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Autor Mensagem
Amancio
MensagemEnviada: Ter Mar 10, 2009 3:52 pm    Assunto:

Anotem aí: 4a de Mahler, Filarmônica de Berlim, Bernard Haitink e Sylvia McNair. Que gravação, que gravação! Jamais havia ouvido uma soprano cantar o finale com tamanha delicadeza, parece mesmo um anjo cantando.
Amancio
MensagemEnviada: Seg Mar 09, 2009 2:35 pm    Assunto:

Amancio escreveu:
5a de Mahler? Puxa, tenho muitas gravações da Quinta mas nenhuma é perfeita. A mais perfeita que já ouvi é Haitink com Berlim (com Concertgebouw também é legal, mas Berlim está mais mais).

Doctor Marianus escreveu:
Da 5a. de Mahler, da quase "uma centena" de gravações que possuo dela, as que se destacam, que me recordo agora são:

- Bernard Haitink e Berliner Philharmoniker. Para quem gosta de gravações longas, essa é a maior de todas. Quase 80 minutos. Só o Adagietto tem quase 14.

Ela foi reeditada recentemente e ficou assim:

Estou dando pulos de três metros de altura. Acabou de chegar do correio o CD acima, fazia mais de 10 anos que eu procurava essa gravação!
Doctor Marianus
MensagemEnviada: Ter Jan 08, 2008 2:54 pm    Assunto:

Ouvi recentemente uma gravação da versão Cooke com Daniel Harding regendo a Wiener Philharmoniker que me deixou em estado de graça.

A versão de Barshai não me desagradou completamente, se bem que algumas coisas soaram meio estranhas.

As outras versões da 10a. ainda me falta um pouco de boa vontade de ouví-las. Tinha muito curiosidade em ouvir a de Ernst Krenék, mas acho que dela nem existe gravação.
Ricardovsky
MensagemEnviada: Ter Jan 08, 2008 1:46 pm    Assunto:

Não sou um entendedor de Mahler como o Amancio, que compara várias gravações e ainda conhece o estilo do compositor, mas uma reconstrução da Décima que aprecio muito é a de Joe Wheeler, na interpretação de Robert Olson pelo selo Naxos (Polish National Radio Symphony Orchestra).
Pádua Fernandes
MensagemEnviada: Seg Jan 07, 2008 11:45 pm    Assunto:

Amancio escreveu:

O Adágio é a melhor gravação que já ouvi em toda a minha vida. Iguala-se em dramaticidade à Mitropoulos com Nova York, mas com uma tomada de som muito mais límpida (também pudera, é gravação moderna, digital). É uma daquelas gravações pra se levar para uma ilha deserta, hein!

Já o restante da sinfonia é um capítulo à parte. A interpretação é divina, mas a compleção do Barshai ultrapassou um pouco o limite do "soar como Mahler". A escolha da paleta de madeiras, metais e cordas é na tampa, camerística nos momentos certos, soando mais "Mahler" do que a versão do Mazzeti. Mas a percussão é por demais exagerada, Mahler não faria assim de jeito nenhum. No finale, Barshai pesa muito a mão e estraga por completo aquele momento mágico da flauta solo (o início do finale), as passagens não se ligam, não há transição, ficam apenas "costuras evidentes". Ainda fico com Rattle-BPO-Cooke 3, por mais raquítica que soe certas passagens. Mas esta versão do Barshai é uma versão para se conhecer, um "must-have". Torço para que um dia quem sabe ele revise a partitura e acerte algumas passagens.

PS.: Não sei se é meu CD (ou o aparelho), mas às vezes eu ouço ecos e reverberações dos metais. Vou testar em outros aparelhos.


Amancio,
eu, que não sei nada de Mahler, mas tinha ouvido outras décimas (e tenho essa do Rattle, com a Filarmônica de Berlim) achei a mesma coisa desse Barshai em relação à percussão e ao solo de flauta.
Amancio
MensagemEnviada: Seg Jan 07, 2008 1:37 pm    Assunto:

Amancio escreveu:
5a de Mahler? Puxa, tenho muitas gravações da Quinta mas nenhuma é perfeita. A mais perfeita que já ouvi é Haitink com Berlim (com Concertgebouw também é legal, mas Berlim está mais mais). Doctor me recomendou certa vez Barshai - é uma das gravações que está na minha lista de compras.

Doctor está certo: esta 5a de Mahler com Barshai é excepcional de linda!

E agora, depois de 1 mês ouvindo só o segundo CD, puxei o primeiro para ouvir: é a Décima Sinfonia, na reconstrução do próprio Barshai. Bem, o que dizer? É difícil evitar os superlativos, mas vamos lá...

O Adágio é a melhor gravação que já ouvi em toda a minha vida. Iguala-se em dramaticidade à Mitropoulos com Nova York, mas com uma tomada de som muito mais límpida (também pudera, é gravação moderna, digital). É uma daquelas gravações pra se levar para uma ilha deserta, hein!

Já o restante da sinfonia é um capítulo à parte. A interpretação é divina, mas a compleção do Barshai ultrapassou um pouco o limite do "soar como Mahler". A escolha da paleta de madeiras, metais e cordas é na tampa, camerística nos momentos certos, soando mais "Mahler" do que a versão do Mazzeti. Mas a percussão é por demais exagerada, Mahler não faria assim de jeito nenhum. No finale, Barshai pesa muito a mão e estraga por completo aquele momento mágico da flauta solo (o início do finale), as passagens não se ligam, não há transição, ficam apenas "costuras evidentes". Ainda fico com Rattle-BPO-Cooke 3, por mais raquítica que soe certas passagens. Mas esta versão do Barshai é uma versão para se conhecer, um "must-have". Torço para que um dia quem sabe ele revise a partitura e acerte algumas passagens.

PS.: Não sei se é meu CD (ou o aparelho), mas às vezes eu ouço ecos e reverberações dos metais. Vou testar em outros aparelhos.
Leonardo T. de Oliveira
MensagemEnviada: Sex Jun 01, 2007 2:45 pm    Assunto:

Paulo Egídio escreveu:
Leonardo T. de Oliveira escreveu:
Sonata para piano No. 3 em Fá menor Op. 5 de Brahms

O que sinto falta nela é até simples: andamento. No primeiro movimento acontece mais ou menos o que acontece no Concerto pra Violino: a coisa é tão expansiva que mesmo aquilo que há de incisivo na música acaba dependendo de um andamento pesado, piedoso ao intérprete e largo para a articulação de tanto volume. Pro Concerto pra Violino existe o Heifetz, e pra essa sonata?

...

Alguém sabe, enfim, de uma interpretação mais corajosa e pulsante dessa obra?


Léo, eu já ouvi esta sonata mas não posso ajudar. Só que isto me lembra outro ponto: Nós costumamos quase sempre desejar Brahms mais rápido do que as gravações em média fazem. Mas de Brahms há relatos bem mais seguros sobre andamentos do que outros compositores. Por exemplo, houve um violinista que chegou a tocar com ele e, mais tarde, tocou com muitos pianistas de renome. Acho que foi Kochanski, que gravou com Rubinstein novinho e batiza um violino Guarneri del Gesu maravilhoso pertencente - ainda - a Aaron Rosand.

Bom, não tenho certeza absoluta se foi Kochanski mas, segundo este relato de um violinista que tocou com Brahms, o próprio compositor regia e tocava suas obras em andamentos extremamente lentos. Quando ensaiavam, já na respiração de entrada ele dizia: "menos, menos, é mais calmo" e coisas assim. Eu ainda não ouvi a gravação Kochanski/Rubinstein (que é dos anos 30, por aí) mas, se estou certo quanto ao nome do violinista, ela é um documento interessante.

A minha experiência profissional tocando sinfonias de Brahms é contraditória. Quando János Acs, o Húngaro Louco, regeu a primeira conosco fez andamentos que fariam Toscanini achar-se o sujeito mais calmo da Terra. Eu adorei a energia que ele tirou da orquestra no fim das contas, mas não sei se quando outros maestros nos regeram em andamentos mais cômodos (acho que toquei esta sinfonia umas 5 vezes em nove anos de Sinfônica) eu senti a obra sem energia.

Violinisticamente falando o Stern, meu preferido em Brahms (e de muuuuuuuuuuita gente boa) é de andamentos puxando mais pra rápido, mas a gravação Szeryng/Rubinstein é deliciosamente lenta e Szeryng foi ainda mais lento quando gravou com Mindru Katz a terceira, logo a mais "energética" de todas.

Eu gosto muito da gravação heifetz/Toscanini do concerto de Brahms, ao vivo. Mas será que Brahms precisa ser "pulsante" pra ter energia?

Abraço.


Essa mensagem do Paulo foi muito interessante... Dá vontade da gente pensar na independência que a obra-de-arte ganha do artista quando é publicada. E também no quanto a gente pode separar as concepções de composição e as concepções de interpretação de um mesmo artista: Rachmaninoff era um intérprete estranhamente "asséptico" quando a gente ouve suas gravações hoje, tão diferente da interpretação que a sua obra parece sugerir; também dizem que Stravinsky era um regente meio desastrado, ou que os próprios registros do Richard Strauss não parecem lá muito bem sucedidos...

Pior que pensar nesse caminho de que a concepção de interpretação do artista em sua época pode, por um lado, não ser absoluta, e, por outro, ser idiossincrática, talvez nos leve a relativizar todo e qualquer esforço prioritário em resgatar a linha de interpretação "de época"... Afinal, se se pode acelerar o andamento imaginado por Brahms pra sua música, em nome da atualização estilística que era tão relativa na época dele quanto é e pode ser na nossa, então também se pode tocar um Bach romantizado sem o menor peso na consciência. Que perigo! Acho que a conscientização dessas escolhas estilísticas trazida pelo estudo da interpretação de época, independente de se adotá-la ou não, é o que justifica a sua existência...
Leonardo T. de Oliveira
MensagemEnviada: Sex Jun 01, 2007 2:28 pm    Assunto:

ZpinoZ escreveu:
Maestro Leonardo,

Sobre a Sonata para piano No. 3 em Fá menor Op. 5 de Brahms

Uma dica especialmente endereçada a você por um antigo, atento e reticente ex-allegronauta:

*/“... /**Alguém sabe, enfim, de uma interpretação mais corajosa e
pulsante dessa obra? ...”*

* *

Possuo um CD com Arthur Rubinstein, integrante da “The Rubinstein
Collection,” cujos CDs eram vendidos separadamente, contendo a Sonata
para Piano nº 3, op. 5, entre outras peças de Brahms, gravada em
1959,
RCA 5672-2-RC, interpretação de que gosto bastante.


Z (just a go beetwen)


Sempre -por que não?- em tempo, obrigado, ZpinoZ! Very Happy De quem é a voz direta da indicação?

Eu confesso que até hoje não formei a minha opinião sobre o Rubinstein. Tenho um monte de Chopin dele em CD e em disco de vinil, e um CD com um monte de pecinhas diferentes, mas ainda não decidi o quanto gosto disso tudo.
ZpinoZ
MensagemEnviada: Ter Mai 01, 2007 12:51 pm    Assunto:

Não é uma gravação, contudo, lendo Proust, fiquei com vontade de ouvir a tal Sonata de Vinteuil, e, particularmente, a famosa frase musical que deslumbrava Swann.

Editando e complementando, à propósito das dificuldades de se gostar da Sonata de Vinteuil, duas belissimas frases de Proust:

"Foram os próprios quartetos de Beethoven (os de n. XII, XII, XIV e XV) que levaram cinquenta anos para dar vida e número ao público dos quartetos de Beethoven, realizando desse modo, como todas as grandes obras, um progresso, senão no valor dos artistas, pela menos na sociedade dos espiritos..."

E porque não o Quarteto XVI, opus 135?

"... e assim o fizera Vinteuil - se quiser que a sua obra possa seguir seu caminho, a lance onde haja bastante profundidade, em pleno e remoto futuro."

Z
ZpinoZ
MensagemEnviada: Ter Abr 17, 2007 2:28 pm    Assunto:

Maestro Leonardo,

Sobre a Sonata para piano No. 3 em Fá menor Op. 5 de Brahms

Uma dica especialmente endereçada a você por um antigo, atento e reticente ex-allegronauta:

*/“... /**Alguém sabe, enfim, de uma interpretação mais corajosa e
pulsante dessa obra? ...”*

* *

Possuo um CD com Arthur Rubinstein, integrante da “The Rubinstein
Collection,” cujos CDs eram vendidos separadamente, contendo a Sonata
para Piano nº 3, op. 5, entre outras peças de Brahms, gravada em
1959,
RCA 5672-2-RC, interpretação de que gosto bastante.


Z (just a go beetwen)
Doctor Marianus
MensagemEnviada: Seg Abr 16, 2007 6:44 pm    Assunto:

Amancio escreveu:
Doctor Marianus escreveu:
- Rafael Kubelík e Sinfônica da Rádio Bávara, gravação ao vivo de 82

A de estúdio é de 1971 e com a mesma orquestra, e tem um "sotaque" bastante forte (Kubelik é da mesma região natal de Mahler). Boa gravação, mas a sonoridade me incomoda um pouco. Vou procurar esta de 82!



Amancio, ela saiu pelo selo alemão Audite.
Para mim, um pouco menos "áspera" que a versão de 69 (?)
Amancio
MensagemEnviada: Seg Abr 16, 2007 4:51 pm    Assunto:

Doctor Marianus escreveu:
- Rafael Kubelík e Sinfônica da Rádio Bávara, gravação ao vivo de 82

A de estúdio é de 1971 e com a mesma orquestra, e tem um "sotaque" bastante forte (Kubelik é da mesma região natal de Mahler). Boa gravação, mas a sonoridade me incomoda um pouco. Vou procurar esta de 82!
Doctor Marianus
MensagemEnviada: Seg Abr 16, 2007 4:46 pm    Assunto:

Tem outra mais recente com Haitink regendo a Orchestre National de France, também muito boa.


Doctor Marianus
MensagemEnviada: Seg Abr 16, 2007 4:43 pm    Assunto:

Ela foi reeditada recentemente e ficou assim:


Doctor Marianus
MensagemEnviada: Seg Abr 16, 2007 4:37 pm    Assunto:

Da 5a. de Mahler, da quase "uma centena" de gravações que possuo dela, as que se destacam, que me recordo agora são:

- Rudolf Barshai e JungeDeutsche Philharmonie. Um CD duplo da Brilliant. baratinho, que vem com a Décima na própria versão de Barshai. Como disse ao Amancio certa feita, uma gravação de tirar o fôlego.

- Bernard Haitink e Berliner Philharmoniker. Para quem gosta de gravações longas, essa é a maior de todas. Quase 80 minutos. Só o Adagietto tem quase 14. (Existe uma gravação "pirata" de um tal de Mikko Frank regendo a Sinfônica de Londres que tem mais de 80 minutos).

- Riccardo Chailly e Concertgebouw de Amsterdam

- Sir John Barbirolli e a New Philharmonia Orchestra

- Klaus Tennstedt e London Philharmonic

- Rafael Kubelík e Sinfônica da Rádio Bávara, gravação ao vivo de 82

- Rafael Kubelík e a Concertgebouw de Amsterdam, gravação de 51 (para quem gosta de uma velharia)

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