Notícias do Mundo da Música

paulodafigaro · Enviada: Qui Set 18, 2008 10:26 am Assunto:

OSESP apresenta O Messias, de Händel

Com regência de CLAUDIO CRUZ, e participação do Coro da Osesp, as três récitas contam com a presença de MARILIA VARGAS, soprano, que substituiu em cima da hora (ontem) a alemã Dorothee Jansen, que retornou adoentada a seu país, do alemão DETLEF ROTH, barítono, EDNEIA D'OLIVEIRA, contralto, e do tenor americano JAMES TAYLOR.

O Messias (1741)

Onde, quando e quanto

Sala São Paulo
Pça. Júlio Prestes, nº16
Fone: (0xx11) 3223-3966.

Quinta, 18/9 (20h); Sexta, 19/9 (20h) e Sábado, 20/9 (16h30).

Preços: de R$ 28 a R$ 98
Aposentados, pessoas acima de 60 anos, estudantes e professores da rede pública estadual pagam 1/2, mediante comprovação

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Paulo José da Costa

Phoebe

Dia 21 de setembro de 2008
Teatro Guaíra - Curitiba
10:30hs.

João de Deus de Castro Lobo (1794-1832) - Abertura em Ré maior
Harry Crowl (1958) - Fanfarra para os 95 anos da UFPR
Harry Crowl - "Antipodae Brasilienses" (estréia mundial)
(Díptico para orquestra: 1.Do Sertão ao Delta; 2.Paisagem de Inverno)
Villa-Lobos (1887-1959)- Concerto n. 5 para piano e orquestra

Orquestra Sinfônica do Paraná
Solista: Priscila Malanski (piano)
Maestro: Ernani Aguiar

Pádua Fernandes · Enviada: Ter Set 23, 2008 3:00 pm Assunto:

Deu no Publish News:

Encontrada partitura inédita de Mozart em biblioteca

O Estado de São Paulo - 19/09/2008
Uma peça musical de Mozart até agora desconhecida foi descoberta em uma biblioteca francesa. Ulrich Leisinger, chefe de investigações da Fundação Internacional Mozarteum de Salzburgo, disse não haver dúvida de que o manuscrito seja do compositor. Trata-se de um esboço preliminar de uma composição encontrada por uma equipe de uma biblioteca de Nantes, França, que revisava seus arquivos. A folha única foi legada à biblioteca por um colecionador de manuscritos do século 19 e inscrita no catálogo. Mas logo se deu por efetivamente perdida para os musicólogos durante mais de um século. Leisinger calculou que se o manuscrito fosse colocado à venda alcançaria cerca de US$ 100 mil.

Phoebe · Enviada: Qui Set 25, 2008 10:10 am Assunto:

Legal, Pádua.
E que coisa curiosa : ainda há obras por descobrir...

Por outro lado, observaram que a breve notícia- uma nota - está mais preocupada com o valor econômico do achado?

Pádua Fernandes · Enviada: Qui Set 25, 2008 2:07 pm Assunto:

Claro, estamos no capitalismo. O valor artístico é medido dessa forma...

paulodafigaro

A prestonauta Marília Vargas, vem de formidável concerto com a OSESP. Ela cantou o "Messias" de Handel na Sala S.Paulo, convidada que foi para sunstituir uma cantora alemã adoentada. Sabendo a música de cor, Marília não teve dificuldades em substituir a cantora no própria dia do concerto, tendo apenas o ensaio geral aberto ao público para sentir o maestro e a orquestra. Os concertos foram um sucesso de crítica e de público, como atesta o "Estadão" abaixo:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080923/not_imp246511,0.php

o respeitadíssimo crítico Lauro Machado Coelho, após dizer que Marília não fica nada a dever à soprano alemã que substituiu, diz textualmente:

"Quanto à soprano paranaense Marília Vargas, o refinamento com que conduziu as seqüências de recitativos e ariosos da primeira parte, ou a leveza da ornamentação na lírica "I know that my redeemer liveth", fizeram dela a mais grata surpresa da noite."

Um abraço a todos do pai coruja.

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Paulo José da Costa

volneids

Phoebe · Enviada: Dom Set 28, 2008 11:16 am Assunto:

Caros Paulo e Marília:

Fiquei muito contente em saber da apresentação da Marília. Lamentei não ter podido ir ouvi-la - ainda que não seja assinante da OSESP acho que daria para encontrar ingressos - mas tive também a estréia de uma jovem amiga numa nova formação musical.
Um abraço
Phoebe

Pádua Fernandes · Enviada: Sex Out 10, 2008 2:38 am Assunto:

http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/10/09/e091021832.html

Sala Cecília Meireles apresenta festival Jacques Klein

JB Online

RIO - A Sala Cecília Meireles realiza nos dia 11, 12, 15 e 16 de outubro a segunda edição do Festival Jacques Klein. No repertório dos concertos, obras de Beethoven, Schubert, Brahms, Saint-Säens, Ravel, entre outros.

Essas obras eram executadas pelo pianista, e serão apresentadas pelos seus ex-alunos e convidados internacionais.

O festival terá cinco concertos e traz importantes nomes ao Brasil, com destaque para os italianos Maurizio Baglini (piano), que apresentará pela primeira vez no Brasil a versão de Liszt para piano solo da Sinfonia nº 9 de Beethoven, e Silvia Chiesa (violoncelo); os belgas Christine Springuel (viola) e France Springuel (violoncelo); além do pianista Arnaldo Cohen e do Quarteto Bessler, formado por Bernardo e Michel Bessler, Christine Springuel e Hugo Pilger.

- Jacques Klein foi professor de uma geração de grandes pianistas e com este festival vamos homenageá-lo. Queremos que esta Mostra se torne o Concurso de Piano do Rio de Janeiro, que ela se torne competitiva e que envolva também novos talentos - explica João Guilherme Ripper, diretor da Sala Cecília Meireles, lembrando que na época em que Jacques Klein dirigiu a Sala Cecília Meireles, alguns concursos de piano foram realizados.

Na abertura do festival, sábado, dia 11, a programação é dupla e começa às 18h, com a belga France Springuel (violoncelo) ao lado de Luiz Fernando Benedini (piano). Ela também terá a companhia de Bernardo Bessler (violino), Christine Springuel (viola) e Adriano Costa (contrabaixo).

A violoncelista manteve com Jacques Klein um trio, que tinha ainda o violinista italiano Salvatore Accardo. Eles se apresentavam com freqüência no Festival de Nápoles, dirigido por Salvatore.

Entretanto, o concerto mais aguardado da noite será o do pianista italiano Maurizio Baglini, a partir de 20h30min. Esta será a primeira audição da versão de Liszt para piano solo da Sinfonia nº 9 de Beethoven, no Brasil.
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Kantor · Enviada: Sex Nov 07, 2008 1:17 am Assunto:

Olá caros prestonautas!

Não sei se algum colega teve a (gloriosa)oportunidade de ver Jordi Savall se apresentando em São Paulo ou no Rio durante o mês de setembro. Se houve alguém que pôde estar presente, compartilharia conosco a experiência?

Pádua Fernandes · Enviada: Sex Nov 07, 2008 1:25 am Assunto:

Em São Paulo, eu o vi falar no Instituto Cervantes. No Rio de Janeiro, eu vi sua apresentação musical na Sala Cecília Meireles. Montserrat Figueras, doente, não veio ao Brasil. O filho de ambos cantou, porém a voz dele é mais adequada para música pop. Mas, como tenho que trabalhar, não posso escrever os detalhes agora.

Pádua Fernandes · Enviada: Sáb Mai 09, 2009 12:44 am Assunto:

Esqueci completamente de completar minha mensagem sobre o Savall.
Antes de poder fazê-lo, aviso que o tenor José Carreras, que teve sua grande fase nos anos 70, encerrou sua carreira operística:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u562889.shtml

Carlos Pianovski · Enviada: Sáb Mai 09, 2009 11:15 am Assunto:

A notícia, que também li ontem à noite, é estranha ... Ele não canta óperas, segundo foi divulgado quando ele esteve aqui em Curitiba no ano passado, desde 2002 ou 2003. (O concerto, aliás, foi constrangedor, o que já era esperado. Eu já tinha ouvido cantores decadentes, mas jamais um cantor "decaído").

Seria um factóide para recolocá-lo na mídia?

Pádua Fernandes · Enviada: Sáb Mai 09, 2009 5:48 pm Assunto:

Talvez ele fizesse ainda alguma apresentação ocasional. Mas, de fato, há muito ele não pode mais. Há anos ele já não conseguia cantar nem O sole mio direito (na década passada, ele já tinha que cantar "in fronteeeee a te", pois já não lhe era possível sustentar o agudo).

Laura · Enviada: Seg Mai 25, 2009 6:49 pm Assunto:

Deutsche Welle - 24.05.2009

Autor: Dieter David Scholz / Augusto Valente
Revisão: Roselaine Wandscheer

Os astros e a música: uma conexão milenar

Platão já relacionava a música e os astros. Kepler falava na "harmonia do mundo". O Ano Internacional da Astronomia é oportunidade para investigar essa fonte de inspiração: de Haydn e Offenbach a Messiaen e Stockhausen.

Seguindo uma proposta da União Astronômica Internacional (IAU), 2009 foi declarado Ano da Astronomia. Há 400 anos, em 1609, Galileu Galilei (1564-1642) e outros estudiosos utilizaram pela primeira vez telescópios para observações científicas. Além disso, com sua obra Astronomia Nova, Johannes Kepler estabeleceu naquele mesmo ano os fundamentos para que se compreendessem as leis físicas que regulam os corpos celestes.

"Ora – direis – ouvir estrelas!"

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: O espaço sideral: mistério e fascinação constantes

Vários séculos antes da era cristã, caldeus, assírios e babilônios já viam na música mais do que uma mera "decoração sonora" do mundo pelas mãos humanas. Até a alta Idade Média, essa arte fazia parte do cânon básico da formação erudita, ao lado da aritmética, geometria e astronomia.

Inúmeros estudiosos das grandes civilizações – em especial, os gregos Platão e Pitágoras – percebiam uma conexão entre o ser humano, seus sons e o cosmo. O estudo da música era encarado como uma chave para a compreensão do mundo.

Uma noção partilhada por esses pensadores era a de "harmonia das esferas". Segundo os filósofos pitagóricos, que se ocupavam da matemática e da harmonia numérica, as proporções e números astronômicos faziam soar as esferas siderais, resultando numa "música das estrelas".

No século 15, Nicolau Copérnico (1473–1543), pai da visão heliocêntrica do mundo, acreditava que através da música se poderia encontrar o caminho até as harmonias que deram origem ao universo. Para o astrônomo italiano, as relações entre as diferentes vozes musicais possuíam o potencial para reproduzir as proporções dos movimentos celestes.

Espelho dos destinos humanos

Bem antes de os caminhos da astronomia e da astrologia se separarem – uma em direção à ciência moderna, a outra relegada ao plano do esoterismo –, as estrelas e constelações representavam um papel importante na música. Na ópera, os corpos celestes frequentemente espelharam os destinos humanos.

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Montagem de uma opereta de Offenbach

É assim que, no final de La Callisto, do barroco veneziano Francesco Cavalli (1602-1676), sua casta protagonista, uma ninfa, é elevada às esferas estelares, tornando-se imortal. Da mesma forma, um século adiante, Joseph Haydn (1732-1809) fará a personagem principal de sua ópera bufa Il mondo della Luna ir procurar a felicidade no satélite da Terra.

Passado um século, Jacques Offenbach (1819-1880) se inspirará na obra de Jules Verne para sua Le voyage dans la Lune. Entretanto, para o compositor de operetas, o tema da viagem espacial é apenas pretexto para uma caricatura irônica da condição humana.

A Harmonia do Mundo

Quer na forma de piada, ironia ou significado profundo, a inspiração em temas astronômicos atravessa toda a história da música – operística, sinfônica e de câmara. Por exemplo, a maneira como o compositor inglês Gustav Holst (1874-1934) empregou um coro feminino – vocalizando sem texto –, no final de The Planets opus 32, sua obra mais popular, faz pensar na noção coperniciana de harmonia celeste.

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Johannes Kepler

Note-se que o último dos sete movimentos (a Terra não está incluída) dessa suíte orquestral de 1916 é Netuno, pois o planeta-anão Plutão (classificado como nono planeta, até a redefinição desse conceito pela IAU, em 24 de agosto de 2006) só seria descoberto 14 anos mais tarde.

O astrônomo alemão Johannes Kepler (1571–1630) estava convencido: "A alma humana fica alegre ao escutar sons harmônicos [consonâncias], mal-humorada ao escutar sons não harmônicos [dissonâncias]".

Também teólogo e matemático, ele tratava a música como emanação e alegoria da harmonia do mundo. E é justamente este o título da ópera baseada na vida de Kepler, que Paul Hindemith (1895-1963) escreveu na primeira metade da década de 1920: Die Harmonie der Welt.

Visões sublimes

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: 'Quarteto dos helicópteros', de Stockhausen, a ser executado em pleno voo, estreado na Alemanha em 2007

Eliminar as dissonâncias da vida através da música: uma bela, sublime visão que durante séculos elevou o valor espiritual da música a níveis astronômicos – no sentido literal do termo. E que seguiu movendo alguns compositores pelos séculos 20 e 21 adentro.

Considerem-se os poemas sinfônicos Des canyons aux étoiles, Couleurs de la cité céleste e outras obras místicas de Olivier Messiaen (1908-1992). Ou Karlheinz Stockhausen (1928-2007), que não só afirmava publicamente ser oriundo da estrela Sirius, como contava entre suas composições desde as miniaturas 12 melodias do Zodíaco até a visionária heptalogia cósmico-operística Licht, a ser executada ao longo de sete dias.

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