Important Notice:
We regret to inform you that our free phpBB forum hosting service will be discontinued by the end of June 30, 2024. If you wish to migrate to our paid hosting service, please contact
billing@hostonnet.com
.
Presto - Índice do Fórum
->
Fórum Geral
Responder
Utilizador
Assunto
Corpo da messagem
Emoticons
Ver mais emoticons
Cor do texto:
Padrão
Vermelho Escuro
Vermelho
Laranja
Castanho
Amarelo
Verde
Azeitona
Ciano
Azul
Azul Escuro
Indigo
Violeta
Branco
Preto
Tamanho Fonte:
Mínima
Pequena
Normal
Grande
Enorme
Fechar Tags
[quote="IvanRicardo"]Gente me desculpe. Essa minha mensagem tá comprida demais, mas é o jeito. Paulo Egídio, realmente você anda pegando no meu pé, desde aquela história do Quarteto Amadeus, não é verdade? E para mostrar que eu não dou o braço a torcer, eu não retiro uma única palavra do que eu disse. Para que você me entenda melhor, te digo que não sei nada de música. Não leio uma nota na partitura nem toco sequer um apito. Quer dizer, apito eu toco sim. Muito menos tenho o enorme conhecimento técnico e histórico do violino que você tem, de modo que: ou eu penso que você mente descaradamente ou penso que você sabe tudo do instrumento mesmo. Quando verifiquei o tamanho da tua mensagem pensei, caramba dessa vez ele vai me botar contra a parede! De jeito nenhum. Nem pense se levantar da cadeira agora. Você disse isso: [i]“O que eu discuto é: Qual o critério pra avaliar gravações? A quantidade de "Photoshop" que elas têm? Daí, fique à vontade, mas saiba que está apreciando algo que na maioria das vezes não existe.” [/i] Antes, você tinha dito o seguinte: [i]“Então, acreditar em gravações modernas é, na maioria das vezes, acreditar em fotos de photoshop. Muito lá não é real. Emma Verhey é uma virtuose, estudou com gente graúda, foi finalista do Tchaikovsky, mas a sonoridade das gravações te fazem superestimá-la. Para um viciado em perfeição de estúdio, valorizar a Kreutzer dela em relação à do Szeryng com a Haebler parece natural, mas estes naquela gravação utilizaram - propositalmente - microfones muito distantes, e talvez haja algum demérito na mixagem final das gravações. Quase tudo que Oistrakh gravou foi mal gravado, soa distante, afinal ele vivia no leste europeu comunista”[/i] Paulo, você parece que não me entende: eu não superestimo nem supervalorizo ninguém. Admiro demais a Kreutzer com Verhey, mas ela me deixou aborrecido com pelo menos 3 das 10 sonatas de Beethoven, por não botar um pouco mais de ímpeto e energia nelas. Veja se você consegue entender: enquanto você analisa as nuances, os arpejos e os vibratos, eu busco outra coisa. Eu busco o que a música transmite. Dá pra perceber quando o intérprete toca com gosto, com atitude, com personalidade, compreende? Veja uma leve comparação com o futebol. Quantas vezes, numa partida, o melhor jogador não é aquele de maior talento técnico? Muitas vezes aquele jogador fraquinho se supera, joga com uma vontade e determinação incríveis e se destaca. Então você pensa: poxa, ele fez coisas que nem aquele craque havia feito antes. É exatamente isto. Alguém pode discordar da enorme capacidade técnica de um Perlman, Oistrakh, Szeryng ou Milstein? Evidente que não, a não ser que o entrevistado seja louco. Ocorre que, às vezes, esses gigantes do violino, que sabem absolutamente tudo das possibilidades técnicas do instrumento, não conseguem captar ou transmitir satisfatoriamente a essência da obra. Eu disse e volto a repetir, mas com uma ligeira variação: uma coisa é ter o domínio técnico de um instrumento, outra coisa é ter capacidade de assimilar e transmitir o verdadeiro sentido da obra. E que sentido é esse? Ora, me poupe disso. O que eu gosto é de beleza, daquela coisa que toca o coração, que me faz emocionar, e que me deixa mais feliz e motivado, com vontade de viver e matar um leão por dia, como o Quarteto op. 25 de Brahms ou o Trio nº3 de Beethoven com o Beaux Arts Trio. Quando você disse, Paulo, que Verhey é uma virtuose e que estudou com grandes caras, poxa, eu fiquei feliz. Não é burrice, então, gostar das coisas dela. Porém, saber que Szeryng e Haebler deixaram os microfones propositadamente muito distantes me deu vontade de dar um tremendo cascudo em ambos, porque isso não é coisa que se faça. E que se danem os captadores de som do Oistrakh, ele verdadeiramente não merecia aquilo. Pra encerrar, Paulo, gostaria de analisar o seguinte trecho seu: [i]“(...) mas tenha a certeza de que está deixando de aproveitar boa parte do melhor da música por conceitos ilusórios.” [/i] Muito pelo contrário. Discordo de você completamente. Jamais eu iria gostar de todos os Quartetos de Beethoven ou de todas as suas Sonatas para Piano se não me fosse permitido ouvir uma infinidade de gravações diferentes. Conhecer as expressões musicais sob diversos ângulos é muito importante. Você percebe quem toca com gosto, quem toca com a alma, quem se entrega de fato à obra. Se o som de Verhey que chega aos nossos ouvidos é de alta qualidade, isso então é uma coisa positiva, mas aponte você o que ela não teve capacidade de fazer, o que ela errou e o estúdio corrigiu. Pois é isso. Meu gostar de música é assim, extremamente simples, mas com plena convicção do que eu quero. Não me interessa como o músico toca, o que me interessa é a música. E duvido ter escolhido entre as minhas preferências uma obra mal tocada. Um abraço, Paulo, e não deixe acabar esses compartilhamentos de idéias![/quote]
Opções
HTML está
Inactivo
BBCode
está
Activo
Smileys estão
Activos
Desactivar BBCode nesta mensagem
Desactivar Smileys nesta mensagem
O fuso horário em uso é GMT - 3 Horas
Aceder a:
Seleccione um Fórum
Fóruns do Presto!
----------------
Fórum Geral
Rever o tópico
Autor
Mensagem
IvanRicardo
Enviada: Sáb Mai 23, 2009 7:24 pm
Assunto:
Ricardovsky escreveu:
Agora, uma coisa eu tenho certeza: deve ser mais "fácil" compor algo doidão do que tocar algo doidão.
Sei lá... Às vezes eu penso que é exatamente o contrário. Quando alguém toca doidão alguém pode dizer "sensacional, que grande criatividade, uma visão inteiramente diferente da obra", entre outras atrocidades. Já compor piradão pode fazer algum sentido nas bizarrices musicais que se tem ouvido por aí. Para os grandes mestres do passado a coisa era muito mais cerebral.
Ricardovsky
Enviada: Sáb Mai 23, 2009 12:33 am
Assunto:
Na verdade, não, Laura, pois não se pode generalizar. Essa história de que todo gênio é louco é coisa do Romantismo. Há gente muito doida que não possui nenhum dom artístico assim como há gente totalmente certinha que pode fazer obras maravilhosas. Cada um é de um jeito. Há lugar no mundo para gênios como Bach cuja biografia não deixa evidente nenhuma excentricidade e Beethoven, que dispensa apresentações. Agora, uma coisa eu tenho certeza: deve ser mais "fácil" compor algo doidão do que tocar algo doidão.
Laura
Enviada: Qui Mai 21, 2009 11:28 am
Assunto:
Taí, mano Ricky. Creio que vc matou a charada.
Vc quis dizer que, pra ser intérprete, principalmente de música clássica, precisa ter domínio "físico", digamos assim? E que pra compor, pode delirar? Isso?
Ricardovsky
Enviada: Qui Mai 21, 2009 9:38 am
Assunto:
Uma comparação mais lógica seria comparar Hendrix aos compositores, ou seja, aos criadores das obras e não aos intérpretes das mesmas. Mesmo que os intérpretes encham a cara, eles precisam, como falaram Paulo Egídio e Bruno, de controle, precisão e sobriedade para interpretarem obras de grandes gênios da história da música. O Paulo falou que o Szeryng bebia, mas não ficava bêbado, isso significa que, ele, então, podia beber e tocar. Dúvido alguém conseguir tocar as partitas de Bach doidão. A música por si só já é uma doidera só (no melhor dos bons sentidos, adoro as partitas), se misturar com bebida o intérprete morre de overdose.
Agora, entre os compositores..., há cada um que deixa o Hendrix no chinelo em termos de loucura, sem nem precisar de uma drogazinha: Beethoven, Mussorgsky (esse, na verdade, tomava todas e mais um pouco), Tchaikovsky, Schumann (curioso é que sua música não reflete sua excentricidade) e outros que não me recordo.
Se o Hendrix quebrava sua guitarra depois de suas apresentações, imaginem o que ele não faria se de sua guitarra saísse de improvisso algo como as Variações Diabelli de Beethoven.
Spartaco
Enviada: Qua Mai 20, 2009 8:56 am
Assunto:
Bom dia prestonautas,
Voltando ao assunto Brahms, gostaria de colocar alguns dados biográficos deste extraordinário compositor:
Johannes Brahms
nasceu em 7 de maio de 1833, em Hamburgo na Alemanha, e faleceu em 3 de abril de 1897, em Viena na Áustria.
Filho de um contrabaixista da orquestra do teatro de Hamburgo, foi bem cedo levado ao estudo da música. Tornando-se rapidamente um exímio pianista, fez uma importante
tournée
com o violinista Eduard Remény, que lhe deu a oportunidade de conhecer Joseph Joachim, também violinista, e posteriormente Liszt (em Weimar) e Schumann (em Düsseldorf). Este último escreveu um famoso artigo, para um jornal musical, em que assinalou seu grande talento.
Sua amizade (talvez paixão) pela viúva de Robert Schumann, Clara, continuou até a morte desta em 1896.
No ano de 1862 fixou sua residência em Viena, onde viveu até o fim de sua vida, tendo nesta cidade intensificado a sua produção musical. Em 1876 ele finalmente completou sua Primeira Sinfonia, em que estava trabalhando por vários anos; ela foi descrita pelo regente e pianista Hans von Bülow como a
Décima Sinfonia de Beethoven
e ainda é assim chamada por muitos hoje em dia.
No tocante à sua obra, Brahms compôs 4 sinfonias, 2 serenatas e 2 aberturas para orquestra; 4 concertos (2 para piano, um para violino e um duplo para violino e violoncelo); música sacra, coral, liederística e pianística.
Parte essencial de sua produção é o seu catálogo de música de câmara, que compreende 3 quartetos de cordas, 3 quartetos para piano e cordas, 4 quintetos (2 para cordas, 1 para clarinete e cordas, 1 para piano e cordas), 2 Sextetos para cordas, 2 sonata para clarinete e piano, 3 para violino e piano, 2 para violoncelo e piano, 3 trios com piano e outros 2 para formações diversas, além de outras peças para 2 pianos e para piano a 4 mãos.
Espero, com esse pequeno resumo, demonstrar o imenso valor de um dos maiores compositores de todos os tempos.
Um abraço a todos.
Amancio
Enviada: Qua Mai 20, 2009 8:50 am
Assunto:
Pádua Fernandes escreveu:
Já que a tônica deste tópico é repetir sem variar, fugindo, em termos formais, à música de Brahms...
Mas poderia ser uma passacaglia, como o finale das Variações Haydn: o baixo-tema se repete, sempre com uma firula diferente a mais.
Pádua Fernandes
Enviada: Qua Mai 20, 2009 12:44 am
Assunto:
Já que a tônica deste tópico é repetir sem variar, fugindo, em termos formais, à música de Brahms...
Pádua Fernandes escreveu:
Sim, o Hendrix praticou uma arte de vanguarda de que há poucos paralelos na música clássica.
Bruno Gripp
Enviada: Ter Mai 19, 2009 10:22 pm
Assunto:
A diferença é que o Szeryng e o Björling eram bons apesar de encher a cara post hoc sed non propter hoc, o Hendrix fez aquilo
porque
ele estava drogado.
IvanRicardo
Enviada: Ter Mai 19, 2009 9:04 pm
Assunto:
Caramba, eu estava completamente por fora mesmo. Jamais eu poderia imaginar que esse povo era assim tão chegado a encher a cara. O mundo se acaba e eu nem fico sabendo. Já pensou?
Paulo Egídio
Enviada: Ter Mai 19, 2009 7:18 pm
Assunto:
Laura escreveu:
Alexandre escreveu:
Amancio escreveu:
IvanRicardo escreveu:
Esses caras do rock geralmente só tocam movidos a álcool ou outros alucinógenos.
E o Szeryng? (risos)
O Szeryng tomava umas e outras?
Não, Alexandre, vc não entendeu...
O Stern é que tomava umas e outras, por causa de uma certa Mlle Guarnieri, que o deixou pra trás não entendi bem quando por causa de um concerto duplo... Dizque tinha até um triângulo com um certo Robert, vê se pode.
O meu compadre e a Laura estão impossíveis...
Alexandre e Ivan,
o Szeryng entrava mamado no palco, ao menos nos últimos anos de vida. Testemunhas afirmam que ele bebia quanto queria e não ficava bêbado, e pode ser verdade, porque a primeira palavra que me vem à cabeça quando penso nas interpretações dele é sobriedade (paradoxo dos paradoxos). Tenho um CD no qual o promotor de um concerto dele na Itália em 1977 fala a respeito disto. Aliás, o CD é o registro do concerto, com o pianista Eugene Bagnoli: Sonata 1 de Beethoven, sonata 1 de Brahms e... Partita 2 de Bach.
Pra não fugir do tópico e tomar uma bronca: o Brahms é divino.
Pádua Fernandes
Enviada: Ter Mai 19, 2009 5:19 pm
Assunto:
Nossa? E o Björling?... Daqui a pouco, vão dizer que só aos anjos é permitida a música clássica.
Editando: é melhor nem lembrar dos compositores...
Laura
Enviada: Ter Mai 19, 2009 3:19 pm
Assunto:
Alexandre escreveu:
Amancio escreveu:
IvanRicardo escreveu:
Esses caras do rock geralmente só tocam movidos a álcool ou outros alucinógenos.
E o Szeryng? (risos)
O Szeryng tomava umas e outras?
Não, Alexandre, vc não entendeu...
O Stern é que tomava umas e outras, por causa de uma certa Mlle Guarnieri, que o deixou pra trás não entendi bem quando por causa de um concerto duplo... Dizque tinha até um triângulo com um certo Robert, vê se pode.
Alexandre
Enviada: Ter Mai 19, 2009 12:43 pm
Assunto:
Amancio escreveu:
IvanRicardo escreveu:
Esses caras do rock geralmente só tocam movidos a álcool ou outros alucinógenos.
E o Szeryng? (risos)
O Szeryng tomava umas e outras?
Amancio
Enviada: Ter Mai 19, 2009 9:00 am
Assunto:
IvanRicardo escreveu:
Esses caras do rock geralmente só tocam movidos a álcool ou outros alucinógenos.
E o Szeryng? (risos)
IvanRicardo escreveu:
E digo mais uma coisa: aquelas estripulias de Hendrix tinham pouquíssima coisa de arte.
E o Stockhausen?
Ou melhor... e o Cage?
IvanRicardo
Enviada: Ter Mai 19, 2009 12:41 am
Assunto:
Pádua Fernandes escreveu:
Um momento Hendrix de Isaac Stern!
Rapaz, eu vou dizer uma coisa, não me leve a mal não, mas eu não acho muito bacana esse tipo de comparação não. Esses caras do rock geralmente só tocam movidos a álcool ou outros alucinógenos. E digo mais uma coisa: aquelas estripulias de Hendrix tinham pouquíssima coisa de arte. Eu conheço bem o rock'n'roll, sou um fanzaço do Led Zeppelin, mas esses homens da música erudita fazem parte de outra história. Se eu fosse Stern detestaria essa comparação.
Powered by
phpBB
© 2001, 2002 phpBB Group
Theme created by
Vjacheslav Trushkin
Web Hosting Directory