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Bruno Gripp
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 725 Localização: Belo Horizonte
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Enviada: Sex Jan 05, 2007 8:52 pm Assunto: |
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Hehehe, muito bem lembrado, Amancio.
Acho difícil conceber A. N. como cantata porque mesmo sendo uma peça musicalmente perfeita (é linda, eu a amo), ela não tem razão de ser fora do filme, o texto de um movimento é uma frase em latim que não faz sentido algum (peregrinus expectavi pedes meos in cymbalis est, esse est no final avacalha tudo e mesmo se vc forçar um esse, Ricardovsky conhece latim e vai concordar comigo, a frase continua copmlicada "Eu, como peregrino, esperava meus pés estarem nos címbalos", o que seria isso?) a sequência dramática dos movimentos só se explica pelo filme. Mesmo que Prokofiev tenha chamado-a de cantata (do que eu confesso nào ter me lembrado), é "de facto" uma suíte.
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Ricardovsky
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 697 Localização: Teresópolis - RJ
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Enviada: Sex Jan 05, 2007 9:47 pm Assunto: |
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Confesso não conhecer esse quarteto, Amancio. Ele tem voz?
Acho que o problema é que, com Alexander Nevsky, estamos no século XX, em que os gêneros são definidos mais por um título do que pela forma que apresentam, pois as formas muitas vezes são bem livres. Não que não haja sonata-forma, rondó etc, mas, pela complexidade das obras, tais formas parecem estar "econdidas" dentro da música, se é que me entendem. Pelo menos é isso o que um leigo como eu sente. Percebo a sonata-forma em muitas sinfonias de Prokofiev, por exemplo, mas elas são muito mais difíceis de se notar (de dividir os componentes da forma-soanata: exposição com três temas, desenvolvimento, reexposição, coda) do que nas sinfonias de Schubert, Brahms, Tchaikovsky. A extrema liberdade de uma sinfonia de Sibelius poderia, por exemplo, me levar a dizer que não se trata de uma sinfonia, mas sim de uma fantasia. A própria Sinfonia nº 8 de Mahler também traz problemas. O que é aquilo? Uma sinfonia, uma cantata, um poema-sinfônico, um lieder para orquestra? Bem, Mahler chamou tal obra de sinfonia, não fazendo o mesmo com Das Lied von der Erde; dizem que foi porque ele tinha medo de escrever a 10ª Sinfonia, por causa da chamada "Maldição de Beethoven", ou seja, depois de Beethoven ninguém conseguiu escrever 10 sinfonias (há, é claro, exagero nisso).
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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FernandoRandau
Registado em: Sábado, 18 de Novembro de 2006 Mensagens: 100 Localização: Recife - PE
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Spartaco
Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006 Mensagens: 908 Localização: São Paulo - SP
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Enviada: Sáb Jan 06, 2007 10:19 am Assunto: |
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Só para ficar no cinema soviético:
Dmitri Dmitrievich Shostakovich
Um abraço.
_________________ Spartaco Carlos Nottoli
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Bruno Gripp
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 725 Localização: Belo Horizonte
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Enviada: Sáb Jan 06, 2007 10:48 am Assunto: |
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Schnittke, Korngold também compuseram trilhas sonoras.
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Ricardovsky
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 697 Localização: Teresópolis - RJ
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Enviada: Sáb Jan 06, 2007 11:01 am Assunto: |
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Assisti ao filme Alexander Nevsky umas duas vezes, quando ele passou na Rede Educativa, onde também assisti ao Nosferatu de Murnau (ô cineminha bão). Se eu encontrasse o filme Alexander Nevsky em DVD, comprava no ato.
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Phoebe
Registado em: Quarta-Feira, 13 de Dezembro de 2006 Mensagens: 343
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Enviada: Sáb Jan 06, 2007 11:36 am Assunto: |
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Citação: |
Acho que nenhum outro compositor sério escreveu uma música tão boa para as telas, ... |
Interessante... compositor que escreve para telas não é tido como "compositor sério".
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Bruno Gripp
Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006 Mensagens: 725 Localização: Belo Horizonte
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Enviada: Sáb Jan 06, 2007 2:18 pm Assunto: |
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Ricardovsky,
Alexander Nevsky é um filme muito bom, mas a carga ideológica incomoda. Já Nosferatu do Murnau é o melhor filme de terror de todos os tempos, aquilo é fabuloso!
Saudaçòes cinéfilas.
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Spartaco
Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006 Mensagens: 908 Localização: São Paulo - SP
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Enviada: Sáb Jan 06, 2007 4:10 pm Assunto: |
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Caros prestonautas,
"Pitadinha" histórica:
Depois de retornar definitivamente à União Soviética, em 1933, Prokofiev interessou-se em colocar sua música a serviço da imagem cinematográfica. Sua primeira grande experiência nesse campo foi a criação da trilha sonora do filme “Lieutenant Kije” de Feinzimmer; alguns anos depois, em 1938, acabou por encontrar na figura de Sergei Eisenstein o colaborador ideal para esse gênero de trabalho.
No final de 1938, “Alexander Nevsky” foi levado às telas de Moscou e tanto a crítica quanto o público entusiasmaram-se grandemente com o resultado da cooperação Eisenstein-Prokofiev; e, até hoje, o filme é encarado como um dos mais felizes exemplos de integração som-imagem.
Prokofiev, contudo, viu em sua partitura qualidades que justificavam sua transformação em obra autônoma. Foi assim que, a partir das 21 seções escritas para o filme, o compositor chegou aos sete números, alguns deles largamente reestruturados, que integram “Alexander Nevsky”, opus 78, cantata para meio-soprano (ou contralto), coro e orquestra (assim denominada por Prokofiev), ouvida pela primeira vez em Moscou, em 17 de maio de 1939.
Um abraço a todos.
_________________ Spartaco Carlos Nottoli
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