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[quote="Sarastro"][quote="Amancio"]Aliás, nunca ouvi falar deste Canteloube, será que ele é da renascença? Talvez um romântico perdido, como o Hahn ou Lalo, ou aquele outro que compôs lieder.. esqueci o nome do sujeito.. [/quote] Hugo Wolf ?[/quote]
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Laura
Enviada: Dom Jan 14, 2007 1:21 pm
Assunto:
...e eu achei que alguém ia lembrar de Barthes (Fragmentos de um Discurso Amoroso).
Phoebe
Enviada: Dom Jan 14, 2007 12:50 pm
Assunto:
Ao escrever pensava mais na economia das trocas simbólicas, que é aliás o nome de um livro do P.Bordieu, que é um pensador ... interessante, de quem lí alguma coisa, há muitos e muitos anos atrás.
Mas o Randau deve estar mais up to date.
FernandoRandau
Enviada: Dom Jan 14, 2007 12:33 pm
Assunto:
Apenas reafirmando o que o Pádua escreveu acima, a partir das sugestões de Mauss - que afinal ficaram incompletas - surgiu todo um movimento nas ciências sociais que vêm tomando força, o "anti-utilitarismo" e sobre esse
fenômeno social total
que é o dar-receber-retribuir, enfim.
Por sinal, um dos livros mais revitalizadores dessa idéia Alain Caille e Jacques Godbout, chamado "O Espírito da Dádiva" faz referência direta numa parte sobre os amigos secretos e a troca de presentes no natal em geral. Mas enfim, é o tipo de tema que não estudo mais, muito totalizante isso...
Porém o ensaio de Mauss é lindo, brilhante, e já assisti pesquisas aplicando a dádiva nas igrejas neopentecostais de comunidade que me pareciam ótimas...
Saudações,
Pádua Fernandes
Enviada: Dom Jan 14, 2007 2:56 am
Assunto:
Phoebe e Leonardo,
vocês estão a pensar em Marcel Mauss? No início do ensaio sobre a dádiva, há um poema arcaico escandinavo que vale a pena citar em época de presentes:
Os homens generosos e valorosos
têm a melhor vida;
não sentem temor algum.
Mas um poltrão tem medo de tudo;
o avarento sempre teme os presentes.
É claro que, numa economia que não tem mais o escambo por base, o papel da dádiva é bem diferente da dos povos melanésios e polinésios referidos na obra de Mauss. Mas o próprio antropólogo estende, na conclusão, alguma das análises aos tempos atuais. E diz, por exemplo, que o direito previdenciário inspira-se ainda na dádiva.
Para terminar, que dormirei, uma citação, agora do próprio Mauss:
Se as coisas são dadas e retribuídas, é porque
se
dão e
se
retribuem "respeitos" - podemos dizer igualmente "cortesias". Mas é também porque as pessoas
se
dão ao dar, e ,se as pessoas
se
dão, é porque
se
"devem" - elas e seus bens - aos outros. (Sociologia e Antropologia, edição da Cosac & Naify, p. 263)
Vitinho
Enviada: Qua Jan 03, 2007 3:44 pm
Assunto:
Nos Amigos Secretos que vocês participam não há uma listinha de desejos ou algo parecido??
Felizmente no que eu participo em família tem uma "listinha do que dar"; e alguns (como eu) arriscam uma "listinha do que jamais dar".
Particularmente eu amo ganhar cd de presente. É o tipo do presente que realmente me deixa muuuito feliz
. Mas, confesso que para alguém da minha família acertar algo para me dar é realmente muito difícil.
Eu até pensei em indicar um cd que queria bastante e que tem na Internet, mas desisti da idéia pois o único da família que está realmente familiarizado com compras no mundo virtual sou eu!
Para não passar pelo situação de ganhar um vale-presente (ou até mesmo o dinheiro in cash), eu desisti de indicar algo no mundo virtual.
Königin der Nacht
Enviada: Qua Jan 03, 2007 3:40 pm
Assunto:
(berber) escreveu:
Prefiro um presente sem logica, mas vindo do coracao do que o "presente perfeito" dado por obrigacao.
O problema é que o presente dado por obrigação nunca é "o presente perfeito"... Afinal de contas, alguém que compra o presente "por obrigação" não sai por aí procurando o "presente perfeito". Compra qualquer coisa mais impessoal, mesmo.
(berber)
Enviada: Qua Jan 03, 2007 2:55 pm
Assunto:
Estive lendo o topico e acho que uma coisa passou longe. O que aconteceu com "O que vale e' a intencao"? A ideia de presentear e' dar algo a alguem que vc goste. E' a acao que conta, nao o presente em si, certo? Ou estou falando besteira?
Amigos secretos de escritorio sao meio falsos ja' que obrigam as pessoas a se presentearem.
Prefiro um presente sem logica, mas vindo do coracao do que o "presente perfeito" dado por obrigacao. Tanto que nao dei nenhum presente pro pessoal da loja esse ano.
Leonardo T. de Oliveira
Enviada: Qua Jan 03, 2007 1:46 pm
Assunto:
Phoebe escreveu:
Essa linguagem dos presentes, de fato, mereceria um estudo aprofundado. Em Antropologia , em sociedades outras isto já foi extensivamente estudado; na nossa parece que não.
Mas ói que..., a tal da Teoria da Dááádiva... Vamos chamar o Randau.
Phoebe
Enviada: Qua Jan 03, 2007 8:03 am
Assunto:
Às vezes a gente erra feio...
Essa linguagem dos presentes, de fato, mereceria um estudo aprofundado. Em Antropologia , em sociedades outras isto já foi extensivamente estudado; na nossa parece que não.
Creio que acabou ficando restrito aos que se dedicam às relações diplomáticas, chefes de cerimonial e coisas semelhantes; tido, enfim, como uma bobagem, quando, penso, é uma linguagem..
Vou pesquisar um pouco o assunto,ouvindo... o meu presente!
Guiomar
Enviada: Ter Jan 02, 2007 2:55 pm
Assunto:
Bem, acho esse negocio de dar vale presente meio impessoal... mas é verdade que às vezes o cuidado de "amigos" em escolherem presentes para nós nos deixa em situações embaraçosas... Esse ano, por exemplo, ganhei da minha irmã o livro "Marley e eu". Rsrsrsrrss. Segundo ela, ela tinha certeza de que eu amaria esse presente por adorar cachorros... Paciência! No caso dela, garanto: a intenção foi a melhor possível.
Sarastro
Enviada: Ter Jan 02, 2007 9:13 am
Assunto: Re: A difícil arte de presentar um CD (ou sofrimentos pós-Na
Amancio escreveu:
Sarastro escreveu:
Amancio escreveu:
Aliás, nunca ouvi falar deste Canteloube, será que ele é da renascença? Talvez um romântico perdido, como o Hahn ou Lalo, ou aquele outro que compôs lieder.. esqueci o nome do sujeito..
Hugo Wolf ?
Fui procurar nos meus alfarrábios, eu queria lembrar era de
Henri Duparc
.
Pegou pesado, hehehe.
Amancio
Enviada: Seg Jan 01, 2007 5:11 pm
Assunto: Re: A difícil arte de presentar um CD (ou sofrimentos pós-Na
Sarastro escreveu:
Amancio escreveu:
Aliás, nunca ouvi falar deste Canteloube, será que ele é da renascença? Talvez um romântico perdido, como o Hahn ou Lalo, ou aquele outro que compôs lieder.. esqueci o nome do sujeito..
Hugo Wolf ?
Fui procurar nos meus alfarrábios, eu queria lembrar era de
Henri Duparc
.
Amancio
Enviada: Seg Jan 01, 2007 4:55 pm
Assunto:
Phoebe escreveu:
É de fato, difícil presentear quando a gente conhece pouco e a pessoa conhece muito.
Phoebe e Randau, quando eu presenteio, gosto de dar alguma coisa que seja útil e que faça a outra pessoa lembrar de mim. Da mesma forma, os melhores presentes que eu ganho são aqueles que me fazem lembrar da pessoa - "só vc poderia ter me dado isso!". E se eu ver ou usar o presente diariamente, melhor ainda. Os vales são os socorros de quem não tem criatividade ou não conhece muito bem o presenteado. Acho que, no caso de presentear uma pessoa que conhece muito, o lance é encontrar algo que ela conheça pouco. (risos - fácil falar, difícil fazer)
Ricardovsky escreveu:
Pois se meus parentes me dessem um vale de R$ 30,00 para gastar na Saraiva, eu ficaria muito feliz.
Exato! Se for pra dar vale, então que dê de uma loja grande e boa! E de preferência acessível (depois que eu comprei um carro, todas as lojas do centro da cidade me ficaram inacessíveis).
Amancio
Enviada: Seg Jan 01, 2007 4:47 pm
Assunto:
Vamos por partes, vou tentar responder um a um:
Laura escreveu:
Editando: você afinal trocou por um duplo que tem Villa E Canteloube. É isso?
Isso!
Pádua, Königin e Doctor,
Chegando no trabalho, antes de pegar a estrada eu ouvi o início de uma das canções do Canteloube e gostei bastante. A primeira impressão foi positiva. Mas preciso ouvir mais e me inteirar do compositor e da obra - pelo que entendi, são canções populares francesas. Vamos ver, vamos ver.
Phoebe
Enviada: Dom Dez 31, 2006 5:35 pm
Assunto:
Pois então.
Não chega a ser uma obra de arte contemporânea , mas é , sim,uma peça de cerâmica. É pesada demais para ter alguma utilidade prática e por igual motivo, difícil de limpar.
(Claro que é melhor do que muito troféu ganho em festival de cinema por aí,ou por algum mtv/vh1 award,...se bem que aquele astronautinha é até divertido!)
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