Autor Mensagem
Guiomar
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 8:31 pm    Assunto:

Que legal que você gostou do modelo de minisystem que eu adquiri, ZpinoZ! Fiz uma boa pesquisa, e esse foi a melhor relação custo-benefício que eu encontrei (compatível com meu bolso, lógico).

Bem, quanto às apresentações ao vivo de música erudita, sem dúvida são infinitamente superiores, mas infelizmente não temos as mesmas oportunidades daqueles que vivem em países europeus, onde esse tipo de evento é bem mais acessível. Enquanto isso, vou me contentando com o meu modesto "Hi-Fi"...
Pra quem quer um som barato e de boa qualidade, recomendo esse modelo. Meus humildes e neófitos ouvidos estão bastante satisfeitos!

Abração!
ZpinoZ
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 6:18 pm    Assunto:

Bosco,

Desculpe-me discorrer longamente sobre o assunto.

Eu tenho um setup de som que atende, com sobra, todas essas especificações. Quem me ajudou a montar, com seus inestimáveis, bem fundamentados e abalizados conselhos, foi o LEITOR DE MANUAL, Pedro Molk, do inesgotável Allegro. Entretanto ele (meu conjunto de som) me é completamente infiel.

Porém o ponto que venho tentando evidenciar e ressaltar é que existe uma diferença abissal entre a música ao vivo e a mesma música reproduzida. De certa forma, como metáfora, poderíamos pensar na distância que separa a fotografia da paisagem fotografada.

Não nego, inclusive, que o equipamento, o fotografo, o olhar inusitado, transforma, transfigura e reinterpreta a paisagem real, melhorando e acrescentando nela aspectos, cores, ângulos que enriquecem a realidade. Observe, entretanto, que, como suporte, a paisagem (ou o modelo) ainda continua sendo mais rica, porque depois disso tudo ainda remanesce nela a possibilidade de outras infinitas transfigurações.

Existe um livro (Conversando com Karajan – Richard Osborne) em que o maestro alemão - que deu importante contribuição ao avanço técnico das gravações de música erudita - discorre demoradamente sobre os problemas de captura magnética (ou digital) da obra executada. Acompanhando a conversa percebemos o quanto são arbitrários, aleatórios, precários e pessoais os esquemas e mecanismos de registro do som produzido.

Depois de gravada, ainda existem várias camadas superpostas de tratamento da música, modifica-se timbre, intensidade, volume, corpo da música etc. É bom lembrar que todas essas camadas acrescidas são contribuições, escolhas, opções pessoais e individuais - filtros e mais filtros - dos engenheiros de som, do diretor de som, do próprio artista que pode sugerir correções, ênfases etc. Enfim a música, para ser convertida em meio magnético ou digital, necessariamente, é radicalmente transformada. É como no exemplo do fotografo, em muitos casos, produtores e diretores geniais podem evidentemente melhorar e transfigurar a obra.

Como já antecipei em posts anteriores, em Jazz, ou músicas com viés jazzístico, isso é esperado, valorizado, admirado, de tal forma que, se não acontece, a musica é julgada fria, primária etc. Não sendo incomum que apresentações ao vivo sejam um anticlímax.

Entretanto, como vários já salientaram neste tópico, em música clássica, e, maiormente em peças para orquestras, isso é sempre e progressivamente complicado. De tal forma que não há alternativa, nem depende, em última instância, de setups de aparelhos (estéreo, home-theater, mini system, sistemas high-end caríssimos etc) a reprodução com fidelidade da música clássica (e, enfim, de qualquer música) ao vivo é inalcansável. Assim, em nosso presente state-of-art de desenvolvimento, o termo Hi-Fi é uma falácia, um engodo técnico. Isto é, pode até ser tecnicamente alta, mas não e fiel.

Entretanto CDs, DVDs, (Vinil, K-7, para quem gosta) são imprescindíveis, porque é impossível ouvir tudo ao vivo. E as interpretações passadas só podem ser preservadas desta forma.

Perdoem-me a extensão do post, quem sabe devido à minha ambigüidade de amores. Sou fanático por música ao vivo, mas também minha coleção de CDs, DVDs cresce descontroladamente.

Z
Bosco
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 4:16 pm    Assunto:

ZpinoZ escreveu:

Bosco,

Existe um curioso estudo alemão que conclui: quando você sabe quanto custou o equipamento, o som melhora proporcialmente ao valor.

Z


É verdade. Por isso achei que aquele som não deveria valer mais que 50 mil.

Sobre Mahler, devo dizer, por experiência própria, que ver ao vivo a Sexta de Mahler com Ivan Fischer e a Budapest Festival Orchestra e depois ir para casa ouvir o cd faz uma bela diferença. No entanto a idéia da música pode ser capitada sim no cd. A melhor maneira de ter maior contato com essa música é ter um receiver e caixas de som que tenham um alto intervalo de resposta em frequência (se possível de 20 Hz até 100 KHz). E não podemos esquecer que a qualidade das gravações melhorou muito nos últimos anos.
ZpinoZ
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 3:10 pm    Assunto:

Bruno,

Quem sou eu pra discutir nesta clave com você. Nos dominios intrinsecos à música, eu só aprendo.

Z
Bruno Gripp
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 3:05 pm    Assunto:

Zipnoz,
É claro. Mas nem tudo que nào se ouve é culpa do som. Há compositores que gostam de se esconder atrás da orquestraçào.
ZpinoZ
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 2:45 pm    Assunto:

Bruno Gripp escreveu:
Tem sinfonias de Mahler que nem com a Filarmônica de Viena na melhor acústica do mundo dá para se ouvir tudo.


Bruno,

Mais, tente imaginar o quanto se perde, ou se deturpa, na captura, na codificação, na transposição para o CD, na decodificação pelo leitor de CD, no envio para a caixa, no excitamento dos falantes, na acústica da sala do ouvinte...

Prefiro mil vezes a sensação presencial oferecida pela Filarmonica de Viena, até no teatrinho do Colégio onde estudei.

Bosco escreveu:
... cujo equipamento de som custava a bagatela 100 mil dólares no total.


Bosco,

Existe um curioso estudo alemão que conclui: quando você sabe quanto custou o equipamento, o som melhora proporcialmente ao valor.

Z
Bruno Gripp
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 2:19 pm    Assunto:

Tem sinfonias de Mahler que nem com a Filarmônica de Viena na melhor acústica do mundo dá para se ouvir tudo.
Bosco
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 2:14 pm    Assunto:

Eu também tenho dificuldades em investir num bom equipamento de som. Eu já ouvi música clássica em vários minisystens e muitas vezes vezes achei o som muito duro, principalmente pra música orquestral, que é sem dúvida o maior desafio para um equipamento de som (já orquestra e coro, não existe equipamento no mundo que resolva). Para música de câmara, parece que os minisystens dão conta do recado. Para Jazz e música popular em geral, um minisystem é realmente perfeito. No entanto, mais perfeito ainda é um Home-Theather. Ouvi na casa de meu irmão alguns DVDS de Música Popular num Home-Theather HT-DDW880 Sony e fiquei muito impressionado. Preciso levar alguns dos meus DVDs para testar equipamento, mas ao contrário do meu irmão ele não vai tolerar minha música.

Outro dia estive na casa de um audiófilo, cujo equipamento de som custava a bagatela 100 mil dólares no total. As paredes da grande sala de som foram preparadas com difusores de som. Mesmo assim, o dono do equipamento disse que numa sinfonia é impossível ouvir tudo.

Enfim, ainda tenho dúvidas (não mais no caso do som de US$ 100.000,00).
ZpinoZ
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 12:41 pm    Assunto:

Quanto a mim, maestro Leonardo, gosto e prefiro. Só porque não consigo ouvir tudo ao vivo é que invisto em qualidade de som.

Z
Leonardo T. de Oliveira
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 12:38 pm    Assunto:

Vocês gostam de ouvir concerto em igreja? (sério...)
ZpinoZ
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 12:37 pm    Assunto:

Guiomar,

Antes de mais nada, parabéns, muito bom equipamento para música.

Guiomar escreveu:
O som para Jazz é fantástico, graças aos belos graves proporcionados pelo subwoofer.


Efetivamente nenhum outro tipo de música fica tão bom em conjuntos de som como o Jazz (Blues, Bossa Nova e correlatos). Em músicas jazzísticas existe uma longa (e intencionamente dirigida) adequação e adaptação do som aos equipamentos. Os engenherios de som, desde muitas décadas, vem pensando e formatando esse tipo de música para ser ouvida preferencialmente em conjuntos Hi-Fi, carros etc. do que ao vivo. Inclusive Jazz e similares sempre foram uma das molas mestras propulsoras da venda de som de qualidade.

Assisti várias vezes o B.B.King ao vivo, mas prefiro ouví-lo em CDs. Também ja escutei de várias pessoas que o som Jazzístico fica melhor quando ouvido através de equipamentos de som, do que ao vivo.

Pórem e entratanto, em música clássica nada, mem os mais sofisticados equipamentos, consegue superar uma audição ao vivo, mesmo em salas ruins.

Z
Guiomar
MensagemEnviada: Sex Mar 16, 2007 10:15 am    Assunto:

Obrigada pelas dicas, pessoal! Comprei um minisystem toshiba numa promoção na Fnac aqui em Brasília. Acho que fiz uma boa escolha.

Além de ter uma boa potência rms (170w), a vantagem dele é que conta com subwoofer e entrada USB. O som para Jazz é fantástico, graças aos belos graves proporcionados pelo subwoofer. Muito bacana. A quem estiver interessado, aqui vai o link para uma foto dele:

http://www.semptoshiba.com.br/fr_prod_audio.htm

ps: quem tiver interesse, na fnac tá mais barato e divide em mais vezes!!!
ZpinoZ
MensagemEnviada: Qui Mar 15, 2007 8:05 pm    Assunto:

Guiomar,

Me permita, outra vez, atravessar seu tópico.

Na primeira pergunta: para ouvir música, e especificamente para música, sobretudo em estéreo (dois canais), um mini system é mais recomendado, trata melhor o processo de leitura, a decodificação e conversão dos CDs por exemplo. O som é mais cheio e gostoso. Todo o equipamento é concebido e domensionado para produzir um bom som.

Na segunda: depende, se for um toca disco para vinil - LPs (porque o toda CD player ja vem incorporado), nem todos os mini systems mais recentes vem com essa conexão. Por autro lado um Home-theater, além de também tocar CDs, tem uma gama de uso mais ampla. Entretetanto o forte dele é reproduzir DVDs, tratar a imagem. Mas, é bom lembrar, que conectar um toca disco vinil tambem não é muito comum. Precisa confirmar com o vendedor e/ou comprar um toca disco compativel com a entrada padrão.

Z
Guiomar
MensagemEnviada: Ter Mar 13, 2007 11:10 pm    Assunto:

Bem, essas sugestões me geraram duas dúvidas:

Em primeiro lugar, gostaria de saber dos colegas se um bom home theather substitui a qualidade de um minisystem. Se for assim, vale mais a pena investir em um home theather, pois ao invés de ter um som e um home theather em casa, basta o segundo.

Outra dúvida diz respeito à adaptação de um toca discos num minisystem ou home theather. Haveria necessidade de algum equipamento específico? Ou a ligação pode ser feita diretamente, através de cabos simples de áudio?
Elimar
MensagemEnviada: Ter Mar 13, 2007 10:14 pm    Assunto:

Oi Guiomar, que bom que você voltou!

Tenho usado um aparelho de home theater para ouvir cd's (WMA ou MP3). O resultado é muito bom e hoje em dia estes aparelhos não custam muito caro, em média R$500,00 que vem a ser mais ou menos o preço de um mini system de marca confiável.

Um abraço,

Elimar

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