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Histórias de concertos...
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Calleres



Registado em: Terça-Feira, 14 de Novembro de 2006
Mensagens: 6
Localização: Algures - Brasil

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 12:01 pm    Assunto: Histórias de concertos... Responder com Citação

Bom, creio que ainda não exista um tópico assim no Presto, mas vou deixar um depoimento:

Certa vez no Allegro eu tinha dito que uma pessoa ao ir ao concerto, poderia até ir de chinelos e bermuda se assim quisesse, tudo isso pela divulgação da arte, só que eu ainda acho que as pessoas que tem que buscar a arte, enfim.

Nesta sexta-feira (23/02) fui à Sala São Paulo assistir ao concerto para piano e orquestra de Bèla Bartok, as Bachianas n°4 de Villa-Lobos e os Pinheiros de Roma de Respighi. Teve uma música no começo que era de um mexicano que não lembro o nome, pois bem... antes do Tio Nesch entrar em cena, as pessoas no salão central, ao invés de já estarem sentadas parecia uma feira do centro da cidade... celulares tocando, uma baderna. Minutos depois o maestro entra, e quando ele vai começar a reger, vários celulares continuam tocando. Tio Nesch fica P da vida e sai da sala, novamente toca o aviso para desligarem os celulares.

Agora está tudo perfeito, até que 2 minutos depois de já iniciado o concerto, a orquestra executando a música, TOCA UM CELULAR. Tio Nesch pára a música e olha pra gente com cara de morte. Foi espetacular, como o povo não tem educação.

Mas isso não foi o pior, na hora do concerto de Bartok, uma menina da pláteia que fica de frente pro maestro começou a tirar fotos com FLASH e o Tio Nesch fazendo não com a mão esquerda e regendo a orquestra, ele quase perde o compasso.

Enfim, mais umas das mil histórias de concerto...

Abraços,
Calleres



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Abraços,
Calleres


Editado pela última vez por Calleres em Seg Fev 26, 2007 7:50 pm, num total de 1 edição
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Sarastro



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
Mensagens: 900
Localização: Brasil

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 12:53 pm    Assunto: Responder com Citação

Da série "Perguntar Não Ofende":

Há medidas judiciais cabíveis contra a menina do flash ?

Calleres,
a peça inicial foi "Sensemayá", de Silvestre Revueltas.



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Va, pensiero, sull'ali dorate...
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Leonardo T. de Oliveira



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
Mensagens: 448
Localização: Curitiba-PR

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 2:52 pm    Assunto: Responder com Citação

Alguém estava presente quando o Miczuk parou o adágio da 7ª de Bruckner no meio, e num tom sepulcral anunciou: "Esta sinfonia foi interrompida por um celular" e começou tudo de novo?



_________________
Leonardo T. Oliveira
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Pádua Fernandes



Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006
Mensagens: 1229
Localização: São Paulo

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 5:14 pm    Assunto: Re: Histórias de concertos... Responder com Citação

Calleres escreveu:


Nesta sexta-feira (23/12) fui à Sala São Paulo assistir ao concerto para piano e orquestra de Bèla Bartok, as Bachianas n°4 de Villa-Lobos e os Pinheiros de Roma de Respighi. Teve uma música no começo que era de um mexicano que não lembro o nome, pois bem... antes do Tio Nesch entrar em cena, as pessoas no salão central, ao invés de já estarem sentadas, parecia uma feira do centro da cidade... celulares tocando, uma baderna. Minutos depois o maestro entra, e quando ele vai começa a reger, vários celulares continuam tocando. Tio Nesch fica P da vida e sai da sala, novamente toca o aviso para desligarem os celulares.

Agora está tudo perfeito, até que 2 minutos depois de já iniciado o concerto, a orquestra executando a música, TOCA UM CELULAR. Tio Nesch pára a música e olha pra gente com cara de morte. Foi espetacular, como o povo não tem educação.

Mas isso não foi o pior, na hora do concerto de Bartok, uma menina da pláteia que fica de frente pro maestro começou a tirar fotos com FLASH e o Tio Nesch fazendo não com a mão esquerda e regendo a orquestra, ele quase perder o compasso.


Não fui ver o concerto (estava trabalhando), mas li sobre o programa. A música era do Revueltas.
A elite de São Paulo é realmente tudo isso que Calleres conta e mais alguma coisa. no Cultura Artística é a mesma degradação, com Minkovski tendo que competir com os celulares.
Por isso é que é muito melhor cantar para a população sem-teto, que é mais sensível e não é arrogante, do que para essa escória.

Editando: agora que vi é que Sarastro já disse qual foi a peça. Quanto à menina, houve, se não me engano, violação do direito de imagem.


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Ricardovsky



Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006
Mensagens: 697
Localização: Teresópolis - RJ

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 6:53 pm    Assunto: Responder com Citação

Não me simpatizo com o "tio Nesch" (como disse o Calleres), mas também fico danado da vida com sons inoportunos advindos da platéia. Celular, para mim, é criação do diabo! Ô aparelho nojento. Às vezes cochilo no ônibus, após um dia exaustivo de trabalho, cochilo, é claro, até tocar um celular e acordar com o coração disparado. Nesse caso, considero falta de respeito mesmo, mas acredito que, no caso do concerto, apesar dos avisos, seja esquecimento de desligar o aparelho.

Pior é quando se trata de falta de uma respeito mesmo! Uma vez fui assistir à Nona de Beethoven no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e um grupinho, que não devia gostar de música clássica mas estava ali não sei por quê, ficava rindo da música e esnobando a apresentação. Aquilo me deixou tão mal humorado que me desconcentrei e não apreciei mais nada da música. Por essas e outras que prefiro ou pagar muito para assistir a um concerto ou ficar em casa, ouvindo meus cds.


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SérgioNepomuceno



Registado em: Segunda-Feira, 13 de Novembro de 2006
Mensagens: 273

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 8:50 pm    Assunto: Responder com Citação

Pádua, acho que vc está exagerando. TAmbém não gosto e acho feio essa gnte que entra e não sabe se portar, mas pra uma população sem teto ou carente,que não tem dinheiro pra comprar pão dormido em padaria de 7a categoria onde se mede '''as gramas''' do pão,há outras prioridades. Muitas vezes também é essa escória que banca uma estrutura por meio de verba privada,embora no bRasil apenas 0,00001215%do financiamento da osesp, por ex. seja privado,c/ meia dúzia de assinantes e patrocínios alla dolly guaraná

mas tem cada história. CErta vez eu fui prum barbazul e encontrei: uma moça vestida de rebelde;uma dona vestida de AMneris, c/ um adorno 'cabeçal'egípcio discretíssimo;uma moça vestida de chrysothemis, como no filme do Böhm de 80.
mas o pior foi uma flauta mágica ao ar livre toda deformada,c/ recitativos em português, tudo cortado e encenada c/fantoche. Não vou entrar em detalhes musicais nem da ""produção"" em si. ERa de graça, o povo,quando não tem o que fazer no domingo, vai mesmo, tinha pipoca,frango em sacola de epa e criança gritando e pulando pelas cadeiras de plásticos c/sapato sujo de lama procurando o papageno, que tinha lepra cerebral na 'montagem'. uma beleza.
NÃo vou entrar em detalhes,porque essa questão de ""popularizar"" m.clássica é muito espinhosa.


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Elimar



Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006
Mensagens: 254
Localização: Ipatinga - MG

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 9:17 pm    Assunto: Responder com Citação

SérgioNepomuceno escreveu:
Pádua, acho que vc está exagerando. TAmbém não gosto e acho feio essa gnte que entra e não sabe se portar, mas pra uma população sem teto ou carente,que não tem dinheiro pra comprar pão dormido em padaria de 7a categoria onde se mede '''as gramas''' do pão,há outras prioridades. Muitas vezes também é essa escória que banca uma estrutura por meio de verba privada,embora no bRasil apenas 0,00001215%do financiamento da osesp, por ex. seja privado,c/ meia dúzia de assinantes e patrocínios alla dolly guaraná

mas tem cada história. CErta vez eu fui prum barbazul e encontrei: uma moça vestida de rebelde;uma dona vestida de AMneris, c/ um adorno 'cabeçal'egípcio discretíssimo;uma moça vestida de chrysothemis, como no filme do Böhm de 80.
mas o pior foi uma flauta mágica ao ar livre toda deformada,c/ recitativos em português, tudo cortado e encenada c/fantoche. Não vou entrar em detalhes musicais nem da ""produção"" em si. ERa de graça, o povo,quando não tem o que fazer no domingo, vai mesmo, tinha pipoca,frango em sacola de epa e criança gritando e pulando pelas cadeiras de plásticos c/sapato sujo de lama procurando o papageno, que tinha lepra cerebral na 'montagem'. uma beleza.
NÃo vou entrar em detalhes,porque essa questão de ""popularizar"" m.clássica é muito espinhosa.



Que coisa, né?


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Pádua Fernandes



Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006
Mensagens: 1229
Localização: São Paulo

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 9:21 pm    Assunto: Responder com Citação

Caro Sérgio Nepomuceno,
qual foi a última vez que você se apresentou para os sem-teto? Você fala do alto de sua experiência ou de seu conhecimento sobre o assunto, ou sem base alguma?
Aliás, não acredito que pão e arte se excluam. Como diziam os Titãs, a gente não quer só comida. O trabalho que eu e amigos fazemos com essa população utiliza a arte, que é um instrumento de inclusão social, e não de esnobismo e ostentação.




Editado pela última vez por Pádua Fernandes em Seg Fev 26, 2007 9:25 pm, num total de 1 edição
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Elimar



Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006
Mensagens: 254
Localização: Ipatinga - MG

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 9:25 pm    Assunto: Responder com Citação

Padua, acaba de ganhar um fã!
Eu!


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SérgioNepomuceno



Registado em: Segunda-Feira, 13 de Novembro de 2006
Mensagens: 273

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 9:27 pm    Assunto: Responder com Citação

eu me apresento mesmo, ajudo mais do que vocÊ imagina e adoro conversar c/eles;vou sempre em NAtal e até já ensinei as cores em inglês p/meninos em uma instituição pobre de câncer infantil q freqüento de vez em quando. MAs se a senhora está passando fome,a moça tem vermes e o garotinho morre de diarréia, não vou falar sobre lied ou SChumann. É isso o que eu quis dizer,você distorceu e me colocou na posição de preoconceituoso e despreocupado. é muito pelo contrário; falei apenas de prioridades em tom amigável.


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Pádua Fernandes



Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006
Mensagens: 1229
Localização: São Paulo

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 9:42 pm    Assunto: Responder com Citação

Elimar,
se você tivesse visto a dificuldade que tive em aprender umas escalas cromáticas no Villa-Lobos, não diria isso!

Que bom, Sérgio. Mas eu achava que você também se apresentava musicalmente. E que iria ensinar as cores em alemão, em homenagem a Wagner e Richard Strauss!
E volto a discordar: não acho que as coisas se excluam, a não ser nesses casos gravíssimos que você menciona dramaticamente. A arte pode ser um instrumento para inclusão social. Por isso, na comunidade com que colaboro, além das oficinas de alfabetização e de reciclagem, são feitas apresentações de teatro e música (as crianças adoram) e visitas guiadas à Pinacoteca. Por sinal, funcionários da Pinacoteca também ajudam.
E, na terça de carnaval, levamos o Zé Celso/Antônio Conselheiro para lá - fez uma performance que levantou o astral de todos. A Folha publicou uma boa matéria a respeito. Eis uma entrevista:

http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2007/02/373886.shtml


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igor



Registado em: Segunda-Feira, 18 de Dezembro de 2006
Mensagens: 17

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 9:54 pm    Assunto: Responder com Citação

eu evito ir em concertos pra não passar raiva


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volneids



Registado em: Domingo, 7 de Janeiro de 2007
Mensagens: 64
Localização: Sumaré/SP

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 11:49 pm    Assunto: Responder com Citação

Lembro-me de um concerto para piano em Campinas, com a OSMC, em que havia algumas moças na primeira fila conversando. Eu não havia percebido a conversa (estava sentado mais ao fundo), mas me assustei quando a pianista (cujo nome não me lembro) se virou para a platéia e, SEM PARAR DE TOCAR, emitiu um sonoro "SSSHIIUUUU" com uma cara de assustar leão!

Seria cômico se não fosse trágico...


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Divo



Registado em: Quarta-Feira, 14 de Fevereiro de 2007
Mensagens: 17

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 11:50 pm    Assunto: Responder com Citação

a sala de concerto e um templo eas pessoas deveriam saber se portar devidamente la dentro, principalmentequando falamos de concertos pagos. afinal, o nosso vizinho de cadeiranao pagou pra ouvir a pour elise tocando no meu motorola, hahaha.



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Era amorosa la tua Manon?
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Leonardo T. de Oliveira



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
Mensagens: 448
Localização: Curitiba-PR

MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 11:50 pm    Assunto: Responder com Citação

A Cristina Ortiz já fez certas caretas pro público enquanto tocava..., impõe respeito e impressiona ao mesmo tempo.



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Leonardo T. Oliveira
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