Autor Mensagem
fanermaluco
MensagemEnviada: Sáb Dez 02, 2006 11:14 pm    Assunto:

deixa logo de conversa, cabra, que eu também sou pernambucano, e não gosto de converdsa fiada! desencava logo a tua análise, e deixe de coisa!
fanermaluco
MensagemEnviada: Sáb Dez 02, 2006 11:12 pm    Assunto:

Moteto de Schönberg (sátira à Stravinsky)

"Lá vem o pequeno Modernsky,
com sua legítima peruca de cabelos postiços...
ele quer imitar papai bach..."
mhbgol
MensagemEnviada: Sáb Dez 02, 2006 7:24 pm    Assunto:

Fanermaluco,

Eu só quero dizer que a música clássica/neoclássica é feita assim, com funções harmônicas que são de domínio público. E o fato de Berg inventar estruturas harmônicas não é o que fez a música dele famosa, pois isso é o que se espera de um compositor expressionista!

Bosco,

Tem gente que realmente admira muito o bom compositor barroco/neobarroco por que ele é capaz de realizar qualquer encomenda [vide o caso de Bach e Stravinsky].
Bosco
MensagemEnviada: Sáb Dez 02, 2006 4:45 pm    Assunto:

Pois é, Mário, é uma questão de escolha. Aliás, eu diria que é até mais arriscado escrever música tonal ou bitonal, já que o passado parece ter esgotado as possibilidades nessa estrada. Além disso ser revolucionário não dá status algum a um compositor, caso contrário teríamos John Cage no altar das nossas casas.
fanermaluco
MensagemEnviada: Sáb Dez 02, 2006 4:44 pm    Assunto:

Vamos fazer algo? Vc escreve (ou transcreve...) uma ANALíse de qualquer Sinfonia do herói do povo, que eu transcrevo uma de qualquer peça da escola de viena (II), e aí vamos comparar, aquela atividade q os russos e brasileiros (compositores [?]) detestam fazer...depois nós falamos de proporções, mensuração áurea (vc foi aluno da Ester Sclyar? ela adorava estas expressões... como estudei privadamente com uma aluna dela, conheço esse vocábulário de longe)...gostaria q vc demonstrase as proporções q vc citou inicialmente nas obras do Herói do Povo Russo...
mhbgol
MensagemEnviada: Sáb Dez 02, 2006 4:01 pm    Assunto:

Fanermaluco,

Infelizmente Shostakovich, como Mozart usa estruturas harmônicas pré-definidas com finais, mediantes e dominantes que são de domínio público.
Já Berg realmente cria uma estrutura harmônica para cada peça, Debussy fazia isso também; mas nesse caso devido ao contraponto livre, não-tonal que ele adotava. Aliás, Shostakovich, infelizmente, também não é tonal; é bitonal. E quem pode escrever ainda tonal, depois do romantismo ?
É assim que a vida feita, de escolhas. Cada um escolhe o que gosta !
Bruno, Amâncio; também estou morrendo de saudade de conversar sobre música com vocês Smile .
fanermaluco
MensagemEnviada: Sex Dez 01, 2006 1:18 am    Assunto:

não estou apedrejando ninguém....só q Webern fazia música na qual os conceitos de forma, relações (vertical e horizontal)i.e., proporções estavam milhas à frente do S. que, na mesma época se amarrava à tonalidade para defender Stalingrado... a harmonia de Berg, Webern e Schönberg é revolucionária, e dela resultaram formas revolucionárias e uma linguagem revolucionária...para maiores informações: George Perle, as óperas de Alban berg (2 vls: atenção especial à análise da penúltima cena do 3° ato) por favor, não me forcem a reproduzr a análise inteira...
Bruno Gripp
MensagemEnviada: Qui Nov 30, 2006 7:34 pm    Assunto:

Mário,
Você acredita que eu senti saudades de você?

Seja bem vindo! Laughing
mhbgol
MensagemEnviada: Qui Nov 30, 2006 7:24 pm    Assunto:

Fanermaluco,

A harmonia de uma música construída conteudisticamente porque a ordem de relevância é orquestração; forma, harmonia e contraponto. A orquestração determina uma forma complexa que por sua vez precisa de uma harmonia mais complexa e um contraponto mais complexo ainda.
Assim é a música expressionista e romântica.

Na música clássica e neoclássica, a orquestração é determinada pelo consumidor. Assim temos a forma como elemento que domina a harmonia que deve ser complexa e que leva a um contraponto mais complexo ainda.

Na música barroca e neobarroca, a orquestração e a forma é determinada pelo consumidor. Assim a harmonia é o elemento dominante que determina um contraponto complexo.

Na música renacentista e impressionista; a orquestração, forma e harmonia é determinada pelo consumidor. Assim só resta ao compositor determinar o contraponto.

Lógico que nas versões há uma liberdade, não muita, em relação a vontade do consumidor. Mas como nosso mundo é (1+3)D; o compositor só é realmente livre de amarras no romantismo e expressionismo. Isso faz muita gente ser apaixonado pelo renascimento e impressionismo. Já que a capacidade de um compositor desse naipe deve ser bem mais, digamos, ativa ! Afinal, ele não domina inteiramente o seu produto.
Eis a minha opnião: é bom levar isto em conta antes de apredejar algum compositor. Evitam-se distorções !!
fanermaluco
MensagemEnviada: Qua Nov 29, 2006 11:09 pm    Assunto:

Não! Por q música não fala apenas de proporções, mas de como obtê-las via materiais diversos...o conhecimento de harmonia de shostakovitch é 1ario, comparado com o de Berg. Berg criou uma forma musical na penúltima cena do Wozzeck, partindo de um hexacorde, cujas progreesões resultantes mantém paráfrases de relações tonais com o acorde original. shostakovitch trabalha pecinhas de lego, Berg com cristais...
Amancio
MensagemEnviada: Qua Nov 29, 2006 9:25 pm    Assunto:

Mário, vc estava fazendo falta! Laughing
mhbgol
MensagemEnviada: Qua Nov 29, 2006 8:45 pm    Assunto: Meramente uma diferença geométrica !

A diferença entre Shostakovich que é neoclássico e Berg que é expressionista é meramente geométrica. Shostakovich constrói o som volumetricamente (3D), já Berg o faz conteudisticamente [ (1+3)D ]. Portanto Berg só ganha de Shostakovich na dimensionalidade geométrica:
4 (espaço-tempo) > 3 (volume) !
Pádua Fernandes
MensagemEnviada: Sex Nov 17, 2006 11:38 pm    Assunto:

Ai, as antigas discussões mortas do Allegro chegarma ao Presto, como zumbis de olhos já totalmente roídos.
Bruno Gripp, politicamente, é de direita (por isso o seu chiste de que não existem wagnerianos de direita - ele não gosta de Wagner) e anticomunista. A defesa que fez de Chostakovich contra o desdém teutônico não tem relação alguma com uma suposta nostalgia pelo extinto regime totalitário da URSS.
Ademais, quando ele usava ainda calças curtas (há pouco tempo, ele acabou de confessar que, na sua infância, o vinil já tinha cedido ao cd), ele adorava Wagner. E ele conhece Richard Strauss, mas aquele peso e ênfase tipicamente germânicos ferem-lhe hoje os ouvidos, acostumados às sutilezas e proporções de Rameau e outros (esse e peso e essa ênfase têm relação com a falta de humor de muitos wagnerianos...)
E ele conhece Elektra, óbvio. Mas não gosta.

Mas Gripp fala contra o evolucionismo musical (Wagner é um dos culpados disso com aquela história de "música do futuro"; bem, o século de Darwin é o XIX) e contra as pretensões monopolizantes dos padrões germânicos. Outras mensagens neste tópico tomaram por pressupostos esses dois fatores e passaram ao largo do justo questionamento do Gripp.
O problema deste tópico, creio, é antes antropológico do que musical: tanto o evolucionismo quanto o germanocentrismo, preconceitos que estruturam aquelas mensagens, foram desmontados pelos antropólogos no começo do século XX...
Bruno Gripp
MensagemEnviada: Sex Nov 17, 2006 8:06 pm    Assunto:

Por que a wagnerianos e similares nacionais falta tanto senso de humor?
SérgioNepomuceno
MensagemEnviada: Sex Nov 17, 2006 7:58 pm    Assunto:

Se não twem paciência, não passou de wo bleibt elektra?; se não passou, seria impossível fazer julgamento. Elektra é complexíssima, isso é fato; quem não tem '''paciência''' e conhecimento de sua estrutura, não está apto a classificá-la como "operazinha de 5a categoria". Seria ótimo discutir a respeito de sua estrutura com quem acha que ela é um conto de fadas de três pervertidas histéricas gritando e correndo por um palco, porém se você agradece por não ter conhecimento de causa, nem isso seria possível.

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