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[quote="Paulo Egídio"]Oi, Alexandre. Rapaz, é difícil atribuir qualquer coisa do Francescatti ao pai ou a algum outro professor, qualquer que seja. O pai dele de fato foi aluno do Camilo Sivori, que é o único aluno conhecido de Paganini. Sabe-se que Paganini teve uma atividade didática razoável (inclusive escrevendo obras didáticas de diversos níveis, como as "60 variações Barucaba", que o Kremer e se não me engano o Accardo gravaram), mas não restaram muitos registros desta atividade. Ninguém sabe como tocava o pai dele, parece que tocava e ensinava bem o suficiente pra ter feito prodígios com o filho desde muito criança. O próprio Zino disse alguma vez que o pai foi o principal professor dele. Ademais, o fato do pai ter dado aula a ele não o isenta de ser escola franco-belga, bem característica. Paganini não criou uma "escola", no sentido de ter um esquema técnico, posicional, postural, de como pegar o arco, conduzi-lo, etc. Não deixou nenhum tratado nem tradição a respeito. Então, não tenho condição de entrar nesta especulação, nem a favor, nem contra. Quanto ao solo do Bach: A nota longa exige um movimento muito lento do braço direito. Quanto mais lento, mais fácil o braço tremer e a plateia detectar o nervosismo. E a presença do tio Nathaniel parece que deixou o tio Zino meio apavorado. :) ----------------------------- Ivan, também é um pouco difícil especular sobre o que falaste. O Stradivari do Francescatti era um excelente instrumento, mas o volume de som que o violinista tira tem a ver com a forma que ele constroi toda a técnica e, ao mesmo tempo, com a relação que ele cria com seu(s) instrumento(s). Um músico menor pode fazer um grande instrumento soar mal, um grande músico pode explorar um instrumento não tão bom de formas que eu nem consigo captar. A Ida Haendel, maravilhosa violinista, aluna do Flesch, criança-prodígio, comprou um Stradi legítimo já com uma certa idade. Até ali ela usava uma cópia de Guarneri, que todos davam como original. Até que ela disse numa entrevista: "Pois é, é uma cópia, muito boa, mas uma cópia. Agradeço os elogios, porque quem fazia ele soar como um original era eu". Inclusive existe um documentário dela que eu não assisti, chamado "I am the violin", creio que o título pode se dever a isto. Conheço um professor que conta ter ganhado um violino de um aluno, sob a alegação de que "professor, o violino é bonito mas não soa bem, talvez o sr. tenha algum aluno que precise de um instrumento, fique com ele". O professor tocou no violino, achou-o horroroso nos primeiros dias, mas com mais uns poucos dias o instrumento começou a soar melhor, simplesmente porque começou a ser tocado "afinado". O aluno não era estas coisas, tocava de uma forma desleixada com afinação, produção de som... quando o violino passou a ser melhor tratado começou a soar muito melhor. Então, existe uma relativa simbiose entre o músico e seu instrumento. O som que vem de um grande violino tem muito a ver com a forma que o violinista o toca. Existem gravações legais nas quais um violinista toca diferentes obras, ou a mesma passagem de uma obra, em diversos instrumentos históricos. O som muda um pouco, mas a "assinatura" do violinista, seu timbre peculiar, está gravado lá. O Accardo gravou um Cd assim, o Ricci também, acho que o Elmar Oliveira, e pode existir exemplos que eu não conheça. O Szeryng tem suas gravações famosas feitas basicamente com dois violinos: O Stradivari hoje chamado "King David", ex-"Hercules", que ele doou à Filarmônica de Israel no começo dos anos 1970, e o Guarneri "LeDuc", que ele comprou em 1970. Comparando o Mendelssohn que ele gravou com Antal Dorati nos anos 60 e com Haitink nos 70, há algo diferente, mas não o suficiente pra qualquer um de nós não reconhecer o som dele, inconfundível. E o exemplo que citaste do Francescatti pegar o violino do Szeryng, eu sei que foi um exemplo aleatório mas, putz, nem quero imaginar! O "LeDuc" é considerado por alguns luthiers o melhor violino da história, outros defendem que foi o "Kochanski", que Aaron Rosand vendeu recentemente por uma fortuna. O Francescatti com qualquer um destes dois violinos... risos. Eu sei que o exemplo foi aleatório, mas eu tinha que brincar. Espero ter sido claro. Abraços.[/quote]
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Pádua Fernandes
Enviada: Seg Mar 12, 2012 1:58 am
Assunto:
Olá; gostei dela.
Alexandre
Enviada: Sáb Mar 10, 2012 4:39 pm
Assunto:
E o que achou?
Pádua Fernandes
Enviada: Sáb Mar 10, 2012 2:45 am
Assunto:
Obrigado. Não tinha visto a violinista, vi este concerto:
http://www.youtube.com/watch?v=Pmj7nCRYNs4&feature=related
Alexandre
Enviada: Qua Mar 07, 2012 8:14 pm
Assunto:
Já viu a Janine Jansen tocando? Vengerov perto dela é fichinha (nos contorcionismos)
abçs
Pádua Fernandes
Enviada: Qua Mar 07, 2012 5:04 pm
Assunto:
Entendi; perguntei porque nunca percebi que a linha musical sofria por causa disso, mas como não entendo patavina da técnica de violino, talvez eu estivesse errado.
Eu, pessoalmente, nunca me incomodei com os movimentos do violinista. Penso agora no que Bartoli faz com o pescoço e o rosto, ou no que Gloud fazia com as mãos e a voz e o banquinho - Vengerov é até discreto!
E acho belo que esses intérpretes estejam tão imersos no que fazem que não estejam nem aí para a elegância extra-musical.
Alexandre
Enviada: Qua Mar 07, 2012 7:10 am
Assunto:
Pádua, eu quiz dizer físico mesmo, é um ótimo violinista, mas a maneira como se movimentava para tocar, pelo menos na minha opinião, chegava a incomodar.
Abçs
Pádua Fernandes
Enviada: Qua Mar 07, 2012 1:10 am
Assunto:
Prezado Alexandre,
não entendi bem; contorcionismos físicos ou musicais? Ele fazia movimentos bruscos com o tronco, lembro disso, porém musicalmente não percebo nada.
Neste vídeo ele se movimentou assim em certo momento, e alguém que achou que ele sentia dor:
http://www.youtube.com/watch?v=G-xbXyXE7o8
Alexandre
Enviada: Ter Mar 06, 2012 6:50 pm
Assunto:
Se bem que até o Vengerov está bem discreto né? Este recesso parece que fez bem a ele, confesso que não gostava de suas performances cheias de contorcionismos.
Pádua Fernandes
Enviada: Ter Mar 06, 2012 4:09 pm
Assunto:
Eu sou tão alienado do mundo do violino que eu não sabia que o Vengerov tinha voltado a tocar. Descobri neste vídeo, neste Mozart em que ele também atua como regente (achei o outro solista discreto demais):
http://www.youtube.com/watch?v=wj9lup4c8Wc
Pádua Fernandes
Enviada: Ter Mar 06, 2012 2:36 pm
Assunto:
Uma gravação enciclopédica de cadências...
Paulo Egídio
Enviada: Ter Mar 06, 2012 8:48 am
Assunto:
Engraçada a gravação, né? Ele é um doido.
Alexandre
Enviada: Ter Fev 28, 2012 9:02 pm
Assunto:
Só Ricci mesmo para fazer uma coisa dessas, além do CD que mencionei há tempos atrás com várias cadenzas do concerto de Beethoven, ele fez o mesmo com Brahms, o CD é difícil achar, mas por sorte tem no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=KVr2Q4NUcNo
abçs
Alexandre
Enviada: Seg Fev 27, 2012 7:12 am
Assunto:
Acho que era uma especialidade do Flesch né? Formar músicos que vão tocar bem a vida inteira.
Paulo Egídio
Enviada: Dom Fev 26, 2012 4:21 pm
Assunto:
risos
http://www.youtube.com/watch?v=sgVEHITy-9U
Concerto de 90 anos do Roman Totenberg. Só por "coincidência", o cara também foi aluno do Flesch.
Alexandre
Enviada: Qui Fev 23, 2012 9:03 pm
Assunto: Ida Haendel
Ida Haendel é um MILAGRE! Me diga uma coisa, que outro violinista conseguiu tocar neste nível com esta idade?
Obrigado pelo post.
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