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igor · Enviada: Sáb Fev 24, 2007 12:11 pm Assunto:

e viva a ópera barroca!

ftoscano

PARIS, 16 fev (AFP) - Uma centena de teatros líricos europeus, de Paris a Moscou, de Lisboa a Helsinque, celebram os 400 anos da ópera em um fim de semana de portas abertas entre sexta-feira e domingo, com o objetivo de mostrar a vitalidade do gênero e aumentar sua popularidade.

Estes "Dias Europeus da Ópera" são realizados quase exatamente quatro séculos depois da criação, em 24 de fevereiro de 1607, em Mantua (Itália), do "Orfeu" de Monteverdi, primeira obra-prima da história do gênero lírico, que se mantém ainda no repertório.

Evento inédito, os Dias da Ópera mobilizaram quase todos os profissionais do setor, representados na federação Ópera Europa (mais de 90 teatros e festivais líricos europeus), Fedora (24 associações da "amigos da ópera") e Reseo (50 serviços educativos), todos eles convencidos de que esta forma de arte profundamente européia continua viva.

"Em quatro séculos de ópera, nunca antes havíamos assistido a uma dinâmica comparável à de hoje", afirmou recentemente à imprensa Bernard Foccroulle, presidente da Ópera Europa e diretor do Théâtre Royal da Monnaie de Bruxelas (Bélgica) e do Festival de Aix-en-Provence (sul da França).

"É preciso dizer que a criação continua tendo uma surpreendente vitalidade e as experiências com o público são formidáveis", acrescentou, citando como exemplo o colóquio celebrado em Copenhague com 5.000 jovens internautas e as iniciativas estudantis do Liceu de Barcelona.

A ópera recebe a cada ano, em vários teatros, dezenas de milhões de espectadores, e atinge um número crescente de jovens, gerando um rendimento considerável, embora continue fragilizada por sua reputação de arte cara e elitista.

Todos estes temas serão debatidos entre sexta e domingo na Ópera de Paris, que sediará a conferência dos Dias Europeus da Ópera.

Duzentos participantes (artistas líricos, compositores, diretores cênicos), aos quais se somarão jovens assistentes vindos de toda a Europa, abordarão neste encontro os "valores comuns", a busca de "novos públicos" e o "futuro" da arte lírica.

Paralelamente, a Cinemateca Francesa de Paris demonstrará que este gênero pode se misturar de forma eficaz com outras formas de expressão, propondo uma seleção de filmes de ópera, entre os quais "A Flauta Mágica", de Kenneth Branagh, "Tosca", de Benoît Jacquot, e "Madame Butterfly", de Fréderic Mitterrand.

A França (25 instituições) e a Espanha (16), dois países onde a arte lírica vive há vários anos um período de efervescência, enviarão o principal contingente de instituições participantes neste evento de "portas abertas".

Vários dos maiores teatros líricos de outros países também participarão da festa, como o Covent Garden de Londres, o Scala de Milão e a Ópera Estadual Bávara de Munique.

Fonte: http://musica.uol.com.br/ultnot/afp/2007/02/16/ult280u1363.jhtm