terceira Sinfonia de Brahms.
Como a série de hoje não faz parte de minhas assinaturas, comprei um ingresso avulso. Tenho muita curiosidade de ouvir, ao vivo, a primeira peça: Pacific 231, que se inspira e procura simular uma viagem de trem na mais possante locomotiva da época.
Consta que esta simulação dos sons provenientes do movimento de um trem, em música, foi fértil e alcançou uma multiplicidade de autores, inclusive Villa Lobos no Trenzinho do Caipira.
Z
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ZpinoZ
Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006 Mensagens: 600 Localização: São Paulo
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Enviada: Sex Mai 18, 2007 10:54 am Assunto: |
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Os vetores da vida atuam perpendicularmente.
Ontem na Sala São Paulo a Pacific 231, de Honegger, que me motivou a ir, foi um anticlímax. Parece que batizaram o combustível da locomotiva. Faltou massa, faltou ritmo, faltou fôlego, faltou imponência.
Em compensação o Concerto para Flauta de Kalevi Aho, foi belíssimo. Uma obra recente (de 2002) de alta qualidade. A Flauta estava linda, pareceria encarnar um dos personagens das sagas finlandesas, sofredora, mas orgulhosa, obstinada e pertinaz. Arrostando tudo para dizer seu discurso. A flautista (Sharon Bezaly), a quem foi dedicado o concerto, tecnicamente era muito boa, vivenciava cada compasso da música. Sentia-se que estava executando a “sua” obra.
A segunda parte do programa, a Terceira Sinfonia de Brahms, foi muito boa. Sóbria e cheia de entusiasmo, também correta, contida e disciplinada na justa medida. Gostei especialmente dos violoncelos.
Z
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Laura
Registado em: Sábado, 4 de Novembro de 2006 Mensagens: 1021 Localização: São Paulo - Brasil
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Enviada: Sáb Mai 19, 2007 10:42 am Assunto: |
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GilbertoJr escreveu: |
Em maio agora estréia no Teatro São Pedro duas óperas de Rossini, La cambiale di matrimonio e Il Signor Bruschino, as duas serão levadas na mesma noite, pois são óperas curtas de um ato cada uma.
No elenco as sopranos Solange Siquerolli e Márcia Guimarães, tenor Gilberto Chaves - eu ! - barítonos Amadeu Gois, Carlos Eduardo Vieira e Ademir da Costa e os baixos Eduardo Janho-Abumrad e Paulo Borges.
A direção cênica - divertidíssima - é de Walter Neiva e a regência de Emiliano Patarra, com orquestra reduzida.
Um abração a todos
Gil |
Pretendo ir no domingo dia 27. Alguém mais vai? Algo me diz que é melhor comprar ingressos com antecedência.
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Doctor Marianus
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 457 Localização: São Paulo/SP
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Enviada: Seg Mai 21, 2007 9:36 am Assunto: |
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Holandesa se apresenta em concerto para violino em São Paulo
da Folha Online
A holandesa Liza Ferschtman tocará no "Concerto para Violino e Orquestra" de Jean Sibelius. Ela estará com a Orquestra Experimental de Repertório regida pela maestrina Ligia Amadio no Theatro Municipal de São Paulo. A apresentação ocorre no dia 27 de maio.
Holandesa vai se apresentar em São Paulo
O concerto integra a série "Retratos de Compositores" e presta homenagem ao compositor finlandês pelos 50 anos de sua morte.
A violinista iniciou seus estudos musicais aos cinco anos de idade, cursou conservatório em Amsterdã especialização em Londres e nos EUA.
Liza se apresentou com orquestras como a do Royal Concertgebow e a Filarmônica de Rotterdam, e participou de turnês em países como Japão, França, Rússia, Alemanha e Áustria.
Em 2006, a holandesa tocou no Carnegie Hall de Nova York ao lado do grupo Musicians from Ravinia Steans Institute. A regência do concerto estará a cargo da maestrina Ligia Amadio.
Completam o programa "O Cisne de Tuonela" e a Sinfonia No. 1
Orquestra Experimental de Repertório - Série "Retratos de Compositores"
Quando: 27 de maio, às 11h
Onde: Theatro Municipal de São Paulo (pça. Ramos de Azevedo, s/nº, Centro , tel. 0/xx/11/3222-8698)
Quanto: de R$ 10 a R$ 15
Vamos nessa? |
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