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Copa Dos Compositores do Século XX - ENCERRADA -12/02/07
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Amancio



Registado em: Segunda-Feira, 6 de Novembro de 2006
Mensagens: 1102
Localização: Curitiba-PR

MensagemEnviada: Seg Jan 29, 2007 1:31 pm    Assunto: Responder com Citação

Laura escreveu:
Deu pra entender?

Sim! Perfeitamente! É isso! Mas o que continua inexplicável é: por mais inassobiáveis e "feios" (risos) que os temas de Brahms sejam, ainda são temas que se consegue acompanhar. Já no próprio exemplo que vc deu aí de Schumann, não consigo ver isso.

E mesmo quando Schumann nos presenteia com melodias bonitas (penso imediatamente no In wunderschönen Monat Mai, que abre os Dichterliebe), sinto uma falta de orientação, uma indecisão de rumos, isso me quebra as pernas...

Bosco,

Prometo re-ouvir pelo menos a Sonata em Si menor e o Soneto de Petrarca. A falta de intimidade com a linguagem dele me impede de querer ouvir mais ou procurar obras novas, e por isso não consigo desgrudar do Liszt esse rótulo de "virtuosismo gratuito".


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SérgioNepomuceno



Registado em: Segunda-Feira, 13 de Novembro de 2006
Mensagens: 273

MensagemEnviada: Seg Jan 29, 2007 1:56 pm    Assunto: Responder com Citação

LaURA, parabéns!!! exposição m.bem estruturada!!


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(berber)



Registado em: Quinta-Feira, 16 de Novembro de 2006
Mensagens: 468
Localização: California

MensagemEnviada: Seg Jan 29, 2007 4:50 pm    Assunto: Responder com Citação

O Schumann era muito bom nas melodias e ideias musicais, mas nao se destacava nos desenvolvimentos complicados e cerebrais, por assim dizer. Sua musica e' mais "pura", como se fosse mais talento do que trabalho. Beethoven tem a famosa frase que com trabalho e talento se chega ao auge, e ele conseguiu.
Brahms cai no meio, com muito trabalho em cada passagem, cada compasso. A questao das melodias "feias" e' questionavel, pois peguem as cancoes dele, por exemplo. Acho que no caso de Brahsms, ele criava suas melodias de acordo com a instrumentacao. Por exemplo, no concerto para piano, a melodia principal tem caracteristicas puramente instrumentais, como os saltos. Mas reparem no segundo tema, ai' a caracteristica e' mais melodica. Acho que ele compunha melodias "vocais" (bonitas nos termos aqui) quando a musica pedia, assim como as melodias "instrumentais" (feias -!?!).
Enfim, por isso Schumann e' conhecido mais pelas suas miniaturas do que pelas obras extensas, que requerem mais "suor" do que ideias, por assim dizer.
O caso do Liszt e' um pouco diferente. Ele tem musicas que sao puro virtuosismo, como as transcricoes das operas, etc. E outras muito mais maduras e musicais, como a propria sonata em Si, ja' mencionada. E' como se fosse dois compositores completamente diferentes. Amancio - existe musica em Liszt, acredite em nos!!! Wink
Quanto Rachmaninoff, ainda nao entendi o que vc quer dizer. Tem como dar algum exemplo? Tipo as transcricoes de Liszt, ou algo que seja puramente virtuosistico em Rach? Ate' mesmo os estudos - que teriam motivo para serem somente uma exibicao tecnica - sao muito musicais e belos.


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Bosco



Registado em: Sábado, 18 de Novembro de 2006
Mensagens: 211

MensagemEnviada: Seg Jan 29, 2007 9:07 pm    Assunto: Responder com Citação

Leonardo T. de Oliveira escreveu:

Bom, nem Schumann nem Brahms costumam ser lembrados como grandes melodistas... a música alemã tinha à mão uma tradição que enfatizava o chassis da harmonia na sua linguagem... Em Brahms o 1º mov. do Concerto pra Piano No. 1 e também o da Primeira Sinfonia têm até certa função formal: da mesma maneira que a Primeira Sinfonia começa angulosa e não-assobiável.


Se citarmos os exemplos certos defendemos qualquer idéia. É evidente, pelo o que Leonardo falou, que as melodias de Brahms não eram cantaroláveis. Um certo crítico da época dizia que em Beethoven ainda era possível notar alguma herança italiana, enquanto que em Brahms isso não existia; o que era "detestável" para ele. Mas o (berber) chama atenção para o Brahms melodista:"peguem as cancoes dele, por exemplo". Eu também diria: ouçam as sonatas para violino ou as sonatas pra clarineta. Quer melhor melodista que Brahms? Até mesmo a Quarta sinfonia, consigo cantá-la toda de memória. O domínio da técnica, das variações e "descontruções" não seriam nada se o compositor não tivesse o que dizer. Acho que a melodia de Brahms também é a alma de sua música.


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ZpinoZ



Registado em: Sexta-Feira, 24 de Novembro de 2006
Mensagens: 600
Localização: São Paulo

MensagemEnviada: Seg Jan 29, 2007 9:14 pm    Assunto: Responder com Citação

Editei o primeiro post do tópico para um novo TOTAL PARCIAL, até 29/01/2007 (22:00)

Total de 14 votantes


Os 10 Primeiros

01 PROKOFIEV - 132
02 MAHLER - 119,5
03 STRAVINSKY - 119,5
04 BARTÓK - 116,5
05 SHOSTAKOVICH - 72,5
06 VILLA LOBOS - 64
07 SIBELIUS - 60,5
08 DEBUSSY - 52,5
09 RAVEL - 42
10 RACHMANINOFF - 32


z


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Lohmax



Registado em: Domingo, 17 de Dezembro de 2006
Mensagens: 41
Localização: Porto Alegre

MensagemEnviada: Seg Jan 29, 2007 9:39 pm    Assunto: Responder com Citação

Voltei do exílio! (Por uns dias.)

Ok, here we go:
1. Mahler
2. Bartók
3. Boulez
4. Stravinsky
5. Webern
6. Schoenberg
7. Ravel
8. Berg
9. Strauss
10. Sibelius

Abração a todos!
Henrique


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Bruno Gripp



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
Mensagens: 725
Localização: Belo Horizonte

MensagemEnviada: Seg Jan 29, 2007 11:26 pm    Assunto: Responder com Citação

Só para provocar.
Nunca precisei de mais de meia audição para amar praticamente qualquer obra de Brahms (com a nobre exeção do primeiro concerto para piano), e acho que para praticamente todas as pessoas de bom gosto e que nào dizem que gostam de Brahms por razões, digamos assim, sociais (bom, isso existe). Dizer que ele nào é melodista é um chavão de toda forma, evidentemente ele é mais lembrado pela sua engenhosidade formal e harmônica, mas há melodias maravilhosas em sua obra. O que dizer do primeiro tema da quarta sinfonia? Meu Deus, o que é aquilo? Foi paixão pela primeira vez, aquela melodia aparentemente incompleta, quente e nostálgica ao mesmo tempo, raras vezes ouvi algo como aquilo. Brahms é único nessa habilidade em compor melodias que parecem incompletas mas na verdade são ao mesmo tempo bonitas e formalmente consequentes.

Além disso, se Brahms compusesse obras para serem apreciada com várias audições, eu o consideraria um compositor fracassado. Basta imaginar como era a vida musical da Viena do século XIX. Sem gravações, com duzentos compositores concorrentes, um público e uma crítica vorazes, uma obra que não conseguisse se expressar na primeira audição estaria fatalmente condenada ao fracasso, junto com seu compositor. E não foi isso o que aconteceu, o círculo de Brahms gostou bastante de praticamente todas suas grandes obras, basta ler as críticas da época. Se Brahms realmente fosse um compositor como, digamos, Pierre Boulez, seu nome seria hoje de um nome de nota de rodapé da versão completa do Grove!

Isso nòa significa dizer que a obra de Brahms não renda boas descobertas em audiçòes futuras. Toda grande música oferece isso.

A propósito: tem muita coisa de Liszt que muito aprecio, a sonata Dante e a Sonata em Si menor lá na frente. Gosto de algumas paráfrases de ópera (a paráfrase do Rigoletto é uma jóia), os estudos de execução transcendental e outras obras do gênero não são tanto do meu feitio. Já há outras obras que nào consigo apreciar de jeito algum, os poemas sinfônicos e os concertos para piano, especialmente o primeiro que deve ter a orquestração mais banal e barulhenta da história. E consigo reconhecer a ousadia da Sinfonia Fausto, mas não consigo gostar dela. Acho, portanto, Liszt um compositor bastante desigual. Já de Schumann, ainda estou procurando algo além de suas canções...




Editado pela última vez por Bruno Gripp em Seg Jan 29, 2007 11:39 pm, num total de 1 edição
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Pádua Fernandes



Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006
Mensagens: 1229
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MensagemEnviada: Seg Jan 29, 2007 11:35 pm    Assunto: Responder com Citação

Comigo foi o contrário do que aconteceu com Bruno. Passei anos só gostando, em relação a Brahms, da música de câmara. Só há uns dois anos é que fui gostar das sinfonias, devido a uma terceira regida por Furtwängler.
E ainda ouço sem paixão alguma os concertos para piano.

Outro "contrário": comprei na semana passada um disco de Boulez com três obras que nunca tinha ouvido. Já pude experimentar uma delas, a Messagesquisse, e achei linda, linda, conquistou-me logo na primeira audição.
Mas paixões, e à primeira vista, são mesmo assunto personalíssimo, não há regra geral para elas.


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Bruno Gripp



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Seg Jan 29, 2007 11:41 pm    Assunto: Responder com Citação

Brahms foi um compositor que demorei para conhecer, acho que foi aos 16, 17 anos quando comprei em um sebo o concerto duplo com a Mutter e o Meneses sob a batuta de Karajan. Foi amor à primeira audição. E se eu sou capaz de gostar de uma música com a regência do Karajan, pode saber que é um amor quase incontestável.


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Pádua Fernandes



Registado em: Terça-Feira, 7 de Novembro de 2006
Mensagens: 1229
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MensagemEnviada: Seg Jan 29, 2007 11:46 pm    Assunto: Responder com Citação

Conheci essa gravação Meneses/Mutter/Karajan já em cd, mas também há bastante tempo. Esse concerto também me deixa frio.
Bruno, Karajan é geralmente melhor em Brahms do que em Mozart...


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Bruno Gripp



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Ter Jan 30, 2007 12:03 am    Assunto: Responder com Citação

Mas acho esse negócio de "várias audições" um mito. Desculpável somente se a leitura original foi muito ruim (e efetivamente isto enviou diversas obras primas ao limbo). Creio que uma pessoa gostaria de qualquer coisa que ouvisse várias vezes de modo obsessivo. De certa forma decora-se a música e a resposta às espectativas cria algum tipo de prazer que é estético apenas na sua origem. Ou seja, muita gente gosta de muita coisa apenas por que outra pessoa disse que é bom e nos treinamos para isso. Falo isso por experiência própria, por alguns anos me treinei para gostar de Wagner e a sensação que tenho vendo em perspectiva era a de que me treinei para isso e de que a experiência que tive era estética apenas em um nível superficial, quase fisiológica.

Acho que muita gente faz isso, muito por razão do prestígio de determinado nome, por influência de amigos, pelo vulto que tal nome adquiriu. Como a experiÊncia estética é primeiramente individual e não social (embora obviamente ser governado por regras que têm origem no coletivo) é uma forma completamente equivocada de experiÊncia estética: limitadora e criadora de mitos e um tipo de auto engano. Se não gostou de algo? Volte a ele daqui a alguns anos, talvez goste, mas talvez não.

Vejo muita gente se amestrando para gostar de algumas obras acho isto completamente negativo. Bom, acho que é uma emnsagem que surgiu de Brahms, mas é EXTREMAMENTE válida para um tópico sobre o século XX. Há muito disso nessa época.


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Bruno Gripp



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Ter Jan 30, 2007 12:04 am    Assunto: Responder com Citação

Pádua Fernandes escreveu:
Conheci essa gravação Meneses/Mutter/Karajan já em cd, mas também há bastante tempo. Esse concerto também me deixa frio.
Bruno, Karajan é geralmente melhor em Brahms do que em Mozart...


Fato, mas há diversos regentes melhores. Até Harnoncourt, eu me arriscaria a dizer. E tenho que confessar, a regência de Furtwängler para a quarta sinfonia é imbatível. Mas Toscanini na primeira deve ser a interpretação mais elétrica que conheço, do jeito que eu gosto. Smile


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Leonardo T. de Oliveira



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
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MensagemEnviada: Ter Jan 30, 2007 12:39 am    Assunto: Responder com Citação

Bosco escreveu:
Se citarmos os exemplos certos defendemos qualquer idéia. É evidente, pelo o que Leonardo falou, que as melodias de Brahms não eram cantaroláveis. (...) Mas o (berber) chama atenção para o Brahms melodista:"peguem as cancoes dele, por exemplo". Eu também diria: ouçam as sonatas para violino ou as sonatas pra clarineta. Quer melhor melodista que Brahms? Até mesmo a Quarta sinfonia, consigo cantá-la toda de memória. O domínio da técnica, das variações e "descontruções" não seriam nada se o compositor não tivesse o que dizer. Acho que a melodia de Brahms também é a alma de sua música.


Corrigir uma afirmação acusando-a de ser generalizante também é a coisa mais fácil do mundo.

Eu não disse que Brahms não é um bom melodista. Na verdade estou muito surpreso com a reação de quem se deu ao trabalho de justificar o contrário. Eu disse, depois de lembrar que o senso comum não costuma se lembrar de Brahms ou Schumann ao buscar eleger um grande melodista, que é próprio da tradição do romantismo alemão assumir e recorrer à harmonia como raíz da construção formal de sua música. E em seguida eu disse que esse aspecto "anti-melódico" em Brahms bem pode representar uma estratégia formal, mais do que uma técnica ou um estilo: com o exemplo auto-suficiente do melodismo do 4º mov. da Primeira Sinfonia em oposição ao 1º mov. Ironicamente, fora esse exemplo que eu mesmo dei na última mensagem, eu conheço o bastante pra dar exemplos que constrangem o julgamento de que Brahms é um mau melodista: a introdução do Trio p/ Piano No. 1 é cantabile em tudo o que tem direito, as seções externas dos andamentos lentos dos seus concertos, por vezes tornando solista um instrumento da orquestra (cello no Concerto pra Piano No. 2 e oboé no Concerto para Violino) são declaradamente "assobiáveis", as sonatas para violino - o que não deveria ser diferente -, o famoso Allegretto da Terceira Sinfonia, etc., etc., etc.

Não entendi aonde você quis chegar, Bosco.

Bruno Gripp escreveu:
Acho, portanto, Liszt um compositor bastante desigual.


A obra de Liszt é totalmente instável. Ao contrário do que uma patrulha anti-generalizante queira corrigir, não existe nenhum absurdo em se surpreender com o tal "virtuosismo gratuito" de Liszt: muitas das suas obras - bem-reconhecidas ou não - exemplificam sua técnica de submeter um motivo musical simples a uma deliberação de efeitos que enriquecem esse motivo. Mas, nesse sentido, um compositor desonesto não seria capaz de compor a Sonata em Si menor, e a defesa do Liszt mais enriquecedor é bem-vinda. Também gosto da Sonata Dante e dos Estudos Transcendentais, e acho manhosa a Bagatela sem tonalidade e a Sinfonia Fausto.

Bruno Gripp escreveu:
Até Harnoncourt, eu me arriscaria a dizer.


A gravação do Harnoncourt da obra orquestral de Brahms é tudo aquilo que eu tive vontade de ouvir um dia, antes mesmo de conhecer a gravação. Bem interessante.

[]'s.



_________________
Leonardo T. Oliveira
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Bruno Gripp



Registado em: Quinta-Feira, 2 de Novembro de 2006
Mensagens: 725
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MensagemEnviada: Ter Jan 30, 2007 12:48 am    Assunto: Responder com Citação

Leonardo T. de Oliveira escreveu:
Ao contrário do que uma patrulha anti-generalizante queira corrigir, não existe nenhum absurdo em se surpreender com o tal "virtuosismo gratuito" de Liszt: muitas das suas obras - bem-reconhecidas ou não - exemplificam sua técnica de submeter um motivo musical simples a uma deliberação de efeitos que enriquecem esse motivo.


Sim, isso é verdade, citei a paráfrase do Rigoletto, que é muito bonita, mas mesmo esta obra tem vários momentos completamente superficiais: como escalas de inversão no quinto dedo, arpejos de 16a. em semifusas nas duas mãos em movimento contrário, coisas absurdamente difíceis sem lá muita razão musical, apenas mero enfeite.

E concordo que esta patrulha "anti-generalizante" é realmente insuportável, trabalha com assunçòes ad hoc, são o oposto da inteligência. Creio que seja impossível negar que Liszt é um compositor que em QUASE QUALQUER OBRA para piano seja auto-indulgenteem relação ao virtuosismo pianistico. O que se pode argumentar é que 1)o virtuosismo não atrapalha ou 2)ele mesmo pode ser um aspecto de fruição, menos intelectual, é verdade, mas não menos válido. O Bosco não se valeu disso e tentou negar o óbvio apenas dizendo que era generalizante, é, mas é válido. A quantidade de exemplos é maior do que de contra exemplos.


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Bosco



Registado em: Sábado, 18 de Novembro de 2006
Mensagens: 211

MensagemEnviada: Ter Jan 30, 2007 8:38 am    Assunto: Responder com Citação

Leonardo,

Você focou a luz de um lado, e eu só coloquei do outro. Nada mais.

Mas você e Bruno acertaram, eu faço parte do esquadrão anti-generalizante, 24 horas atento pra qualquer aberração. E "virtuosismo gratuito" é uma expressão injusta para obras importantes de Liszt. "Vallee d'Obermann" e "Apres une lecture du Dante" são obras geniais e virtuosas (a la Vivaldi, por exemplo), mas nada gratuito.


Bruno,

Sobre "Nunca precisei de mais de meia audição para amar praticamente qualquer obra de Brahms" não explicaria a dificuldade que muitos ouvintes tiveram e ainda tem com as obras de Brahms. E seria injusto com nosso colega Pádua, "que para praticamente todas as pessoas de bom gosto" devam gostar de Brahms. Além disso estava falando da receptividade da época. Você sabe muito bem que o intérprete é quem defende a música. E eu já vi coisas aqui no Recife, por exemplo, que me fizeram duvidar da qualidade da Segunda Sinfonia de Brahms. Mesmo Brahms ao piano, vacilava. E os defensores como Clara Schumann, não entendiam certas obras. A inúmeras audições e as grande defesas (concordo sobre Furtwangler na Quarta) é que levaram o grande público a amar a música de Brahms.


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