Autor Mensagem
Leonardo T. de Oliveira
MensagemEnviada: Ter Fev 27, 2007 7:22 pm    Assunto:

Isso, Alexandre.

E Ricardo, no mesmo dia dessa sua mensagem eu já tinha te respondido por e-mail, pelo seu e-mail do Terra! : )
Alexandre
MensagemEnviada: Ter Fev 27, 2007 12:41 pm    Assunto:

Eu acredito que neste caso houve um erro de expressão por parte da senhora que fez esta aborgagem. Talvez ficaria melhor assim:

"Mais tarde Salieri teria alunos ilustres como Schubert, Liszt e Beethoven, e Mozart bem antes disso amargava uma malsucedida tentativa de ganhar a vida em Paris."

Inclusive nem mesmo Schubert teve aulas com Salieri antes da morte de Mozart (ele ainda não havia nascido).

Abç

Alexandre
Spartaco
MensagemEnviada: Ter Fev 27, 2007 8:54 am    Assunto:

Leonardo T. de Oliveira escreveu:
Alexandre escreveu:
Enquanto Salieri dava aulas a alunos ilustres, como o austríaco Schubert, o húngaro Liszt e o alemão Beethoven, Mozart amargava uma malsucedida tentativa de ganhar a vida em Paris.


Liszt nasceu vinte anos depois da morte de Mozart.


Leonardo,

Só para ser um pouco mais preciso, deve-se acrescentar que Liszt, quando estava em Viena em 1822, teve aulas de piano com Czerny e composição com Salieri; portanto, muito tempo após a morte de Mozart.

Um abraço.
Ricardovsky
MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 4:07 pm    Assunto:

Leonardo,

Mande-me um e-mail para eu ter novamente o seu e-mail. Tive que formatar meu computador e fiquei sem o e-mail até do meu irmão (esqueci-me de guardá-los). Quero muito agradecer pelo o que você já sabe o que Wink !

Mandei-lhe uma mensagem pelo Presto, mas não sei se você a recebeu.

Um abração!
Leonardo T. de Oliveira
MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 2:57 pm    Assunto:

Alexandre escreveu:
Enquanto Salieri dava aulas a alunos ilustres, como o austríaco Schubert, o húngaro Liszt e o alemão Beethoven, Mozart amargava uma malsucedida tentativa de ganhar a vida em Paris.


Liszt nasceu vinte anos depois da morte de Mozart.

O texto é esteriotipador e vai na onda de um tom muito encontrado hoje em dia em revistas que abordam a história: um tom irreverente e piadista, com uns quebra-gelos pro leitor não ficar com medo de ler até o final. Geralmente ocupa mais linhas com rodeios simpáticos do que com informação consistente.
Sarastro
MensagemEnviada: Seg Fev 26, 2007 1:03 pm    Assunto:

Salieri tem lá seus bons momentos. Acho Falstaff meio sonolenta, mas Tarare merece uma chance. E o disco da Bartoli, que eu não ouvi, tem sido bastante elogiado.
Alexandre
MensagemEnviada: Dom Fev 25, 2007 10:11 pm    Assunto:

Já que o assunto é polêmica, vejam só o texto que extrai da Revista Superinteressante de set/2001, gostaria da opinião de vocês quanto à ele (os mozartianos irão odiar!):

ANTONIO SALIERI

Eu matei Mozart. Eu matei Mozart." O italiano Antonio Salieri compôs dezenas de óperas, deu aulas a alguns dos maiores compositores da história e inspirou sonatas de Beethoven. Mas seu nome é lembrado por essa frase, que ninguém sabe se ele proferiu mesmo ou se não passa de um boato maldoso.

Salieri nasceu em 1750 na República de Veneza. Era um músico de talento, tanto que, aos 16 anos, foi notado pelo compositor da corte austríaca Florian Gassmann, que o levou para Viena. Em 1770, ele fez sua estréia com a ópera Le Donne Letterate. O ápice da fama chegou quatro anos depois, quando ele assumiu o cargo de Gassmann e se tornou compositor da corte do imperador José II e diretor da orquestra do Teatro Municipal de Viena.

Era um empregão. Poucos músicos tinham o privilégio de um salário - a maioria era obrigada a se contentar com encomendas dos poucos mecenas endinheirados ou com turnês caça-níqueis pelas capitais européias. Era o caso de Wolfgang Amadeus Mozart, um austríaco seis anos mais novo que o italiano. Enquanto Salieri compunha a ópera que inaugurou o fantástico Teatro della Scala, em Milão, Mozart se esfalfava tocando pela Itália. Enquanto Salieri dava aulas a alunos ilustres, como o austríaco Schubert, o húngaro Liszt e o alemão Beethoven, Mozart amargava uma malsucedida tentativa de ganhar a vida em Paris. Em 1781, Mozart mudou-se para Viena, onde fez sucesso. Mas nada que se comparasse ao estrelato de Salieri. A ópera Don Giovanni, de Mozart, por exemplo, foi ofuscada pela recepção estrondosa que o público vienense deu a Tarare, de Salieri, em 1787.

Resumindo: se um dos dois tinha motivos para invejar o outro, ao contrário do que diz a lenda, era Mozart. O fato é que os dois músicos provavelmente se davam bem. Verdade que, vez ou outra, se encontra nas cartas de Mozart uma referência despeitada ao italiano e ao seu poder. Mas jamais encontrou-se um indício qualquer de que Salieri tivesse algo contra Mozart.

No final de 1791, Mozart trabalhou muito. Produziu obras-primas como A Flauta Mágica e a interminada Requiem. Em outubro, Salieri assistiu à ópera A Flauta Mágica e derramou-se em elogios. No dia 20 de novembro, Mozart começou a sentir enjôos e dores nos braços e nas pernas. Quinze dias depois, morreu, antes de completar 36 anos. O médico Eduard Guldener von Lobes diagnosticou "febre reumático-inflamatória".

Uma semana depois, apareceu, numa publicação alemã, o boato de que Mozart fora envenenado. Não passava disso: um boato. Não havia razão nenhuma para crer na hipótese conspiratória. Doenças rápidas como aquela eram comuns em tempos pré-penicilina. (Mozart fora tratado com sangrias feitas com instrumentos não esterilizados. Estranho seria ele sobreviver...).

Trinta anos mais tarde, na década de 1820, o Romantismo, um movimento artístico baseado na sensibilidade e no lirismo, tinha se espalhado pela Europa. Os românticos adoravam Mozart e seu estilo arrebatado e desprezavam o conservadorismo de Salieri. Surgiu então o boato de que o austríaco fora envenenado pelo italiano. Ninguém sabe onde a história nasceu. Mas é previsível que alguém inventasse um final trágico para a vida do maior músico de todos os tempos - os românticos adoravam histórias assim. Salieri continuava vivo e era atormentado pelas intrigas. A suposta confissão do crime, nunca comprovada, teria sido feita em 1823, quando o italiano estava internado em um hospício. Ele morreria dois anos depois.

Em 1830, outro gênio, o escritor russo Aleksandr Pushkin, escreveu o drama Mozart e Salieri, no qual descreve a cena em que Salieri derrama veneno na bebida de Mozart. Essa cena foi revivida várias vezes depois - primeiro na ópera Mozart e Salieri, que Rimskji-Korsakov compôs em 1898, depois na peça Amadeus, que Peter Shaffer escreveu em 1970, e, finalmente, no filme homônimo, que Milos Forman dirigiu em 1984. Ficou para a história a versão, por mais improvável que ela fosse.



Abç

Alexandre
M. Robespierre
MensagemEnviada: Qui Dez 28, 2006 3:00 pm    Assunto:

Pois é.
Königin der Nacht
MensagemEnviada: Qui Dez 28, 2006 1:11 pm    Assunto:

M. Robespierre escreveu:
Cara Milena:
Posso imaginar. Confused


Sim, use toda sua imaginação... *risos* Se lá na Inglaterra a coisa está assim, imagine por aqui...
M. Robespierre
MensagemEnviada: Qui Dez 28, 2006 12:44 pm    Assunto:

Cara Milena:
Posso imaginar. Confused
Königin der Nacht
MensagemEnviada: Qui Dez 28, 2006 8:03 am    Assunto:

M. Robespierre escreveu:
De fato para nós é facil separar a ficção da realidade, mas o povão acaba por engolir essas coisas como verdades, como o Ricardo ja disse. Minha mãe me disse que leu numa reportagem que tem estudantes na Inglaterra considerando o Codigo Da Vinci como livro histórico sério, citando-o até em provas!


Robespierre, só na Inglaterra? O que tem de gente aqui no Brasil dizendo que aquilo é sério, que tudo que é narrado lá é fato, é inacreditável...
M. Robespierre
MensagemEnviada: Qua Dez 27, 2006 10:07 pm    Assunto:

De fato para nós é facil separar a ficção da realidade, mas o povão acaba por engolir essas coisas como verdades, como o Ricardo ja disse. Minha mãe me disse que leu numa reportagem que tem estudantes na Inglaterra considerando o Codigo Da Vinci como livro histórico sério, citando-o até em provas!
Sobre o caso da cabeça do Haydn, eu o tinha visto num programa na qual dizia que o motivo dele ter tido a cabeça retirada após sua morte era porque frenólogos (cientistas da frenologia, uma "ciência" que estuda a estrutura do crânio segundo a qual a estrutura do crânio determina o carater, inteligência e outras características da pessoa) queriam estudar o crânio de Haydn para determinar quais as características envolvidas por tras de sua genialidade.

Ps: Frederico, bem vindo ao Presto

Psps: Bruno, pode nos explicar melhor essa história do assassinato de Mozart pelo avô de Wagner?
Elimar
MensagemEnviada: Qua Dez 27, 2006 8:25 pm    Assunto:

Ricardovsky escreveu:
Caro Elimar,

Eu não estava, de modo algum, me referindo a você e sim ao povão. Você, como todos os colegas do Presto, estão incluídos no "nós" que eu mencionei. Sei perfeitamente que você estava brincando. Afinal, todos nós sabemos, agora que o Bruno descobriu, que quem matou Mozart foi o avô de Wagner, Haus Fraus Kraus Wagner.


Caríssimo Ricardo,

Eu, de forma alguma me senti ofendido. Achei até engraçado! Laughing
Não se preocupe!

Um grande abraço

P.S.: (off tópico) ano que vem, eu prometo tirá-lo no amigo secreto!
~MARCOS~
MensagemEnviada: Qua Dez 27, 2006 6:02 pm    Assunto:

Ricardovsky escreveu:
Estou confuso... Haydn perdeu a cabeça em vida ou depois de morto? Rolling Eyes



Ricardowsky:
Há versões sobre o caso.
A cabeça de Haydn foi removida por estudantes de medicina para pesquisas. Oito dias depois de ser enterrado, em um simples cemitério de Hundsturmer, no bairro suburbano de Viena, os estudantes subornaram o coveiro para desenterrar o sujeito. Só foi descoberto o roubo 11 anos depois do incidente. (Quando mudaram o féretro para Eisenstadt.)
Outros dizem que foi o secretário dos Esterhazy, Joseph Carl, o ladrão. E ele que subornou o coveiro...
Parece que os colecionadores de crânios, pressionados pela polícia da época, entregaram um crânio falso e colocaram no corpo do músico.
Um dos estudantes, no leito de morte, confessou o crime. Logo, descobriram que o crânio estava sob posse em uma sociedade vienense de música, que o colocaram em exposição pública em 1895. Era a sua relíquia. Sob a pressão da polícia, a sociedade de música devolveu o crânio e finalmente Gustinus Ambrosi juntou ao corpo, em 1954. Naquela mesma época (1895) os sucessores de Esterhazy providenciaram um mausoléu e afirmaram que Haydn foi efetivamente enterrado com a cabeça...

Essas são as informações que tenho.
Ricardovsky
MensagemEnviada: Sex Dez 22, 2006 10:17 pm    Assunto:

Caro Elimar,

Eu não estava, de modo algum, me referindo a você e sim ao povão. Você, como todos os colegas do Presto, estão incluídos no "nós" que eu mencionei. Sei perfeitamente que você estava brincando. Afinal, todos nós sabemos, agora que o Bruno descobriu, que quem matou Mozart foi o avô de Wagner, Haus Fraus Kraus Wagner.

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