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[quote="Laura"][b]Pianos (1901)[/b] Jorge Americano "Um escriturário era uma homem pobre, padrão monetário equivalente a qualquer escriturário de hoje. Mas o emprego não constituía sinecura. Devia assinar o ponto à hora certa e recebia tarefa para entregar ao chefe de seção ao fim do dia. Se era terceiro escriturário estava noivo ou recém-casado. Como segundo escriturário os filhos estavam na escola e todas as filhas estudavam piano. Tocar bem piano era uma das maneiras de ser da boa sociedade. Os pianos eram importados da França ou Alemanha: Bechstein, Pleyel, Stanway, Gerard. O escriturário fazia economias e alugava o piano. Pagava ao professor 30 mil réis por mês (três aulas por semana) para ver se a menina tinha vocação (além dos 10 mil réis do aluguel). Se tinha vocação, ia mantendo o aluguel e "fazendo economias". Ao fim de três anos (25 mil réis, mais os 10 de aluguel) comprava o piano (900 mil réis). Ainda não se imaginara o sistema de compra a prestações. Desta necessidade de ensinar cada moça "a ter uma prenda", resultava que toda moça devia aprender a tocar piano e cada rapaz só aprenderia se tivesse vocação. Quase todas as moças estudavam por imposição. E quase todas, quando casavam, traziam o piano como parte do mobiliário da casa. As que aprendiam só para mostrar que eram "prestimosas", deixavam a música no primeiro mês de gravidez, e o piano era vendido "para auxiliar o parto". As que tocavam por gosto continuavam no meio das vicissitudes, por toda a vida. As que não se casavam continuavam a tocar com a janela aberta, na esperança de que se interessasse pela música, um espírito de artista que passasse pela calçada. As que tocavam bem e não se casavam, faziam-se professoras de piano. E as que eram realmente pianistas, como mais tarde Antonieta Rudge, Alice Serva, Magdalena Tagliaferro, Guiomar Novais, fizeram carreira. Devido à divulgação do piano, ninguém atravessava a rua de bairro, desde o amanhecer até a hora do almoço, sem ouvir som de teclado. Desde o do-ré-mi, até Schubert, Chopin, Liszt, Brahms, Cezar Frank, Beethoven ou Bach. Mas havia gente implicante. A menina de sete anos dedilhava no vizinho, o do-ré-mi e o vem-cá-vitu? Não cessavam de esbravejar até a hora do almoço. Se a mocinha defronte tocava variações sobre Chopin, irritavam-se "por aquele barulho". Se escutavam Bach, diziam que "a polícia devia proibir isto". Em todo caso naquele tempo era possível percorrer a rua pela manhã, virar à esquerda, tomar à direita, sempre ouvindo música. Era, numa imagem audaciosa, algo como as Noites no jardins de Espanha, de Manoel de Falla. Só que era pela manhã. Com muito boa vontade, talvez fosse mesmo como Manoel de Falla. E creio que o era, pois, tantas vezes, pela manhã, fui acordando aos poucos, ao som do piano! Afinado, ou desafinado, pouco importa. Dó-ré-mi ou Bach, pouco importa. Era a aspiração remota da arte ou era arte. Mas era a parcela insignificante do infinito, que me cabia, e dentro do qual eu me sentia integrado." (Americano, Jorge. São Paulo naquele tempo (1895-1915). São Paulo, Edição Saraiva, 1957) *Fonte: "Revista Jangada Brasil" no. 103, de Agosto de 2007 ( www.jangadabrasil.com.br )[/quote]
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Mensagem
Pádua Fernandes
Enviada: Qua Set 28, 2011 3:11 am
Assunto:
Na verdade, relendo Stravinsky:
http://t.co/99xjz875
Spartaco
Enviada: Seg Mai 30, 2011 8:29 am
Assunto:
Caros prestonautas,
Ccomecei a ler o livro
Guerra dos Tronos
, primeiro volume da série
Crônicas de Gelo e Fogo
de
George R.R. Martin
.
Por enquanto, estou gostando muito, bem mais do que a série que está passando na HBO, pois a leitura tem muito mais detalhes e é bem mais envolvente que o filme, sendo narrada de uma maneira que você tem dificuldade para parar de ler.
Um abraço a todos.
Pádua Fernandes
Enviada: Sáb Mai 28, 2011 10:13 pm
Assunto:
Reli um livro de entrevistas do ex-empresário e ex-pianista João Carlos Martins, hoje maestro e ideólogo. Tive que incluir citações da obra aqui:
http://opalcoeomundo.blogspot.com/2011/05/matrimonio-igualitario-no-brasil-o.html
Pádua Fernandes
Enviada: Qui Mai 20, 2010 9:47 pm
Assunto:
Spartaco está atualizadíssimo. O livro só vai ser lançado neste sábado, 22/5/2010, às 11:00h com um recital na Sala São Paulo:
Encontros Clássicos
MARCO AURÉLIO SCARPINELLA BUENO e ANTONIO EDUARDO
Sábado, 22 de maio, às 11h
Palestra: Marco Aurélio Scarpinella Bueno
Recital de piano: Antonio Eduardo
Programa: obras de Arthur Lourié, Nikolai Roslavets e Galina Ustvolskaya
Entrada franca. Distribuição de senhas às 10h30.
Sala São Paulo - Sala do Coro
Loja CLÁSSICOS Sala São Paulo
Praça Júlio Prestes s/nº - Telefone (11) 3337-2719
Spartaco
Enviada: Qui Mai 20, 2010 3:06 pm
Assunto:
Caros prestonautas,
Estou lendo o novo livro de
Marco Aurélio Scarpinella
:
Círculo de Influências – da Revolução Bolchevique às gerações pós-Shostakóvitch
, que aborda os compositores da época da União Soviética, cuja principal característica que os une em suas produções, além da influência de Shostakóvitch, era o contexto político social que muitas vezes interferia na criação de uma suposta música dissidente.
Um abraço a todos.
Pádua Fernandes
Enviada: Qui Mai 20, 2010 12:50 pm
Assunto:
Não li este livro sobre Liszt e a modernidade, mas indico a resenha porque ela promete muito:
http://www.laviedesidees.fr/Liszt-et-la-modernite.html
Pádua Fernandes
Enviada: Sáb Jan 02, 2010 4:06 am
Assunto:
Saiu na internet, depois de um ano, a resenha de um livro que li há tempos atrás, "The rest is noise", de Alex Ross, que ganhou em português o título "O resto é ruído". O livro busca tratar da música do século XX; achei-o bastante inconsistente.
http://www.weblivros.com.br/k-jornal-de-cr-tica/k-jornal-de-cr-tica-21-jan-fev-09.html#sense
ZpinoZ
Enviada: Sex Dez 14, 2007 2:57 pm
Assunto:
Spartaco escreveu:
Estou lendo a biografia
SHNITTKE - MUSICA PARA TODOS OS TEMPOS
, livro do brasileiro Marco Aurelio Scarpinella Bueno.
Quase comprei, mas estou super provisionado para minha férias de Natal.
Estou lendo Proust e Huxley.
Z
Königin der Nacht
Enviada: Sex Dez 14, 2007 2:03 pm
Assunto:
Spartaco, parece bem interessante! Já eu, ultimamente, ando lendo só relatórios técnicos... *suspiro*
Spartaco
Enviada: Sex Dez 14, 2007 1:30 pm
Assunto:
Boa tarde prestonautas,
Estou lendo a biografia
SHNITTKE - MUSICA PARA TODOS OS TEMPOS
, livro do brasileiro Marco Aurelio Scarpinella Bueno.
Considero uma boa leitura, que aborda não só a vida do compositor, mas também a sua obra e a relação do artista com o governo soviético.
Um abraço a todos.
ZpinoZ
Enviada: Qua Ago 08, 2007 9:31 am
Assunto:
É verdade Pádua, minha redação foi imprecisa e incompleta. Klaus Mann foi autor do romance no qual o roteiro foi baseado.
Grato pela atenta leitura do post.
Z
SérgioNepomuceno
Enviada: Qua Ago 08, 2007 1:30 am
Assunto:
pra ser sincero, só estou lendo a respeito de viena, na qual vou passar uma temporada em breve. desde sites, passando por panfletos e orçamentos. Com sorte pego a norma da gruberova em dezembro!!
mas do qe eu gosto mesmo é a coleção histórias pra Aquecer o coração; eu choro lágrimas de sangue quando leio aquelas maravilhas de histórias. O juquinha era baleiro e virou um grande empresário. Sinto-me inspirado a cada leitura desse ápice literário mundial. Alterno com dostoievski; o pessoal adora quando falo que chorei no assassinato da velha agiota.
Pádua Fernandes
Enviada: Qua Ago 08, 2007 12:55 am
Assunto:
ZpinoZ escreveu:
Encontrei um livro interessante:
Sinfonia Patética - A Vida de Tchaikóvski
, cujo autor, curiosamente, é Klaus Mann, filho de Thomas Mann. Entre outras coisas, autor do roteiro do filme
Mephisto
de István Szabó, de 1981, que trata da trajetória do artista no Nazismo. Na época, me lembro, uma porretada.
Kaus Mann (e seus irmãos) é uma figura emblemática de um certo desassossêgo, normalmente oriundo do norte da Europa, que Bergman as vezes retrata. Destino igual, por exemplo, ao dos irmãos Wittgenstein.
Não li ainda, mas é quase uma conseqüência silogística que ele tenha se interessado pelo autor russo.
Z
Acho que a informação está incorreta. O escritor Klaus Mann, filho de um certo prêmio Nobel de literatura, morreu em 1949 e nunca ouviu falar do filme de 1981, baseado neste romance, "Mephisto", (não um roteiro) que ele escreveu durante o exílio.
O livro não pôde ser publicado na Alemanha durante o nazismo e, depois de lançado na Alemanha Ocidental, chegou a ser judicialmente proibido nesse país durante alguns anos.
O roteiro do filme foi baseado no romance do escritor.
ZpinoZ
Enviada: Ter Ago 07, 2007 9:09 pm
Assunto:
Encontrei um livro interessante:
Sinfonia Patética - A Vida de Tchaikóvski
, cujo autor, curiosamente, é Klaus Mann, filho de Thomas Mann. Entre outras coisas, autor do roteiro do filme
Mephisto
de István Szabó, de 1981, que trata da trajetória do artista no Nazismo. Na época, me lembro, uma porretada.
Kaus Mann (e seus irmãos) é uma figura emblemática de um certo desassossêgo, normalmente oriundo do norte da Europa, que Bergman as vezes retrata. Destino igual, por exemplo, ao dos irmãos Wittgenstein.
Não li ainda, mas é quase uma conseqüência silogística que ele tenha se interessado pelo autor russo.
Z
Königin der Nacht
Enviada: Ter Ago 07, 2007 9:33 am
Assunto:
Ricardovsky escreveu:
Cheguei tarde na discussão. Na minha opinião, ler Harry Potter é melhor do que ler Paulo Coelho, que é ruim demais, e o pior é que ele se acha digno de fazer parte da Academia Brasileira de Letras (talvez seja mesmo, levando-se em conta quem está lá hoje). Se estou criticando Paulo Coelho é porque li um livro dele, que nem lembro o nome (era dos mais famosos).
Ricardovsky,
Você, pelo menos leu para criticar... pior sou eu, que, quando o assunto é Paulo Coelho, sigo a linha "não li e não gostei"... *risos* Prefiro as revistas de tricô... *risos*
Abraços
Milena
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