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Ciclos de Quartetos de Cordas - Qual o seu preferido? |
Bártok |
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5% |
[ 1 ] |
Beethoven |
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52% |
[ 10 ] |
Haydn |
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26% |
[ 5 ] |
Mozart |
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10% |
[ 2 ] |
Schönberg |
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0% |
[ 0 ] |
Schubert |
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5% |
[ 1 ] |
Shostakovich |
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0% |
[ 0 ] |
Villa-Lobos |
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0% |
[ 0 ] |
Outros |
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0% |
[ 0 ] |
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Total de Votos : 19 |
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Autor |
Mensagem |
Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Ter Dez 05, 2006 9:58 pm Assunto: Ciclos de Quartetos de Cordas - Qual o seu preferido? |
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Isto é divertido. E verifica os gostos do pessoal que está registrado aqui.
Na pesquisa que fizeram aqui sobre sinfonias, houve quem reclamasse contra a exclusão de Villa-Lobos. Os méritos de Beethoven, Haydn e Mozart foram discutidos. Schubert foi ignorado, ao contrário de Shostakovich.
Esses são nomes que se dedicaram também a este gênero, que é o meu favorito em música de câmara.
Inseri aqui também Schönberg e Bártok, que tem quartetos importantes.
Para quem quiser outro nome, além destes oito, deixei a opção outros, que servirá para medir a representatividade dos nomes que escolhi.
Editando: "ciclo", aqui, significa, tão-somente, o conjunto de quartetos que o compositor escreveu. Dessa forma, teriam que ficar de fora compositores de um quarteto só, como Ravel.
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Leonardo T. de Oliveira
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 448 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Ter Dez 05, 2006 10:15 pm Assunto: |
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Ravel e Debussy...
E êta, pergunta difícil!
_________________ Leonardo T. Oliveira
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Leonardo T. de Oliveira
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 448 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Ter Dez 05, 2006 10:16 pm Assunto: |
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No "Outros" acho estariam subentendidos Mendelssohn e Brahms, do que me lembro até agora...
Webern também não tem exatamente um "ciclo"...
_________________ Leonardo T. Oliveira
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Ter Dez 05, 2006 10:17 pm Assunto: |
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Leonardo T. de Oliveira escreveu: |
Ravel e Debussy...
E êta, pergunta difícil! |
Pois é, por isso geralmente os discos trazem os quartetos desses dois franceses juntos...
A pergunta é, realmente, muito difícil! Eu mesmo não votei ainda.
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Ter Dez 05, 2006 10:19 pm Assunto: |
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Leonardo T. de Oliveira escreveu: |
No "Outros" acho estariam subentendidos Mendelssohn e Brahms, do que me lembro até agora...
Webern também não tem exatamente um "ciclo"... |
Outros? Sim, mas também, quem sabe, Martinu, Carl Nielsen... Você acha que o melhor da música de câmara de Brahms está nos quartetos de corda?
Webern não tem, tampouco Berg, com a impressionante Suíte Lírica - e o quarteto expressionista.
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qua Dez 06, 2006 8:24 am Assunto: |
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Apesar de não ser o melhor Brahms, acho que ele poderia pelo menos ser citado. Acho o primeiro quarteto de uma força impressionante, e o solo de viola do terceiro quarteto é algo memorável no gênero.
O ciclo do Schoenberg é notável, com destaque para o segundo quarteto. Bartók então, nem se fala. Mas, se falamos de "ciclo de quartetos", acho que a disputa mesmo fica só entre o tio Beto e seu professor.
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Bruno Gripp
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 725 Localização: Belo Horizonte
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Enviada: Qua Dez 06, 2006 1:33 pm Assunto: |
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Sorry Beethovianos, Haydn INVENTOU o quarteto de cordas, não existia nada antes. E além disso foi nos quartetos de cordas que ele concentrou sua inventividade musical, é bom lembrar que a maturidade do estilo clássico foi atingida no quarteto, pode-se notar a evolução da linguagem dos divertimenti do op. 2, para as obras impetuosas do op. 9, para os mais contidos op. 17, para novamente ficar impetuoso no op. 20, para criar o memorável op. 33, depois o grande op. 42, os geniais op. 50 (um dos pontos altos), o op. 54, 64 e as criações tardias e brilhantes dos opp. 71, 74, 75, 76, 77 e o incompleto 103, bem velho, Haydn já não tinha mais forças para sequer escrever, embora estivesse chei o de idéias musicais ().
E poderia votar em Haydn apenas pelo ciclo op. 33, mesmo ele tendo uma produção muito maior e a larga maioria dela seja fantástica. Pois, foi com esses quartetos que Haydn aboliu completamente a noção de acompanhamento (ainda existente no maravilhoso op. 20) na música clássica, cada voz podia fazer acompanhamento da outra, se destacar na melodia, desaparecer de novo. É para muitos o maior acontecimento do século XIX, e Mozart ficou tão impressionado com isto que se sentiu obrigado a compor um conjunto de quartetos, estes dedicados a Haydn. Também é com este gênero que Haydn demonstra como ele é capaz de fazer toda a música derivar de uns poucos temas. Apenas dando um exemplo, o famoso quarteto op. 50 no. 1, que começa com um si bemol repetido por 4 compassos (hehe) no cello, e que essa nota e o contraste com uma melodia alternando entre Ré e Mi bemol conseguem criar uma música inteira baseada apenas nos eventos do segundo compasso.
Beethoven tem todo aquele pathos e imagino que para muitos o tom de intimidade e bom humor de Haydn agrade menos do que o Beethoven titânico dos Razumovski. Mas em termos de criação, inventividade e habilidade, acho que de Beethoven só se equiparou a Haydn com seus últimos quartetos.
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Bosco
Registado em: Sábado, 18 de Novembro de 2006 Mensagens: 211
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Enviada: Qua Dez 06, 2006 1:59 pm Assunto: |
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Mozart. Ouvindo apenas aqueles 6 quartetos dedicados a Haydn podemos dizer que foi o maior compositor de quartetos de cordas que já existiu. E ninguém o superou.
Apenas Haydn, Beethoven, Schubert, Brahms e Bartok o igualaram.
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Bruno Gripp
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 725 Localização: Belo Horizonte
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Enviada: Qua Dez 06, 2006 2:07 pm Assunto: |
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Penso que Dvorák é um quartetista mais bem sucedido do que Brahms e mesmo Schubert e Shostakovich. E foi completamente esquecido aqui.
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Leonardo T. de Oliveira
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 448 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qua Dez 06, 2006 3:09 pm Assunto: |
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hahaha! Vai começar tudo de novo! XD
Eu, fazendo as vezes chatas do tom moderado quando me convém, acho (de novo...!) que pra se eleger Haydn com tanta convicção é preciso priorizar os méritos da formação de um gênero mais do que os méritos da transformação de um gênero. hm... Pensando-se em eleger o maior compositor em função de um gênero, talvez faça sentido; talvez, por uma responsabilidade direta, Haydn seja o grande nome do quarteto p/ cordas. Mas não acho que os seus méritos não se relativizem pelo que Beethão fez em seguida... Talvez o objetivo de Beethoven, assim como com a sinfonia, não fosse o de investir novos rudimentos para a formação de um novo gênero, mas sim o de distribuir novas proporções para as formas instrumentais, que eram, até então, formas que faziam uma clara oposição com as formas vocais. O coral na Nona Sinfonia é a síntese disso: a forma instrumental, enquanto gênero, passa a não se reduzir mais a um paradigma de menor proporção, mas sim ousa dividir o mesmo paradigma da grande música vocal. Essa concepção que atinge a sinfonia, o concerto, a música de câmara, e as sonatas é absolutamente influente, de tal forma que mais provável seria suspeitarmos de um fenômeno artístico mais amplo do que a responsabilidade de um único compositor: mas fazer o que se foi o hómi quem veio pontuar essas transformações e se tornar o referente para as outras gerações?
Além disso, acho importante não esquecermos de que Beethoven impinge uma profunda reflexão - tão ativa quanto a formação do gênero - nas raízes das formas clássicas: seus temas reduzidos a fermatas (Quarteto 7), suas declaradas ambigüidades tonais (3), sua forma tonal "não-dialética" (Op. 131), suas tercinas justapostas (Op. 131), sua sinuosidade timbrística (Op. 74) são, de certa forma, o limiar de um pensamento puramente musical com uma linguagem com certo simbolismo interno - funciona tanto sob o entendimento racional e positivo de um Haydn quando sob o entendimento dos códigos de um Schumann.
E enfim, há muito a dizer. Deixo claro - já achando engraçado que na minha fase menos beethoveniana na vida o Presto venha me fazer resgatar o argumento pelo hómi - que, de novo, não acho a questão nada inócua!
[]'s.
_________________ Leonardo T. Oliveira
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ZpinoZ
Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006 Mensagens: 600 Localização: São Paulo
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Enviada: Qua Dez 06, 2006 3:24 pm Assunto: Preliminarmente.... |
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Preliminarmente gostaria de votar em Bartok, porém, mais recentemente, tenho sido atraido por outros ciclos.
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Sarastro
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 900 Localização: Brasil
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Pádua Fernandes
Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006 Mensagens: 1229 Localização: São Paulo
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Enviada: Qua Dez 06, 2006 4:08 pm Assunto: |
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Bruno, os admiradores podem votar no Dvorák, que contabilizamos.
Mais uma vez, a advocacia pelo genial Haydn. Acabei encomendando aquela caixa dos quartetos, depois de ver a incrível diferença de preço em relação à Amazon francesa.
P.S.: Será que logo verei você escrever "sorry, periferia"?
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Sarastro
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 900 Localização: Brasil
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Spartaco
Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006 Mensagens: 908 Localização: São Paulo - SP
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Enviada: Qua Dez 06, 2006 5:00 pm Assunto: |
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Caros prestonautas,
Todos os argumentos são válidos; o que interessa é a preferência de cada um.
No tocante à referida escolha, meu voto vai para Beethoven. Apesar de Haydn ter criado o gênero, o mestre de Bonn o transformou e o elevou a um nível inigualável.
Não que eu ache que os quartetos de Haydn estejam aquém dos de Beethoven, mas a minha preferência recai neste último.
Um abraço a todos.
_________________ Spartaco Carlos Nottoli
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