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Leonardo T. de Oliveira |
Enviada: Ter Jun 19, 2007 6:30 pm Assunto: |
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ZpinoZ escreveu: |
Á proposito da recente vinda de John Corigliano para São Paulo, numa noite em que a Osesp tocou três de suas obras...
Alguém se lembra do filme Violino Vermelho (Red Violin), cuja trilha sono é de sua autoria, com violino de Joshua Bell.
Z |
Ainda não... Mas...:
"I Loved This Movie" - Roger Ebert, Siskel & Ebert".
heheheh! |
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ZpinoZ |
Enviada: Ter Jun 19, 2007 5:49 pm Assunto: |
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Á proposito da recente vinda de John Corigliano para São Paulo, numa noite em que a Osesp tocou três de suas obras...
Alguém se lembra do filme Violino Vermelho (Red Violin), cuja trilha sono é de sua autoria, com violino de Joshua Bell.
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Leonardo T. de Oliveira |
Enviada: Seg Jun 18, 2007 6:23 pm Assunto: |
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Amancio escreveu: |
Leonardo T. de Oliveira escreveu: |
Alexandre escreveu: |
Alguém aqui já viu "O pianista" de Roman Polanski? |
Bonito, bem feito, mas não acrescenta grande coisa não..., e a relação com a música não tem nada de inteligente... |
Complementando, assim, ó: o filme é de um polonês, sobre um pianista polonês e a invasão nazista na Polônia. O que o pianista toca? Só Chopin o filme inteiro, óbvio: música polonesa. Fora Chopin, há dois momentos onde se ouve música alemã: a violoncelista tocando o prelúdio da Suite 1 do Bach, e uma cena mostrando Varsóvia destruída, onde ouve-se a Sonata ao Luar de Beethoven. Eu, que não sou tão radical como meus colegas, digo que o filme vale pela diversão (cinema, pipoca, Hollywood, etc). |
É verdade, eu lembro de você comentar isso antes de eu assistir o filme, e pude assistir tendo isso em mente. heheh. Mas sobre "relação inteligente", é só um pianista, só o velho papel da música como linguagem redentora (literalmente!), etc. Não acho um filme ruim porque ele não faz mal aquilo a que se propõe, mas vale pela "diversão" mesmo. |
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Amancio |
Enviada: Seg Jun 18, 2007 5:34 pm Assunto: |
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Leonardo T. de Oliveira escreveu: |
Alexandre escreveu: |
Alguém aqui já viu "O pianista" de Roman Polanski? |
Bonito, bem feito, mas não acrescenta grande coisa não..., e a relação com a música não tem nada de inteligente... |
Complementando, assim, ó: o filme é de um polonês, sobre um pianista polonês e a invasão nazista na Polônia. O que o pianista toca? Só Chopin o filme inteiro, óbvio: música polonesa. Fora Chopin, há dois momentos onde se ouve música alemã: a violoncelista tocando o prelúdio da Suite 1 do Bach, e uma cena mostrando Varsóvia destruída, onde ouve-se a Sonata ao Luar de Beethoven. Eu, que não sou tão radical como meus colegas, digo que o filme vale pela diversão (cinema, pipoca, Hollywood, etc). |
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Leonardo T. de Oliveira |
Enviada: Seg Jun 18, 2007 4:48 pm Assunto: |
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Alexandre escreveu: |
Alguém aqui já viu "O pianista" de Roman Polanski? |
Bonito, bem feito, mas não acrescenta grande coisa não..., e a relação com a música não tem nada de inteligente... |
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Doctor Marianus |
Enviada: Seg Jun 18, 2007 1:30 pm Assunto: |
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"O Pianista" é só mais um filme sobre o holocausto e nada mais.
Muitos aspectos interessantes que poderiam ser melhor explorados ficaram em segundo plano e Roman Polanski preferiu centrar fogo somente na questão política do filme (dá mais bilheteria, claro).
A despeito da grande interpretação de Adrien Brody o filme decepciona.
Para os que sempre reclamaram da falta dessa maravilha que é "Tous le Matins du Monde", o filme foi lançado recentemente em DVD importado, somente com legendas em inglês.
Os que não conhecem, é uma das maiores criações envolvendo música e cinema, sobre a vida de Marin Marais. |
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Mário |
Enviada: Seg Jun 18, 2007 12:57 pm Assunto: |
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Eu assisti, mas já faz algum tempo.
Aliás, parece que o pianista (Szpilman, acho que era esse o nome) existiu.
Alguém sabe mais detalhes? |
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Alexandre |
Enviada: Seg Jun 18, 2007 12:37 pm Assunto: |
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Alguém aqui já viu "O pianista" de Roman Polanski? |
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ZpinoZ |
Enviada: Qua Fev 21, 2007 7:23 am Assunto: |
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Pádua,
É verdade foi um deslize meu. Já corrigi. O Davidov é um dos poucos violoncelos Stradivarius.
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Leonardo T. de Oliveira |
Enviada: Ter Fev 20, 2007 7:52 pm Assunto: |
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Eu me lembro que o filme provoca a tal da fronteira entre o "artista" e a "pessoa comum" que todo músico abriga em si. Numa cena, a Du Pre pergunta ao Baremboim se ele gostaria dela se ela não fosse violoncelista, e, apesar dele ter se esquivado rápido da pergunta, o tempo pra se pensar sobre isso é grande. Lembro que a relação dela com o próprio violoncello cutucava essa tensão, de que uma pessoa se faz musicista quando domina uma arte, mas que ser considerado um "artista" é também deixar a arte dominar e repercutir em várias claves na sua existência pessoal! |
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EduardoMelo |
Enviada: Ter Fev 20, 2007 6:03 pm Assunto: |
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Nunca se baseie em críticas "profissionais". Veja o filme, ouça o CD, leia o livro e tire suas conclusões.
Eu particularmente gostei do filme e foi asism que vi, como filme não como um documetário ou uma biografia não-autorizada como alguns gostariam que fosse. |
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Pádua Fernandes |
Enviada: Ter Fev 20, 2007 3:17 pm Assunto: Re: Musica e Cinema - Hilary and Jackie |
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ZpinoZ escreveu: |
A relação de amor e ódio entre Jackie e o seu violino, o Stradivarius Davidov, ofertado por um admirador anônimo, e hoje de propriedade de Yo Yo Ma.
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Não vi o filme; li críticas negativas a como a personalidade da violoncelista teria sido apresentada (teria havido distorções para o filme se tornar mais sensacionalista), e ao fato de a música não aparecer tanto.
O Stradivarius Davidov é um violoncelo. No final da carreira, fizeram-lhe outro, mais leve, que ela ainda pudesse tocar apesar das forças declinantes. |
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ZpinoZ |
Enviada: Ter Fev 20, 2007 12:47 pm Assunto: Musica e Cinema - Hilary and Jackie |
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Atenção: Conforme os descobramentos editarei o tópico retirando o nome do filme do título.
HILARY AND JACKIE
Em 1998, quando estreou, assisti Hilary and Jackie, baseado na vida de Jacqueline du Pré, em cinema e VHS, mas não me lembrava claramente dos detalhes. Como estou interessado em du Pré queria revê-lo, mas não foi lançado em DVD, a única cópia que encontrei, em VHS, foi na 2001 da Pedroso de Morais. Como estava muito ruim resolvi encomendar na Amazom. Na semana passada chegou.
O filme fez relativo sucesso em 1998, ambas as atrizes Emily Watson (Jackie) e Rachel Griffiths (Hilary) foram indicadas para o Oscar, como melhor atriz e melhor atriz coadjuvante respectivamente. Perderam para Helen Hunt, Melhor Impossível e Kim Basinger, LA – Cidade Proibida. Pessoalmente gosto bastante da Emily Watson, suas interpretações ressaltam sempre a alteridade, a estranheza intrínseca das personagens. Como se, concomitantemente à interpretação, fizesse uma permanente avaliação crítica da personagem: Red Dragon (a cega), Punch-Drunk Love, Gosford Park e muitos outros. Recomendo, uma coisa meio Brechtiniana.
Já disse num post anterior que o Cinema não é bom para biografias. Mas é excelente para apresentar pontos de vista pessoais sobre artistas, grandes nomes etc. Mesmo a incensada biografia de Mozart tem como titulo completo: Peter Shaffer's Amadeus. E quanto mais eu assisto ao filme, cresce minha convicção que a mais forte virtude da historia é a primorosa linha argumentativa e a concatenação lógica do enredo criado por Peter Shaffer.
Hilary and Jackie parte de uma fonte indigesta, uma mandioca-braba, o livro dos irmãos Hilary e Piers du Pré: A Genius in the Family, que centraliza a história (óbvia ou provocantemente) na relação conflituada entre as duas irmãs. Apresentada como uma perpétua linha de tensão. E o clímax da trama, para horror dos fãs de du Pré, é a alegada relação, conhecida e consentida, entre Keifer Finzi (marido de Hilary) e Jackie.
O roteirista (Frank Boyce) se sai bem da empreitada, espertamente divide a historia em três partes, a infância, a fase menos conturbada, é chamada de "Hilary e Jackie", depois mostra duas outras partes, a primeira, a versão de "Hilary", e a versão de "Jackie". As duas versões não são absolutamente conflitantes, porém tem significativas e interessantes diferenças.
O viés mais curioso do filme, parece-me, ser a relação entre Jacqueline du Pré e a Música. A estranheza, mostrada no filme, dessa interação pode ter vários fatores de origem. (a) A narrativa apresentar a visão de Hilary, que não experimentou pessoalmente esta vivência, e fala dela por dedução, por ouvir dizer. (b) A alteridade, acima mencionada, que Emily Watson imprime em seus personagens. (c) E, a mais intrigante das três: será que era assim mesmo? Tenho interesse em saber.
O que o filme revela é que durante a apresentação Jackie era tomada por um êxtase semelhante aos de Santa Tereza d`Avila. Depois fica distante, um pouco alheia, reticente aos aplausos, aos desdobramentos. Forma geral, os compromissos decorrentes da carreira eram, sobretudo, cansativos e desgastantes.
Além da trágica doença que atropela a carreira de Jackie e leva o filme a um estado comatoso, salvam-se ainda dois pontos curiosos e interessantes, contudo tratados toscamente na fita, ou, quem sabe, ainda sejam remanescentes das deficiências e deformações do livro adaptado. A relação de amor e ódio entre Jackie e o seu violoncelo, o Stradivarius Davidov, ofertado por um admirador anônimo, e hoje de propriedade de Yo Yo Ma. E o envolvimento e casamento com Daniel Barenboim, riquíssimo, tanto em termos políticos quanto sentimentais.
Aos que se interessarem, gostaria de continuar conversando sobre este assunto.
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