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Phoebe
Enviada: Dom Fev 20, 2011 2:45 pm
Assunto:
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Abel Rocha assume comando do Teatro Municipal de São Paulo
Regente da Companhia Brasileira de Ópera vai assumir o posto deixado por Alex Klein
O Teatro Municipal anunciou hoje pela manhã o nome de seu novo diretor artístico: Abel Rocha. Atual regente residente da Companhia Brasileira de Ópera, o maestro chega para ocupar o lugar deixado por Alex Klein. Na semana passada, o oboísta gaúcho pediu demissão do cargo, apontando graves problemas na estrutura do Teatro. Uma situação de crise que não deve ser muito diferente daquela com a qual Rocha vai se deparar. “Não tenho tempo de fazer nada errado. O tempo já passou”, diz o maestro, prometendo cautela para lidar com as dificuldades que encontrará. “Já existe muita agitação dentro do Municipal para que eu tome atitudes agressivas.”
O maestro Abel Rocha, que será o novo diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo
Com histórica vocação operística, o Municipal deve encontrar em Rocha um regente lírico mais experiente do que seu antecessor. Mestre em regência de ópera pela Opemschule, da Roberto-Shumann Musikhochschule, da Alemanha, o regente foi o responsável, nos últimos anos, por consistentes montagens da cena nacional. Entre elas, Pélleas et Mélisande, de Claude Debussy, e Erwartung de Arnold Schoenberg, ambas produções do Palácio das Artes, de Belo Horizonte.
Além das dezenas de óperas que tem no currículo, também realizou temporadas com a Banda Sinfônica do Estado e atuou como regente residente da Companhia Brasileira de Ópera, criada por John Neschling em 2009.
Outro trunfo com o qual o maestro espera contar é sua experiência em lidar com as limitações do Municipal. Nos anos 90, ele comandou o Coral Paulistano, um dos corpos estáveis da casa, e diz conhecer de perto as restrições da instituição. “O Teatro está no escopo de uma repartição pública e isso tem implicações. Mas é preciso lidar com essas características.”
De acordo com o novo diretor, a intenção é manter boa parte da programação de óperas e concertos já anunciada para este ano. “Tentarei honrar os compromissos que já foram assumidos. O Municipal precisa zelar pela sua credibilidade.”
Maria Eugênia de Menezes - O Estado de S. Paulo
Pádua Fernandes
Enviada: Dom Fev 13, 2011 7:40 pm
Assunto:
Era natural que um governo desastroso deixasse sua marca inconfundível também na política cultural.
Por sinal, uma gravação de Klein com Barenboim (o concerto de Richard Strauss) está em promoção na Amazon francesa:
http://www.amazon.fr/Concerto-Pour-Cor-N%C2%B01-Hautbois/dp/B0042FXIEE/ref=sr_1_1?s=music&ie=UTF8&qid=1297636662&sr=1-1
Phoebe
Enviada: Dom Fev 13, 2011 5:49 pm
Assunto: Alex Klein deixa direção artística do Teatro Municipal de SP
Alex Klein deixa Teatro Municipal de São Paulo
Instrumentista e regente pede demissão do cargo de diretor artístico. Motivo da saída teria sido choque com o diretor Felipe Hirsch, que vai montar a ópera Rigoletto neste ano
Publicado em 12/02/2011 | Das agências
Contratado em setembro de 2010 como diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo até o fim de 2013, o maestro Alex Klein se demitiu nesta semana. E saiu atirando. Disse que “renunciou” ao cargo – e ao salário de R$ 35 mil –, porque “não conseguiria olhar no rosto” de um paulistano e garantir que faria neste ano uma programação à altura do centenário do teatro, que será celebrado em 12 de setembro. “O Teatro Municipal não é de hoje que está um caos. Vem de décadas”, diz o maestro.
O motivo da saída de Klein, gaúcho que cresceu em Curitiba, teria sido um choque com o diretor cênico carioca Felipe Hirsch, também criado em Curitiba. O encenador foi contratado para dirigir uma montagem da ópera Rigoletto (com Daniela Thomas), que estreia em 13 de setembro. A regência será de J. David Jackson, da Metropolitan Opera House de Nova York. “Há outras forças querendo opinar, querendo deixar a sua marca e criando conflito”, afirmou Klein. “O Teatro Municipal não é de hoje que está um caos. Vem de décadas.”
Em entrevista, Klein disse que o que precipitou sua demissão foi o cancelamento do Concerto de Gala, planejado para o dia 12 de setembro, data do aniversário do teatro. “Isso foi feito sem o conhecimento da direção artística. Eu não fui consultado. E, ao enviar a minha programação preliminar, ideias e como iríamos fazer esse trabalho, fomos informados de que tudo era sem razão porque o concerto tinha sido cancelado. Isso tem acontecido muitas vezes. Eu não me senti como um diretor artístico nesses quatro meses, talvez eu tenha sido um escudo.”
Klein disse que o cancelamento do Concerto de Gala, “o concerto mais importante dos últimos cem anos” para o Municipal, segundo o músico, gerou um efeito dominó.
Uma montagem de As Valquírias estava agendada para o mês de junho, mas o Municipal de São Paulo não estará pronto em tempo. A ópera de Rigoletto estava prevista para novembro e acabou sendo antecipada em dois meses.
O diretor cênico da montagem, Felipe Hirsch, teria solicitado ter mais tempo para a montagem. Isso, segundo Klein, forçou o teatro a cancelar duas temporadas do Balé da Cidade de São Paulo. “Quando o artista chega e diz: eu quero o teatro todo para mim, eu acho isso maravilhoso. Eu gosto de gente egoísta, que defende com unhas e dentes o seu trabalho. Mas o meu trabalho como diretor artístico é garantir que o terceiro corne inglês da orquestra tenha o mesmo valor que o (Daniel) Barenboim. Para a direção artística, todos são iguais e a gente vai alocar espaço, tempo e dedicação para cada projeto de maneira igual. Não se pode tratar com estrelas dentro da direção artística.”
Hirsch avaliou que seria impossível desmontar a estrutura do espetáculo para a realização do evento de gala, na véspera. Sugeriu que adiassem as récitas ou repensassem a festa. “Não mandei cancelarem. Não tenho esse poder. Só fui profissional. Montar no dia da estreia é pedir para dar errado’’, disse o diretor.
Sem citar o nome de diretor cênico – “Eu não posso criar problemas para a pessoa, porque não é culpa dela. Ele não tem culpa de exigir espaço –, Alex Klein admite que a situação é culpa da falta de organização do teatro, e não de Hirsch.
A Secretaria Municipal de Cultura informou que “recebeu com surpresa” a carta de renúncia do maestro Alex Klein e ainda não decidiu quem dirigirá o teatro a partir de agora. “Desde o momento do convite, foi esclarecido ao maestro Klein que a Secretaria de Cultura já havia iniciado a programação do centenário. Uma comissão havia se encarregado de definir as linhas da programação e as principais óperas e ele teria de trabalhar. O maestro sabia, desde o início, que sua liberdade era limitada pelos compromissos assumidos”.
fonte: Gazeta do Povo
http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1096103&tit=Alex-Klein-deixa-Teatro-Municipal-de-Sao-Paulo
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