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IvanRicardo
Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008 Mensagens: 152 Localização: Gravatá-PE
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Enviada: Dom Fev 21, 2010 12:05 pm Assunto: Arvo Part - Spiegel im Spiegel |
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Em minha tentativa de conhecer o lindo magnificat do Pergolesi, quer dizer, do Durante, relatado por Amancio no tópico anterior, acabei me deparando com um site para downloads que tocava on line “Arvo Part – Spiegel im Spiegel”. Eu não conhecia esse tal Arvo Part.
http://www.youtube.com/watch?v=QtFPdBUl7XQ
Ouçam (e vejam) este vídeo, pois eu gostaria de conhecer a opinião de vocês sobre esse tipo de música. Violino e piano se fundem numa música de beleza incontestável, composta em 1978.
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Spartaco
Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006 Mensagens: 908 Localização: São Paulo - SP
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Enviada: Dom Fev 21, 2010 1:19 pm Assunto: |
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Ivan,
O compositor Arvo Pärt nasceu em 11 de setembro de 1935, em Paide, na Estônia. Ele trabalha com um estilo minimalista que emprega a técnica de repetições hipnóticas.
Problemas constantes com funcionários soviéticos o levaram a imigrar em 1980 com sua esposa e seus dois filhos. Pärt morou inicialmente em Viena, na Áustria, onde recebeu a cidadania austríaca e, em seguida, mudou-se para Berlim, na Alemanha, onde ainda vive.
A composição Spiegel im Spiegel foi utilizada por Tom Tykwer em seu filme Paraíso, com Cate Blanchett.
Pärt é considerado um dos nomes mais importantes da música erudita na atualidade, principalmente no terreno da música sacra.
Um grande abraço.
_________________ Spartaco Carlos Nottoli
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Dom Fev 21, 2010 6:03 pm Assunto: |
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Pärt é uma versão meio "Enya" da música erudita. Por conta disso confesso uma certa ignorância com o compositor; quem sabe, depois que eu vencer este preconceito (e eu venci o que eu tinha contra Schoenberg e Bartok!), eu consiga ouvi-lo com atenção.
PS.: Ivan, estou postando no tópico do Pergolesi uns links para quem quiser ouvir o Magnificat.
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IvanRicardo
Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008 Mensagens: 152 Localização: Gravatá-PE
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Enviada: Dom Fev 21, 2010 11:01 pm Assunto: |
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Nossa, Amancio, Enya é muito boa, você não deveria ignorá-la! Mas vou conhecer agora os outros movimentos do magnificat. O único deles que eu ouvi eu já achei muito bom.
E você, Spartaco, legal demais suas dicas. Você gosta de Arvo Pärt?
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Spartaco
Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006 Mensagens: 908 Localização: São Paulo - SP
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Enviada: Seg Fev 22, 2010 8:14 am Assunto: |
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IvanRicardo escreveu: |
E você, Spartaco, legal demais suas dicas. Você gosta de Arvo Pärt? |
Ivan,
Mesmo não sendo o meu estilo preferido, as músicas que conheço de Arvo Pärt são bem interessantes. Lógico que ele tem um estilo peculiar e, assim, nem todos apreciam esse tipo de composição.
Apesar de não ser nada fácil, eu procuro ser o mais eclético possível; desse modo, desde os meus 12 anos, tento conhecer e apreciar os mais diferentes estilos da chamada música erudita.
Um grande abraço.
_________________ Spartaco Carlos Nottoli
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IvanRicardo
Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008 Mensagens: 152 Localização: Gravatá-PE
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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IvanRicardo
Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008 Mensagens: 152 Localização: Gravatá-PE
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Enviada: Sáb Fev 27, 2010 8:03 pm Assunto: |
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Apesar de fazermos parte de um seleto grupo que aprecia música erudita, não creio que deveríamos negligenciar completamente a música popular. Entidades como o Led Zeppelin, algumas formações de Jazz, como o Cannonball Adderley ou Rachel’s, também enriquecem nossas vidas. Considerar que Enya e um grupo de pagode se equivalem, revela apenas sua falta de interesse por novas idéias musicais.
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Spartaco
Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006 Mensagens: 908 Localização: São Paulo - SP
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Enviada: Dom Fev 28, 2010 9:04 am Assunto: |
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Caros Ivan e Amancio,
Como já disse algumas vezas nesse forum, eu, além de gostar muito de música erudita, também aprecio outros tipos de música, ou seja, a chamada música popular de qualidade, como, por exemplo, a denominada MPB, o rock (sou um beatlemaníaco) e o jazz.
Não é simples, mas dentro do possível, procuro ser diversificado, mas sempre dando preferência à chamada música dos grandes mestres, da medieval até a música contemporânea.
Um abraço a todos.
_________________ Spartaco Carlos Nottoli
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Seg Mar 01, 2010 9:46 am Assunto: |
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IvanRicardo escreveu: |
Considerar que Enya e um grupo de pagode se equivalem, revela apenas sua falta de interesse por novas idéias musicais. |
Não foi isso o que eu escrevi, não fiz juízo de valor. Eu te respondi que, quando encontro alguém com um gosto muito diferente do meu (e me recomendando ouvir algo que eu já sei que não vou gostar), eu digo simplesmente que "temos gostos MUITO diferentes". Sem nenhuma entonação depreciativa.
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Laura
Registado em: Sábado, 4 de Novembro de 2006 Mensagens: 1021 Localização: São Paulo - Brasil
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Enviada: Seg Mar 01, 2010 3:53 pm Assunto: |
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Nem Enya, nem pagodes representam algo propriamente novo no cenário musical de qualquer espécie.
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IvanRicardo
Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008 Mensagens: 152 Localização: Gravatá-PE
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Enviada: Ter Mar 02, 2010 9:35 pm Assunto: |
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Amancio escreveu: |
Não foi isso o que eu escrevi, não fiz juízo de valor. Eu te respondi que, quando encontro alguém com um gosto muito diferente do meu (e me recomendando ouvir algo que eu já sei que não vou gostar), eu digo simplesmente que "temos gostos MUITO diferentes". Sem nenhuma entonação depreciativa. |
Não posso generalizar, pois cada cabeça é um mundo, mas comigo, à medida que o tempo passa, vou gostando cada vez mais de MENOS coisas. Quando vamos amadurecendo e conhecendo o mundo um pouco melhor, fazemos seleções mais criteriosas daquilo que realmente possa nos ser útil. Eu próprio já gostei no passado de certos rocks que hoje eu sinto nojo só de pensar.
Não é fácil convencer um funkeiro que música erudita é mais bela e enriquecedora que o funk, pois ele vive sob uma outra necessidade. No entanto, dentro da nossa realidade, nós que somos apreciadores de música clássica, não posso me iludir e achar que não posso encontrar beleza e profundidade dentro de obras de artistas populares. Na própria música celta, ou então na música dos Andes, ou mesmo no Jazz, podemos encontrar construções melódicas lindas, e é por isso que acho a música apaixonante, uma arte de valor inesgotável.
Não entendo quando você faz um pré julgamento de algo que não se conhece plenamente. Diferente do funk, do pagode, etc, não vejo a música celta, e suas subdivisões como o folk, como algo simplório e sem amplitude, onde basta ouvir só um pouco. O que você faria se alguém dissesse assim: “Amancio, eu trouxe um sensacional CD de brega pra você ouvir”? Ninguém merece, né?
Laura escreveu: |
Nem Enya, nem pagodes representam algo propriamente novo no cenário musical de qualquer espécie. |
O sentido de “novo” dado por mim não se refere ao sentido de novidade no mundo da música, mas a algo diferente que não estamos acostumados. Shostakovich e Stravinsky, que só há pouco eu tive coragem de encarar, são novos pra mim, algo muito diferente dos meus velhos e amados Beethoven e Brahms.
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Amancio
Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006 Mensagens: 1102 Localização: Curitiba-PR
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Enviada: Qua Mar 03, 2010 1:16 pm Assunto: |
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IvanRicardo escreveu: |
Não entendo quando você faz um pré julgamento de algo que não se conhece plenamente. Diferente do funk, do pagode, etc, não vejo a música celta, e suas subdivisões como o folk, como algo simplório e sem amplitude, onde basta ouvir só um pouco. O que você faria se alguém dissesse assim: “Amancio, eu trouxe um sensacional CD de brega pra você ouvir”? Ninguém merece, né? |
Bicho, acho que vou voltar pra aula de redação, eu pensei que tivesse escrito sobre tudo isso aí aqui nesse tópico.
Entre 1995 e 2004, atuei como sonoplasta em três ou quatro grupos de teatro amador aqui de Curitiba. Aí quando a diretora dizia "preciso de uma música para fazer exercícios de relaxamento com os atores", a única coisa que encaixava no que ela queria era... Enya, claro! Porque as músicas são longas, constantes, e sempre no mesmo "mood" (ou pelo menos a seleção que eu fazia). Diferente de qualquer música clássica ou estilo que eu conhecia naquela época, que tinha altos e baixos, emoções diferenciadas, "um mundo numa sinfonia" (a frase é do Mahler), ou palavra cantada. Assim, Ivan, eu conheço não tudo mas o suficiente de Enya para saber que seu estilo não me atrai.
Quanto a Pärt e meu pré-julgamento quanto a algo que não conheço direito, confessei isso já na minha primeira mensagem - assim como confessei, de relance, que já tive esse mesmo problema com Schoenberg e Bartók, e na verdade muitos outros compositores. E acontece também com obras de compositores que gosto muito, como Verdi e Mozart, ué, por que não? É feeling, não é algo que possa ser explicado racionalmente. Mas é gostoso identificar esses medos, e mais ainda combatê-los. É assim que eu amplio meus horizontes musicais.
E acho que também escrevi lá em cima que não fico procurando "arte" da música o tempo todo. Aliás, pra ser bem sincero, acho que só a procuro na terceira ou quinta audição da música, quando já a dominei e quero ir um pouco mais a fundo. Assim, se vc tem um cd de brega diferente dos que eu já conheço, traz aí, vamos ouvir. Uma vez a cada morte de bispo eu também ouço Beatles, Madredeus, Legião Urbana e Caetano Veloso, curtindo como qualquer pessoa normal.
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IvanRicardo
Registado em: Domingo, 2 de Março de 2008 Mensagens: 152 Localização: Gravatá-PE
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Enviada: Qui Mar 04, 2010 7:47 am Assunto: |
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Amancio escreveu: |
Pärt é uma versão meio "Enya" da música erudita. Por conta disso confesso uma certa ignorância com o compositor; quem sabe, depois que eu vencer este preconceito (e eu venci o que eu tinha contra Schoenberg e Bartok!), eu consiga ouvi-lo com atenção. |
Sua frase acima que causou esse mal-entendido, pois ela também poderia significar que você TAMBÉM ignorasse (desconhecesse) Enya, porém sabendo que ambos, ela e Pärt, fazem parte de um mesmo estilo. Mas ou menos como alguém que diz que não gosta de Stravinsky porque não suporta a música erudita moderna. Você sabe que pra encará-la é preciso uma dose extra de interesse.
E daí, quando você falou “(...) recomendando ouvir algo que já sei que não vou gostar” pra mim você dizia isso sem ao menos conhecê-la direito. Mas já que você a conhece suficientemente para dizer que não gosta, faz mais do que certo deixá-la pra lá. E seria muita hipocrisia de minha parte tentar comparar a música de Enya, ou de modo geral a new age, com a música dos grandes mestres.
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