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[quote="Pádua Fernandes"]Os casos do livro de Thomas Mann e da Recherche são muito diferentes. Em "Doutor Fausto", há descrições técnicas da música - e do sistema dodecafônico - que exigiam um conhecimento que Mann não tinha, por isso foi-lhe tão providencial Adorno, que era um filósofo que também compôs umas poucas obras musicais (e não um "músico-filósofo", pois ele não vai passar para a história como compositor). Quando lemos "Em busca do tempo perdido", a presença da música é muito diferente. Há, claro, o personagem do violinista de moral suspeita, Morel, mas Proust não se dedica a essas descrições técnicas. Porém, a música está presente em todos os volumes do romance, muitas vezes por causa dos salões. "Le pianiste ayant terminé le morceau de Liszt et ayant commencé un prélude de Chopin, Mme de Cambremer lança à Mme de Franquetot un sourire de satisfaction compétente et d'allusion au passé." (Du Coté de chez Swann, À la recherche du temps perdu, Gallimard, Ed. Quarto, 1999, p. 266) [O pianista tendo terminado o trecho de Liszt e começado um prelúdio de Chopin, Mme de Cambremer dirigiu a Mme de Franquetor um sorriso de conhecedor satisfeito e de alusão ao passado.] Trata-se de uma cena de salão, mas a música não é mencionada só por motivo de esnobismo, ao contrário do fazem muitos dos personagens nobres do romance. Ela é uma das formas de buscar o passado. Por isso, acho que a relação entre música e literatura nesse Proust é mais orgânica, por assim dizer, do que anquele romance de Mann - o escritor alemão teria escrito, em termos técnicos, o romance da mesma forma se o seu personagem principal fosse um arquiteto, por exemplo. Já, em Proust, a música determina o estilo. E a sonata do Vinteuil, que também é um personagem (Proust muitas vezes se inspirava em mais de uma pessoa para compor seus personagens; Vinteuil é meio Franck, meio Fauré...), associa-se ao amor de Swann e por Odette, depois, por metamorfoses desse motivo (como se estivéssemos em Wagner), ao próprio amor de Marcel: "Ce fut un de ces jours-là qu'il lui arriva de me jouer la partie de la Sonate de Vinteuil où se trouve la petite phrase que Swann avait tant aimé. Mais souvent on n'entend rien, si c'est une musique un peu compliquée qu'on écoute la première fois." (Du Coté de chez Swann, À la recherche du temps perdu, Gallimard, Ed. Quarto, 1999, p. 422) [Foi num desses dias que ele teve a idéia de me tocar a parte da Sonata de Vinteuil onde se encontra a pequena frase que Swann tinha tanto amado. Mas freqüentemente não entendemos nada, se é uma música um pouco complicada que escutamos pela primeira vez.] Esse problema de recepção, acima referido, aconteceu com o próprio livro de Proust... E há outros músicos, como Beethoven. Nesta passagem, que vem logo depois da anterior, lemos sobre a mesma questão: "Ce sont les quators de Beethoven (les quators XII, XIII, XIV et XV) qui ont mis cinquante ans à faire naître, à grossir le public des quators de Beethoven, réalisant ainsi comme tous les chefs-d'oeuvre un progrès sinon dans la valeur des artistes, du moins dans la société des esprits, largement composée aujourd'hui de ce qui était introuvable quand le chef-d'oeuvre parut, c'est-à-dire d'être capables de l'aimer." (Du Coté de chez Swann, À la recherche du temps perdu, Gallimard, Ed. Quarto, 1999, p. 423) [São os quartetos de Beethoven (os quartetos XII, XIII, XIV e xV) que levaram cinqüenta anos para fazer nascer, aumentar o público dos quartetos de Beethoven, realizando assim como todas as obras-primas um progresso, senão no valor dos artistas, au menos da na sociedade dos espíritos, largamente compsota hoje do que não se podia encontrar quando a obra-prima apareceu, isto é, seres capazes de a amar.] Beethoven não era apenas uma moda para Proust, ao contrário do que Stravinsky, provavelmente ignorante da obra do escritor, afirmou com desdém. Um exemplo menos comentado de como a música é determinante no Proust (muito mais do que em Mann) é aquele momento em que "O sole mio" se associa à incapacidade de agir e de decidir do protagonista: "Sans doute ce chant insignifiant entendu cent fois, ne m'intéressait nullement. Je ne pouvais faire plaisir à personne ni à moi-même en l'écoutant aussi religieusement jusqu'au bout. Enfin, chacun des motifs connus d'avance par moi, de cette vulgaire romance ne pouvait me fournir la résolution dont j'avais besoin; bien plus, chacune de ces phrases, quand elle passait à son tour, devenait un obstacle à prendre efficacement cette résolution ou plutôt elle m'obligeait à la résolution contraire de ne pas partir, car elle me faisait passer l'heure." (Albertine disparue, À la recherche du temps perdu, Gallimard, Ed. Quarto, 1999, p. 2098) [Sem dúvida, esse canto insignificante ouvido cem vezes não me interessava de forma alguma. Eu não poderia dar prazer a ninguém, nem a mim mesmo, escutando-o tão religiosamente até o fim. Enfim, cada um dos motivos já conhecidos por mim dessa romança vulgar não poderia me fornecer a resolução de que eu precisava; mais do que isso, cada uma dessas frases, na vez em que passava, se tornava um obstáculo contra a tomada da resolução, ou antes me obrigava à resolução contrária de não ir embora, pois me fazia perder tempo.] E há a ópera "La Juive", de Halévy, tantas vezes referida, por causa dos personagens judeus, de Rachel e do caso Dreyfus - um momento de grande anti-semitismo na França. Vejam os absurdos que Charlus fala: "Quand on donne dans la Semaine Sainte ces indécents spetacles qu'on appelle [i]La Passion[/i], la moitié de la salle est remplie de juifs, exultant à la pensée qu'ils vont mettre une seconde fois le Christ sur la Croix, au moins en effigie. Au concert Lamoureux, j'avais pour voisin un jour un riche banquier juif. On joua [i]L'Enfance du Christ[/i], de Berlioz; il était consterné. Mais il retrouva bientôt l'expression de béatitude qui lui est habituelle en entendant 'L'Enchantement du Vendredi Saint'." (Sodome et Gomorrhe II, À la recherche du temps perdu, Gallimard, Ed. Quarto, 1999, p. 1585) [Quando se executam na Semana Santa esses indecenters espetáculos que chamam de A Paixão, metade da sala está cheia de judeus, exultando com o pensamento de que vão colocar Jesus de novo na Cruz, pelo menos em efígie. No concerto Lamoureux, eu tinha por vizinho um dia um rico banqueiro judeu. Executava-se a "Infância de Cristo" de Berlioz; ele estava consternado. Mas ele recontrou logo a expressão de beatitude que lhe é habitual ouvindo "O encantamento da sexta-feira santa".] A última obra mencionada é, curiosamente, do Parsifal de Wagner... E, muito antes do Coppola, esta comparação, em tempos de primeira guerra mundial: "Il semblait avoir plaisir à cette assimilation des aviateurs et des Walkyries et l'expliqua d'ailleurs par des raisons purement musicales: 'Dame, c'est que la musique des sirènes était d'un [i]Chevauchée[/i]! Il faut décidément l'arrivée des Allemands pour qu'on puisse entendre du Wagner à Paris!'" (Le temps retrouvé, À la recherche du temps perdu, Gallimard, Ed. Quarto, 1999, p. 2179) [Ele parecia ter prazer nessa comparação de aviadores e Valquírias e a explicou, aliás, por razões puramente musicais: "Dama, é que a música das sirenes era de uma Cavalgada! Decidamente, é necessária a entrada dos alemães para que se possa ouvir Wagner em Paris!"] O mundo desse romance de Proust é tão rico... É preciso lê-lo. Há também, ao lado de Vinteuil, o pintor Elstir, o escritor Bergotte. Os músicos e admiradores de música deste fórum que ainda não tenham lido toda a Recherche, creio, encontrariam bastante para refletir.[/quote]
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Pádua Fernandes
Enviada: Sex Fev 08, 2008 3:30 pm
Assunto:
Não é questão de perdão... Mas o gosto pode mudar, assim como as namoradas! Tudo é questão de se estar aberto para o novo. Vejam a reflexão, na
Recherche,
do Swann sobre a Odette - de que ela não era o seu tipo...
ZpinoZ
Enviada: Sex Fev 08, 2008 10:02 am
Assunto:
[quote="Pádua Fernandes"]
ZpinoZ escreveu:
Laura escreveu:
Pessoalmente acho que era só o namorado/marido mudar seu gosto musical.
Z
É mais fácil mudar de namorada do que mudar de gosto. Até porque se muda de namorada de acordo com o gosto...
Pádua,
Me perdoe o lapso. Você tem inteira razão. Não se muda o gosto.
Z
Laura
Enviada: Sex Fev 08, 2008 9:43 am
Assunto:
No contexto do livro, a discussão rock X música de câmara era só um jeito dos noivos disfarçarem outros conflitos que se localizavam bem mais abaixo que os ouvidos.
Pádua Fernandes
Enviada: Sex Fev 08, 2008 3:21 am
Assunto:
[quote="ZpinoZ"]
Laura escreveu:
Pessoalmente acho que era só o namorado/marido mudar seu gosto musical.
Z
É mais fácil mudar de namorada do que mudar de gosto. Até porque se muda de namorada de acordo com o gosto...
ZpinoZ
Enviada: Qui Fev 07, 2008 10:12 am
Assunto:
Laura escreveu:
Acabei de ler um livro - "Na Praia", de Ian McEwan - em que a personagem principal é violinista e toca num quarteto em Londres. O namorado/marido gosta de rock. E ao tentarem se aproximar dos gostos musicais um do outro...
Pessoalmente acho que era só o namorado/marido mudar seu gosto musical.
Z
Pádua Fernandes
Enviada: Qua Fev 06, 2008 2:56 am
Assunto:
Creio, Laura, que a finalidade não é musical, mas hipnótica. É preciso suspender o julgamento musical e entrar em transe para ficar no clima.
Laura
Enviada: Ter Fev 05, 2008 4:31 pm
Assunto:
Acabei de ler um livro - "Na Praia", de Ian McEwan - em que a personagem principal é violinista e toca num quarteto em Londres. O namorado/marido gosta de rock. E ao tentarem se aproximar dos gostos musicais um do outro, a violinista sai com a seguinte análise:
"...ela admitiu que o que não suportava era a bateria. Se a melodia era tão elementar, em geral uma cadência simples de quatro tempos, por que tinha que haver essa batida implacável, todo esse estrondo e estardalhaço, para marcar o ritmo? Qual era o objetivo, se já havia uma guitarra rítmica e, muitas vezes, um piano? Se os músicos tinham que ouvir uma marcação, por que não usavam um metrônomo?'
Roman de Fauvel
Enviada: Sex Jan 25, 2008 5:18 pm
Assunto:
Cadê o Bruno Gripp quando se mais precisa dele?
Pádua Fernandes
Enviada: Sáb Jan 12, 2008 9:38 pm
Assunto:
CID escreveu:
Veio-me à mente
A hora da estrela
, de Clarice Lispector, onde o narrador agradece a vários compositores clássicos por terem eles "atingido zonas assustadoramente inesperadas". Que zonas seriam essas? Que importância teria a manifestação delas no desenrolar da narrativa?
Isso aparece na narrativa: a única coisa belíssima, lemos no livro, da vida da Macabéa foi a ária do
Elixir
cantada por Caruso.
CID
Enviada: Sáb Jan 12, 2008 9:12 pm
Assunto:
Sem querer interromper os comentários acerca de
Doutor fausto
e
Contraponto
, mas percebi que nenhum escritor(a) brasileiro foi comentado, talvez por falta mesmo do tratamento da música nas obras de autores nacionais.
Do que me lembro, posso citar um conto de Machado de Assis que aborda a questão da impossibilidade de expressão de uma perspectiva pessimista e com uma ironia amarga. Chama-se
Cantiga de esposais
e é sobre um padre que tenta compor (ou concluir, não me lembro) uma música e não consegue. Após rasgar a partitura, ouve num canto de pássaros a melodia que ele estava procurando e vai dormir, amanhecendo morto.
Clarice Lispector parece tratar o mesmo tema de modo diferente. Em
A hora da estrela
, o narrador, Rodrigo S. M., agradece a vários compositores clássicos por terem eles "atingido zonas assustadoramente inesperadas". A meu ver, essas "zonas ocultas" parecem ter feito o narrador notar sua própria dificuldade de descrever a história de Macabéa, vindo daí os questionamentos sobre o ato de escrever presentes no livro.
Cabe destacar também o aproveitamento que a poesia concreta fez da música de compositores de Vanguarda, especialmente da Segunda Escola de Viena, com destaque para Webern. Na série de poemas
poetamenos
, por exemplo, Augusto de Campos cria um equivalente da "Klangfarbenmelodie" na poesia, utilizando, ao invés de timbres, frases, palavras, sílabas, letras e cores.
Um abraço a todos
CID
ZpinoZ
Enviada: Ter Jan 01, 2008 11:10 am
Assunto:
Bosco escreveu:
Eu citaria outro grande livro: Contraponto de Aldous Huxley. A existência de Deus é revelada na audição da op.132 de Beethoven.
Retomando um tema antigo...
Tinha lido faz muito, muito tempo
Contraponto
de Aldous Huxley, nestas férias de Natal revolvi reler. Trata-se de uma exposição multifacetada da aristocracia inglesa entre guerras, em conseqüência fala-se da Música que eles consumiam, Na verdade, precisamente, duas obras:
Suíte em Si Menor para Flauta e Cordas, opus BWV 1067
, de Bach; e o
Quarteto de Cordas N. 15, opus 132
, de Beethoven, especialmente o terceiro movimento, a famosa Canção Lídia.
A primeira, Bach, serve de música de fundo a um momentoso baile numa riquíssima mansão onde são apresentados todos os incontáveis personagens que transitaram pelo romance. E interessante Huxley falar o tempo todo em pastoras e pastores, como “contraponto”, da sofisticada e blasé, aristocracia britânica.
En passant
, uma coisa boa das Integrais é isso: falou, na hora a gente consulta a obra.
A segunda, Beethoven, quase fecha o livro, e, além de servir como ponto relevante da trama para encerramento do romance, é apresentada (o Terceiro Movimento) como manifestação da existência de Deus.
Comparando
Contraponto
de Huxley e
Doutor Fauto
de Thoman Mann, no que se refere à Música, existe uma diferença fundamental, de natureza, de estrutura narrativa do romance. No inglês a Música é, digamos, "incidental", uma elemento da cultural. Enquanto no alemão constitui o cerne mesmo do enredo.
Edição para um adendo muito importante:
Sei que
Contraponto
é conhecido como uma espécie de Jazz-Litteratura, e também que reivindicam que ele tenha uma estrutura de Sinfonia, ou seja, que a coleção de temas/moivos do romance são retomados e retrabalhados continuamente. Entretanto acho que isso não fica evidente para um leitor desavisado, que não tenha essa infomação préviamente.
Entretanto existem curiosas similitudes entre os dois livros: uma é a dolorida morte, o “sacrifício” de um garoto, apresentando cheio luzes, de aspectos positivos e extrema simpatia; outra um crime gratuito e intempestivo, quase desnecessário, porque, rigorosamente, à margem da trama; e por fim e mais interessante, o Bosco já havia apontado no inglês, porém em ambos os autores, o Quarteto de Cordas N. 15 de Beethoven é escolhido para evidenciar a existência de Deus.
Nada sei dizer sobre o resto, mas anjos existem,em 15/12/2005, na Sala São Paulo, eu vi um deles cantar no Elias de Mendelssohn.
Z
ZpinoZ
Enviada: Sex Ago 24, 2007 11:27 am
Assunto:
Piras escreveu:
... Mas é claro que quem conheceu
Herr
Kroger e
Doctor
Von Aschembach deveria também ser apresentado a
Herr
Leverkuhn. O problema é que, mal o conhecendo, já desgosto do sujeito...
Muito interessantes suas considerações, me permita comentá-las.
Mas será que esse "desconforto não muito bem explicado" que sentimos em relação à Leverkuhn não foi premeditado por TM, e, mais que isso, um traço sutil e brilhante de sua contrução de personagens?
Veja, no Doutor Fausto, desde o primeiro parágrafo, o narrador esta fazendo um discurso de justificação. Desde o início, ele na própria tessitura da escritura, na parciomônia com que avança informações, nos induz a pensar que ele esta tentanto "salvar" um monstro, um pecador sem remissão, um desviado, um trangressor.
Z
Piras
Enviada: Sex Ago 24, 2007 1:23 am
Assunto:
Engraçado! Eu nunca consegui reconhecer no Vinteuil nem Franck, nem Debussy. Talvez seja pelo fato citado pelo Pádua: o Proust fala antes de personalidades do mundo musical que de música propriamente dita. No fundo, no fundo, acho que ele não era lá um entendido no que respeita ao assunto (no que respeita ao assunto...). No
À sombra das raparigas em flor
, o segundo volume do
Em busca do tempo perdido
, há algumas referências a uma atriz muito famosa, a Brema, na qual pode ser facilmente reconhecida a Sarah Bernhardt. O problema é que, em Proust, nunca sabemos se estes personagens correpondem a uma figura real ou a um compósito delas.
*-*-*-*-*-*
Sou muito apegado ao Thomas Mann, mas o seu único grande romance que não li foi exatamente o Doutor Fausto. Senti uma repulsa inexplicável e invencível pelo texto, apesar de todos os testemunhos próximos a seu favor. Mas é claro que quem conheceu
Herr
Kroger e
Doctor
Von Aschembach deveria também ser apresentado a
Herr
Leverkuhn. O problema é que, mal o conhecendo, já desgosto do sujeito...
Leonardo T. de Oliveira
Enviada: Sex Jun 01, 2007 2:55 pm
Assunto: Re: "
Laura escreveu:
(...)
1. Hum... parece que há controvérsias sobre a tal sonata a que o Amancio se refere. No artigo "L'homme et la Musique Dans Un Amour de Swann", em
http://www.french.pomona.edu/MSAIGAL/CLASSES/FR185/FALL96/aaldoory-mhunter
, as autoras dizem que a sonata mencionada é de Gabriel Fauré - e não a de César Franck.
(...)
Uma vez vi na TV um documentário sobre Proust, e eles selecionaram umas cenas de alguma produção inglesa do "Em Busca do Tempo Perdido" que usava a sonata pra violino do César Franck como trilha pra tal sonata do Vinteuil. Mas fiquei curioso com esse texto indicado pela Laura! É uma especulação engraçada, no mínimo como exercício de interpretação do romance. : P
Amancio
Enviada: Qua Mai 09, 2007 5:03 pm
Assunto:
Königin der Nacht escreveu:
Fica no ar uma pergunta... O que é "novela"????????
É algo que minha mãe assiste naquela caixa luminosa da sala.
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