Presto - Índice do Fórum
->
Fórum Geral
Responder
Utilizador
Assunto
Corpo da messagem
Emoticons
Ver mais emoticons
Cor do texto:
Padrão
Vermelho Escuro
Vermelho
Laranja
Castanho
Amarelo
Verde
Azeitona
Ciano
Azul
Azul Escuro
Indigo
Violeta
Branco
Preto
Tamanho Fonte:
Mínima
Pequena
Normal
Grande
Enorme
Fechar Tags
[quote="Amancio"]Ok, Serginho, me desculpe. Googlei os termos que eu não conhecia, procurei me informar melhor, busquei as partituras e ouvi novamente todos os trechos que vc citou para entender melhor sua mensagem. Para que os outros também possam entender, [i]dessergenizei-a[/i] numa linguagem mais acessível às pessoas desta comunidade, segue abaixo (com meus comentários e dúvidas em itálico). Nas gravações do Nicol Matt não é o coro que é "pesado"; o que acontece nas gravações é uma série de fatores complexos, como baixo contínuo, cordas, andamento, madeiras, tímpanos, etc. [i](Apesar de que eu ainda acho que o problema é a gravação, a tomada sonora).[/i] Um destes fatores complexos é o destaque dado às vozes em detrimento das cordas [i](tomada sonora).[/i] As vozes soam desequilibradas, as que ficam em mais destaque são as que cantam com conforto em tessitura grave. [i](Sérgio, qual naipe? Sopranos, contraltos, tenores ou baixos? Todos tem sua tessitura grave.)[/i] O destaque das vozes fica ainda maior por causa das cordas, que tocam articuladamente e com pouco volume. [i](Perguntas: tocar articuladamente seria algo ruim? Não é algo que faz parte da interpretação, da linguagem de época mozartiana? E o volume das cordas, vc se refere a tocar alto/baixo ou volume presencial, digo, aquele som que "enche o espaço", número de músicos, etc? De novo, não consegui entender o que vc quis dizer com "suporte das baixas", por mais lenta que eu leia a frase).[/i] Com isso os tímpanos ficam em primeiro plano, curtos, com valores breves. [i](De novo, isso não faz parte da interpretação? Não poderia também ser problema da tomada sonora? As cordas, tocando baixas, não justificam o realce dos tímpanos).[/i] Exemplo: vejam o Rex [i](Rex tremendae?)[/i] do Réquiem e o coro cantando cada sílaba de maneira segregada e curta. [i](Não consegui notar nada de diferente aí).[/i] O jeito de cantar do coro recebe o apoio, ou melhor, canta em função dos tímpanos. [i](Este exemplo queria demonstrar exatamente o quê? Que os tímpanos e o coro cantam mais alto que as cordas? Mas neste trecho as cordas não tocam... - estamos falando do "Rex tremendae majestatis", compasso 6, certo?).[/i] Outros exemplos da gravação do Réquiem pelo Nicol Matt, no final do Kyrie as notas do tímpano ficam bastante destacadas. [i](Achei normal, vc achou que ficou alto demais? E o que este exemplo queria demonstrar?)[/i] No Dies Irae, no trecho em que os baixos cantam "Quantus tremor est futurus", os demais respondem "Dies irae, dies illa" fazendo um crescendo nas primeiras notas. [i](Este exemplo demonstra exatamente o quê? O crescendo me parece fazer parte da interpretação, e não parece justificar o "coro pesado").[/i] Vejam também o Kyrie da Grande Missa em Dó menor, com o mesmo regente. Os que conhecem a gravação do Marriner estranham quase substituição do coro no início e após a entrada da soprano principal por uma 2a soprano, com voz completamente sem harmônicos, branca. [i](Não conheço a gravação do Marriner, e não consegui localizar o trecho que vc citou. O coro está lá, conferi na partitura todas as entradas e não houve substituição pela segunda soprano. Aliás, a segunda soprano nem canta nesse movimento).[/i] Ainda na Grande Missa, no trecho que antecede a entrada da soprano (compasso 33, antes do primeiro "Christe eleison"), a frase dos violinos passa desapercebido pois eles soam "avolumétricos". [i]("Avolumétrico" quer dizer sem som? Eles tocaram baixo, ou a sonoridade era magra?)[/i] O pessoal também deve estranhar algumas mudanças na estrutura. [i](Como assim? Inverteram o Kyrie com o Christe? A gravação do Marriner é tão diferente assim?)[/i] Há uma ornamentação a mais num crescendo da soprano principal antes da retomada do coro. [i](É a ornamentação do "eleison" do compasso 49, quando todos páram para a cadência da soprano? A frase dela é toda ornamentada, desde o começo; e o trecho aqui tem função de uma cadência).[/i] No caso da gravação do Matt, a retomada do coro acontece praticamente só com a segunda soprano, a da voz branca, com uma ou outra intervenção do coro. [i](Serginho, depois veja na partitura, http://coblitz.codeen.org:3125/dwstore.sonydadc.com/mozarteum/ed/ucb02_9_15.jpg, compasso 71, a retomada é apenas com as sopranos mesmo, e são as do coro, não é a segunda soprano. Se vc ouvir, é o coro que canta, não é um solo. O coro pode até ser pequeno, mas continua sendo coro. Mas, retomando o assunto, o que mesmo este exemplo queria demonstrar?).[/i] Bom... sacrifiquei 1h e meia do meu estudo de cello, apenas estudando e escrevendo esta mensagem. Espero que não tenha sido em vão.[/quote]
Opções
HTML está
Inactivo
BBCode
está
Activo
Smileys estão
Activos
Desactivar BBCode nesta mensagem
Desactivar Smileys nesta mensagem
O fuso horário em uso é GMT - 3 Horas
Aceder a:
Seleccione um Fórum
Fóruns do Presto!
----------------
Fórum Geral
Rever o tópico
Autor
Mensagem
Sarastro
Enviada: Qui Nov 10, 2011 6:25 am
Assunto:
IvanRicardo escreveu:
Eu tinha quase certeza que aqui no Presto havia um tópico exclusivo sobre Concertos para Piano. Mas eu procurei agora e não encontrei mais. Acho que me enganei. Queria saber a opinião de vocês sobre os Concertos de Mozart, porque ontem, pela primeira vez (vejam que absurdo!) conheci um deles na íntegra... E que concerto! A gravação da Brilliant não me deixa enganar: o K. 466 (Nº20) é uma das melhores obras desse gênero que já ouvi!
Como se não bastasse aquela habitual perfeição mozartiana, repleta de melodias encantadoras, e do humor típico do compositor, há nele uma carga dramática que eu sinceramente não conhecia na obra instrumental de Mozart. Por vezes me senti ouvindo uma obra do período romântico. Beethoven deve ter ficado maravilhado com ele, porque escreveu duas cadências (WoO 58 ) para este Concerto. Sensacional!
Houve muita discussão no Allegro. Lembro-me que algumas das gravações do Derek Han foram severamente criticadas (não a orquestra e a regência - as críticas se dirigiam para o pianista). Mas as críticas não foram unânimes e nem dirigidas a todos os concertos.
IvanRicardo
Enviada: Seg Nov 07, 2011 9:44 pm
Assunto:
Eu tinha quase certeza que aqui no Presto havia um tópico exclusivo sobre Concertos para Piano. Mas eu procurei agora e não encontrei mais. Acho que me enganei. Queria saber a opinião de vocês sobre os Concertos de Mozart, porque ontem, pela primeira vez (vejam que absurdo!) conheci um deles na íntegra... E que concerto! A gravação da Brilliant não me deixa enganar: o K. 466 (Nº20) é uma das melhores obras desse gênero que já ouvi!
Como se não bastasse aquela habitual perfeição mozartiana, repleta de melodias encantadoras, e do humor típico do compositor, há nele uma carga dramática que eu sinceramente não conhecia na obra instrumental de Mozart. Por vezes me senti ouvindo uma obra do período romântico. Beethoven deve ter ficado maravilhado com ele, porque escreveu duas cadências (WoO 58 ) para este Concerto. Sensacional!
IvanRicardo
Enviada: Qui Nov 03, 2011 9:38 pm
Assunto:
Eu não me considero, assim, um grande admirador de Mozart. Na minha listinha de compositores favoritos talvez ele apareça lá pela sexta ou sétima posição, somente, mas eu não posso negar que esse gênio da música por vezes faz coisas que me deixa de queixo caído.
A Sonata para Piano a Quatro Mãos K.381 (vol.6 CD12) é uma delas e eu não faço ideia de onde Mozart enfiou a cara para encontrar tanta beleza pra uma peça só. (Se ninguém vier e cortar minha energia elétrica eu não vou conseguir parar de ouvir).
Outra obra digna das maiores considerações, das maiores meeeeeesssssmo, é a Sonata para Violino K.379 (vol.4 CD11). Obra acima do seu tempo, dá pra não ficar paralisado diante de um 1º movimento tão bonito? Dá sim, porque se você chegar vivo ao último movimento conhecerá um dos mais maravilhosos exemplos de “tema com variações” que podem existir.
Tiago Arruda
Enviada: Dom Dez 19, 2010 7:03 pm
Assunto:
Na verdade, Ivan, algumas sinfonias saíram, mas várias entraram, então a 40 pode virar 45.
Mesmo sabendo disso, eu mantenho minha opinião. A gente se acostuma... é como a reforma ortográfica da nossa língua: mais cedo ou mais tarde a gente se acostuma.
IvanRicardo
Enviada: Dom Dez 19, 2010 6:40 pm
Assunto:
Pois é, Tiago. Eu penso que o catálogo Koechel há muito tempo deixou de ser uma sequência lógica das coisas. No entanto, dois meses depois de eu ter iniciado essa discussão, me conformei com a ideia de que este catálogo é apenas uma representação matemática e simbólica da música.
Veja a confusão que uma nova catalogação poderia causar. Como você mesmo explicou, essas duas sinfonias não são de Mozart. Há também a nº37 (vide o link), que também não é dele. Ou seja, a tão famosa Sinfonia nº40, numa nova organização, passaria a ser, quem diria, a nº37, que não existe!
Então, depois disso, se alguém viesse e me convidasse a ouvir a Sinfonia em Sol menor, talvez eu rebatesse dizendo “não acha melhor irmos ali experimentar um chocolate quente com chantilly?”
Tiago Arruda
Enviada: Dom Dez 19, 2010 1:29 pm
Assunto:
Ivan, Amancio,
A sinfonia KV 17 é atualmente atribuída a Leopold Mozart. A KV 18 foi identificada como sendo de Carl Friedrich Abel. Mozart usou-a como exercício então atribuíram erroneamente a ele. Mais informações sobre sinfonias de atribuição falsa ou duvidosa a Mozart neste link:
http://en.wikipedia.org/wiki/Mozart_symphonies_of_spurious_or_doubtful_authenticity
E eu concordo com você, Ivan, quanto ao catálogo Kochel, aquilo está uma bagunça. Acho que os musicólogos deviam se juntar, fazer um consenso e fazer um novo catálogo. Teríamos que nos acostumar com uma nova numeração para cada obra, mas considero a situação atual muito pior.
Abraços.
Sarastro
Enviada: Dom Nov 28, 2010 5:25 pm
Assunto:
Ouvi hoje a Gran Partita da Integral, depois de muito tempo.
A audição foi mais atenta, e meu conceito da gravação subiu. Gostei muito da leitura do segundo movimento (o tempo de minueto está bem destacado) e do terceiro, mais rápido do que o usual.
Mas, ainda quero adquirir uma versão com instrumentos de época, para completar o acervo.
Amancio
Enviada: Qui Out 15, 2009 9:49 am
Assunto:
Não é difícil de entender. No seu exemplo: vc sabe de cabeça qual é o K.624? (ok, talvez vc saiba... mas eu vejo por mim, que tenho 20 anos de praia e uma integral Mozart há 3 anos, não faço idéia do que seja). Mas o K.626, todo mundo que conhece Mozart sabe que é o Réquiem, sua última obra. K.492, Le Nozze di Figaro; K.527, Don Giovanni; K.525, Eine kleine; K.620 Zauberflöte, K.622 o concerto para clarinete.
Não ouvi o CD 2 ainda; mas vc pode perceber que nem o K.17 nem o K.18 constam mais no Koechel. Veja o link que eu passei acima.
IvanRicardo
Enviada: Qua Out 14, 2009 7:45 pm
Assunto:
Entendo, só acho que os caras que fazem isso ou são meio malucos ou são geniais demais. Por que, por exemplo, não mantiveram o K.624 da primeira edição, tiveram que “inventar” um K.626a? Vá lá entender a lógica deles. E quanto às sinfonias 2 e 3, que seriam respectivamente K.17 e K.18, você sabe alguma coisa sobre elas? No CD 2 das sinfonias parece que uma delas realmente pertence a Leopold Mozart.
Amancio
Enviada: Qua Out 14, 2009 6:02 pm
Assunto:
O índice Koechel ordena as obras de Mozart por data de composição. Porém, às vezes se descobre obras novas; às vezes se descobre que Mozart copiou a obra de outra pessoa pra estudar (então a obra NÃO É do Mozart, apesar de existirem manuscritos com a caligrafia dele), e às vezes surgem evidências de que esta ou aquela obra foi composta num ano diferente do que se imaginava. Então tem um povo que revisa o catálogo - pra vc ter uma idéia, já estamos na sexta edição.
http://en.wikipedia.org/wiki/K%C3%B6chel_catalogue
As letras aparecem porque algumas obras são tão famosas que seria impossível mudar o K. Já imaginou as sinfonias 40-41 com outro K. senão 550-551? Ou um outro Réquiem além do K.626?
IvanRicardo
Enviada: Qua Out 14, 2009 5:01 pm
Assunto:
Sobre esta integral de Mozart, é verdade que nela existem até obras de seu pai Leopold? E que as sinfonias 2 e 3 não existem? E sobre a catalogação das obras de Mozart percebo que existe uma mais "certinha" e outra, possivelmente realizada depois, em que se subdividem os K. em letras do alfabeto, sendo que muitos acabaram "desaparecendo", formando várias lacunas. Enfim, uma loucura. Não estaria na hora de alguém parar e dizer assim, “calma, sentai-vos todos aí, vamos começar tudo de novo.”?
Amancio
Enviada: Qua Out 14, 2009 4:23 pm
Assunto:
Ouvindo aqui: Árias de concerto VI (Vol. 8 CD 7). Tem árias para mim desconhecidas, como:
Mia speranza adorata! - ah, non sai, qual pena sia il doverti K.416
A Berenice... sol nascente K.70
Ma, che vi fece, o stelle K.368
Algumas delas são estágio pra Rainha da Noite. Outras, pra quem já cantou muita Rainha da Noite. Mas tem umas duas ali que, olha... é quase sobre-humano!
Pádua Fernandes
Enviada: Ter Mar 10, 2009 12:59 am
Assunto:
Nessa gravação, os solistas são, em geral, mais ou menos.
Amancio
Enviada: Seg Mar 09, 2009 2:23 pm
Assunto:
Ouvindo: Le Nozze di Figaro, com La Petite Bande, Sigiswald Kuijken e, nos papéis principais: Werner van Mechelen, Christiane Oelze, Huub Claessens e Patrizia Biccire. Gravação bem márromeno, com alguns andamentos mais lentos do que o que eu esperaria para uma com instrumentos de época.... mas mesmo assim, a música preserva sua vivacidade e humor.
Dá-lhe Wolfie!
Pádua Fernandes
Enviada: Qua Nov 19, 2008 12:01 am
Assunto:
De fato, a integral européia tem essa ópera regida por Charles Mackerras.
Powered by
phpBB
© 2001, 2002 phpBB Group
Theme created by
Vjacheslav Trushkin
Web Hosting Directory