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Autor Mensagem
Pádua Fernandes
MensagemEnviada: Ter Fev 13, 2007 10:55 pm    Assunto:

Ricardovsky escreveu:
Laura,

Sem querer contar o filme, mas dizendo uma coisinha: a cena em que Cosima é acordada, em seu aniversário, por uma pequena orquestra regida por Wagner, é de arrepiar. A música, se não me falha a memória, é o Idílio de Siegfried. Momento mágico da história do cinema. Acho que nem o próprio Wagner conseguiria ser tão Wagner.


Isso mesmo. O Idílio de Siegfried (minha obra preferida de Wagner) foi um presente para Cosima.
Ricardovsky
MensagemEnviada: Ter Fev 13, 2007 3:09 pm    Assunto:

Laura,

Sem querer contar o filme, mas dizendo uma coisinha: a cena em que Cosima é acordada, em seu aniversário, por uma pequena orquestra regida por Wagner, é de arrepiar. A música, se não me falha a memória, é o Idílio de Siegfried. Momento mágico da história do cinema. Acho que nem o próprio Wagner conseguiria ser tão Wagner.
ZpinoZ
MensagemEnviada: Seg Fev 12, 2007 1:51 pm    Assunto:

Puxa,

Estou aprensivo com tanta responsabilidade.

Espero muito que goste o tanto que eu gostei.

E, depois, fale-nos sobre a música.

Z
Laura
MensagemEnviada: Dom Fev 11, 2007 2:55 pm    Assunto:

ZpinoZ escreveu:
Laura,

Um melhor título, com base na extensão do filme, poderia ser: “Tudo Que Eu, Luchino Visconti – Il Conte Rosso, Tenho Para Dizer Sobre Ludwig II - Re di Baviera”.

No entretanto, quando quem tem algo a dizer é Il Conte Rosso, vale a pena se deleitar com o discurso traduzido em imagens. Muitos poucos diretores têm a autoridade e competência de Visconti para recomposição de época. O conhecimento e a sensibilidade dele são tão certeiros e precisos que mesmo a dinâmica da narrativa é transformada e adaptada às limitações do que foi possível reconstituir. Mais ainda, ele transcende estas restrições e usa dessa manobra para injetar nas seqüências um certo distanciamento, respeitoso e elegante, que o olhar outrora já teve.

Se pensarmos na cena da destituição de Ludwig. Os homens severamente vestidos de preto com os alados guardas-chuva negros, esperando obstinadamente sob a chuva renitente. O ritmo moroso e resignado, o enquadramento distanciado e reflexivo (e convenientemente embaralhado para facilitar a reconstituição). Tudo isso pouco a pouco vai umedecendo nossa sensibilidade e sedimentando a verossimilhança.

Similar, porém com outro objetivo e muito mais perfeccionista, só Kubrick, em Barry Lyndon, que se persignou em reproduzir e capturar até a iluminação artificial usada no tempo do romance. Sem contar os enquadramentos baseados no retângulo áureo, fotografados com as cores de Corot.

Também, a leitura que Luchino faz da vida de Ludwig é intrigante, remete ao Calígula de Camus. Ou seja, a discussão do poder absoluto como o mais eficaz dos alucinógenos. Curioso é que todos aqueles adictos do pleno poder elegem alguém como referencia, como baliza, como interlocutor e árbitro de seus atos perante a História. Nero escolheu Petrônio (por isso Arbiter); Nicolau II, Rasputin; Ludwig, para sorte de nós que gostamos de música, Wagner.

Ricardovsky já disse: “Esse Wagner, na minha opinião, é a melhor interpretação que já vi de um compositor.” Eu complemento: que dupla! Wagner (Trevor Howard) e Cosima (Silvana Mangano) mais von Bulow para atrapalhar! Visconti tece tão bem as inter-relações entre o trio que a gente acaba convencido de que os sentimentos e emoções que perpassavam o triângulo só poderiam ser exatamente aqueles mostrados na tela.

Relembro, apesar de terem demasiadas coisas em comum, era somente a visão de Visconti sobre Ludwig. Na Alemanha, sobretudo os bávaros, me diziam: se você quer conhecer Ludwig, leia a Historia, não acredite no filme.

Sobre as músicas, você entende mais que eu.

Z


Pois essa msg me inspirou e comprei o DVD. Será o programa de hoje à noite.
Sarastro
MensagemEnviada: Dom Fev 11, 2007 9:41 am    Assunto:

Pádua Fernandes escreveu:

Além disso, cabe destacar o uso da música do segundo ato de Otello (do verdi, claro, que é mais dramático) na cena do assassinato.
Editando: agora é que vi que Sarastro, depois, falou do uso de "certa ópera de Verdi"... Mas acho que não deu para revelar o que acontece somente mencionando o nome da ópera...


Bem, agora já foi divulgado: há um assassinato. Darei outra pista para quem não viu o filme: prestem atenção no leiteiro, ele é uma das chaves para desvendar o mistério. Wink
Pádua Fernandes
MensagemEnviada: Sex Fev 09, 2007 7:36 pm    Assunto:

Sarastro escreveu:
Não vi necessidade de criar outro tópico somente para fazer um comentário... então, vamos lá:

Assisti ao filme "Match Point", com a destruídora de lares Scarlett Johansson (vide capa, logo a seguir), e constatei que entre as várias árias operísticas presentes na trilha sonora estava nada mais, nada menos que a simpática canzonetta "Mia piccirella" de "Salvator Rosa", ópera de Antônio Carlos Gomes (na clássica gravação de Enrico Caruso, muito embora no original o papel de Genariello seja cantado por um soprano).



Recomendo o filme, não só pela presença da srta. Johansson... Wink


Além disso, cabe destacar o uso da música do segundo ato de Otello (do verdi, claro, que é mais dramático) na cena do assassinato.

Editando: agora é que vi que Sarastro, depois, falou do uso de "certa ópera de Verdi"... Mas acho que não deu para revelar o que acontece somente mencionando o nome da ópera...
Robert
MensagemEnviada: Sex Fev 09, 2007 3:24 am    Assunto:

Bruno,
Mas, pela trrilha sonora, não dá pra relevar um pouco?

Se bem que as sequências são mal feitas, os cortes são mal realizados,o trecho da Nona ficou sem sentido...
Robert
MensagemEnviada: Qui Fev 08, 2007 11:56 pm    Assunto:

"Mas, que fazer, é difícil contentar gregos e baianos."

Laughing Laughing Laughing
Sarastro
MensagemEnviada: Qui Fev 08, 2007 10:13 pm    Assunto:

Carlos Pianovski escreveu:
Match Point é um dos raros acertos de Allen no último 25 anos (o último filme, Scoop, apesar de algumas tiradas divertidas, chega a ser constrangedor, apesar da gost... digo, talentosíssima Scarlet Johansson).

Em Match Point, as árias realmente colaboram para as cenas do filme (o uso que Allen faz do Dalla Paterna mano em certo ponto do filme é muito bem sacado). Mia picirella é empregada quando se trata da relação naive e sem sal do protagonista com sua noiva/esposa.

Saudações gomesianas

Pianovski


Sim, isso também ocorre quando se escuta alguns trechos de uma certa ópera de Verdi, lá pelo finalzinho do filme... (não darei muitos detalhes porque algum prestonauta pode querer alugar o filme neste fim-de-semana). Há algumas relações trilha sonora x cena que são bem perceptíveis aos melômanos.

Assistirei "Scoop" apenas para prestigiar a jovem atriz. Ô coisa perturbadora...
ZpinoZ
MensagemEnviada: Qui Fev 08, 2007 9:41 pm    Assunto:

Gostei de Match Point.

Poucos diretores tem o "timing" narrativo de Woody Allen. O tempo exato dos detalhes. O ritmo, cada vez mais, é o do cinema clássico inglês. Nada a ver com Hollywood e seus roteiros descafeinados.

Mas, que fazer, é difícil contentar gregos e baianos.

Z
Robert
MensagemEnviada: Qui Fev 08, 2007 8:31 pm    Assunto:

Mas a trilha sonora até é que é boa...Não acham Rolling Eyes?... Laughing
Leonardo T. de Oliveira
MensagemEnviada: Qui Fev 08, 2007 5:43 pm    Assunto:

Não tem nada a ver com confundir cinema com biografia, simplesmente não se pode perder o critério pro banal diante das "licenças poéticas" que um filme argumenta, como se elas justificassem tudo. É meio irritante quem não aceita que se critique uma proposta vulgar por ter se apaixonado por ela.
Bruno Gripp
MensagemEnviada: Qui Fev 08, 2007 5:10 pm    Assunto:

O filme de Beethoven é uma porcaria. Cheio de chavões do início ao fim.

Boring é quem acha aquela coisa boa.

Boring é o mau gosto.
Carlos Pianovski
MensagemEnviada: Qui Fev 08, 2007 5:05 pm    Assunto:

Match Point é um dos raros acertos de Allen no último 25 anos (o último filme, Scoop, apesar de algumas tiradas divertidas, chega a ser constrangedor, apesar da gost... digo, talentosíssima Scarlet Johansson).

Em Match Point, as árias realmente colaboram para as cenas do filme (o uso que Allen faz do Dalla Paterna mano em certo ponto do filme é muito bem sacado). Mia picirella é empregada quando se trata da relação naive e sem sal do protagonista com sua noiva/esposa.

Saudações gomesianas

Pianovski
EduardoMelo
MensagemEnviada: Qui Fev 08, 2007 4:54 pm    Assunto:

O filme é bom, boa fotografia, boas atuações. as liberdades históricas, bem... são liberdades históricas.

tem um povo aqui que não quer filme, quer documentário.

boring, boring.

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